fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 20:59 Sem categoria

Sociedade brasileira já está preparada para ter uma mulher como presidente, diz Dilma

A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, disse na quinta-feira que as mulheres ainda não têm um espaço na política e na sociedade equivalente à presença delas na sociedade.

Ela participou da abertura do Seminário Internacional Mulher e Participação Política na América Latina, promovido pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT, que reuniu representantes de 11 países no noite de quinta-feira na sede nacional do partido, em Brasília.

“Ainda temos uma participação política que não coaduna com nosso peso na sociedade, somos 52% de brasileiras. Temos participação forte no ensino superior e, segundo o Sebrae, 53% das pequenas empresas são comandadas por mulheres”, comentou Dilma.

A sociedade brasileira, segundo Dilma, já está preparada para ter uma mulher como presidente, assim como já ocorreu no Chile e na Argentina.

“Sempre respondo assim: ninguém pode negar que as mulheres são sensíveis, somos sensíveis e isso é uma qualidade”, afirmou. “A mulher, para sobreviver a vida privada, tem de ser sensata e pragmática, caso contrário não consegue vencer as dificuldades do dia-a-dia. A mulher é corajosa e resiste à dor.”

Ela listou ainda as decisões do governo Lula que privilegiaram as questões de gênero e a importância da criação de uma pasta para tratar especificamente disso. “O governo Lula criou a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres nos primeiros dias de governo. Isso significou colocar a questão de gênero dentro do governo. Nós achamos que as mulheres têm que ser protagonistas e fizemos uma política afirmativa.”

Dilma lembrou que, no Bolsa Família, por exemplo, são as mulheres que recebem os recursos “pela convicção que temos que elas vão privilegiar a alimentação de seus filhos”.

A senadora uruguaia Constanza Moreira, que representou a senadora Lúcia Topolansky, presidente do Senado do Uruguai, ressaltou a necessidade de dar continuidade à gestão de Lula para garantir os avanços do Mercosul. Para ela, os avanços do bloco comercial são fundamentais para o desenvolvimento do Uruguai. Ela teme que uma troca de comando no Brasil coloque o Mercosul em risco.

“Não imagino como será o Mercosul se houver mudança de rumo no Brasil. Não consigo imaginar a continuidade do Mercosul sem a continuação da gestão do Lula”, comentou Constanza. “É muito importante que uma mulher venha a desempenhar o papel de governo num país que está sendo chamado para a liderança.”

Por Portal do PT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ptnacamara.org.br.

=========================================

Serra: lobo em pele de cordeiro

Em pronunciamento recente depois que foi indicada pré-candidata a presidente da República pelo PT, o PCdoB e outras agremiações políticas da coalizão que governa o país, Dilma Roussef falou com propriedade dos “lobos em pele de cordeiro”, declaração que causou surpresa em alguns, que não esperavam esse tom numa fase em que ainda não há campanha eleitoral propriamente dita. Para os que já estão acostumados com a pré-candidata de Lula, por terem acompanhado suas vitoriosas gestões no Ministério das Minas e Energia e na Casa Civil e conhecem sua verve e seu tom combativo, não havia surpresa alguma.

O que está surpreendendo, porém, é a velocidade com que o pré-candidato tucano, José Serra, está revelando o lobo que é. Muito antes do que se esperava o douto senhor está ficando nu.

Depois de ter feito um discurso pregando a unidade nacional e de ter reivindicado para si as primícias de ser democrata e lutador pelo desenvolvimento, Serra vai revelando-se como inimigo do desenvolvimento nacional, da integração latino-americana e dos movimentos sociais.

Senão vejamos. Dirigindo-se a empresários reunidos na Federação das Indústrias de Minas Gerais, o ex-governador de São Paulo invectivou contra o Mercosul, quando se sabe que o bloco sul-americano converteu-se numa das principais plataformas para o desenvolvimento nacional, que hoje não pode ser visto dissociado da integração regional. Não nos esqueçamos que foi com base na vitoriosa parceria do Mercosul que se tornou possível o engenho diplomático e as negociações bem sucedidas que, em combinação com as lutas antiimperialistas da república Bolivariana da Venezuela e das massas populares nas ruas de vários países latino-americanos, resultaram na rejeição da Alca engendrada pelo imperialismo estadunidense.

O pré-candidato tucano aproveitou o feriado de 21 de abril para atacar os movimentos sociais fazendo uma provocação intencional ao MST, desqualificando-o como organização social de luta pela reforma agrária e atribuindo-lhe objetivos políticos. De maneira unilateral, alinhou-se aos latifundiários e invocou a “lei” para condenar o uso da justa forma de luta que consiste em ocupar terras. Mas não a invoca para condenar os crimes do latifúndio. A nação não se esquece do trauma que sofreu em 17 de abril de 1996, em pleno governo de FHC, com o massacre de Eldorado dos Carajás. Em meio aos ataques ao MST, o tucano saca algumas frases de efeito sobre a “verdadeira reforma agrária” que ele prega para fortalecer o “setor produtivo”. O pré-candidato pretende consolidar-se como o preferido dos beneficiários do modelo agrário e agrícola concentrador de terras, apanágio do latifúndio e do capital financeiro, responsável pela opressão das grandes massas de trabalhadores rurais.

É inevitável que Serra se desnude. O próprio andamento da batalha eleitoral evidenciará de maneira cristalina a divisão do país e a luta renhida entre dois campos nitidamente opostos. De um lado os defensores do neoliberalismo, do conservadorismo, do entreguismo, em nome dos interesses dos que sempre oprimiram e exploraram o povo brasileiro e no limite necessitam da repressão para governar. De outro, os que pugnam para o Brasil continuar avançando na senda do aprofundamento da democracia, da defesa da soberania nacional, da promoção do desenvolvimento e do progresso social, para os quais o protagonismo e a mobilização dos movimentos sociais constitui elemento estratégico indispensável.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vermelho.org.br.

Close