fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 03:46 Sem categoria

Centrais sindicais olham para o futuro sem esquecer governo tucano

Conferência reúne 22 mil pessoas e aprova 249 propostas para apresentar aos pré-candidatos à Presidência da República

São Paulo – As cinco centrais sindicais que organizaram a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora aprovaram, no início da tarde desta terça-feira (1º), no estádio do Pacaembu, as reivindicações que serão levadas aos pré-candidatos à Presidência da República. São 249 propostas, divididas em seis eixos (confira box ao lado).

Mas além de olhar para o futuro, os 22 mil participantes da Conferência – segundo os organizadores – também defenderam o governo Lula e lembraram do passado. Nem tanto pelo 1º Conclat, em 1981, ainda sob ditadura, mas principalmente pela década de 1990, com o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) e o modelo neoliberal implantado no período.

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a união das centrais é histórica. “Agora os trabalhadores participam e são ouvidos pelo governo e por isso conquistamos itens como a valorização do salário mínimo e redução na tabela do imposto de renda. O governo anterior e o de São Paulo têm visões preconceituosas do movimento sindical. Éramos recebidos com a polícia e a tropa de choque”, critica.

“É tempo de democracia, em que os trabalhadores podem se reunir neste estádio para defender os mesmos pontos de vista e a mesma plataforma”, disse o presidente nacional do PCdoB, Renato Rebelo.

No mesmo tom, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) ressaltou o bom momento dos trabalhadores, que agora podem influenciar nas decisões políticas. Ela considera que é o momento de refletir sobre a continuidade do atual modelo ou a volta do modelo anterior. “A história do PSDB em São Paulo e no Brasil nunca ajudou os setores populares. Hoje estamos exatamente contra essas forças conservadoras, alinhadas com o capital”, destacou.

O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felicio, comparou a mudança de postura internacional em relação aos sindicatos brasileiros. “Antes éramos chamados a outros países para falar sobre o neoliberalismo. Agora, falamos das conquistas dos trabalhadores e da nossa participação na vida política.” Para ele, no próximo governo será necessário caminhar para uma redução mais forte das desigualdades salariais.

“O atual governo foi positivo ao dar espaço aos movimento sociais”, elogiou o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues. “Não há como comparar os dois governos. O anterior foi o da repressão, foi o que há de pior na politica neoliberal”, acusou.

No entanto, João Paulo também não poupou o governo Lula. Para isso, pondera, basta indicar que os investimentos destinados ao agronegócio são seis vezes maiores que os dedicados à agricultura familiar. “Um tema que temos chamado atenção é para a compra de terras por estrangeiros. Em área de fronteira, isso representa um risco para a nossa soberania”, disse, cobrando do próximo governo desapropriações de latifúncios improdutivos e aumento na distribuição do crédito para pequenos produtores.

Além da CUT, Força Sindical e CTB, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) também organizaram o evento. A única das centrais reconhecidas que fica de fora é a União Geral dos Trabalhadores (UGT), por ter dirigentes ligados ao DEM e ao PPS – aliados da pré-candidatura de José Serra (PSDB) – em seus quadros e não ter posição unitária para a eleição presidencial.

O documento a ser apresentado aos pré-candidatos tem, em linhas gerais, as mesmas bases defendidas nos discursos feitos no Pacaembu: de que houve conquistas, mas é preciso seguir avançando. Embora as centrais tenham definido apoio à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, todos os concorrentes das eleições presidenciais de outubro receberão as propostas. “Esse documento não é partidário, mas uma reivindicação dos trabalhadores. Qualquer um que saia vencedor vai ter que avaliar”, afirmou Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
O dia

O evento no Pacaembu começou pela manhã com uma leve garoa. Dezenas de ônibus vieram de várias partes do país trazendo trabalhadores de milhares de sindicatos – a organização estima que 5 mil organizações estavam representadas. Aos poucos os trabalhadores foram chegando ao estádio e se acomodando nas arquibancadas, já que o gramado estava com acesso restrito.

Um palco foi montado em frente ao chamado Tobogã. Durante toda a manhã, representantes dos trabalhadores ressaltaram as principais bandeiras para os próximos anos e as conquistas dos últimos tempos. A CUT levou a maior delegação, tomando conta da arquibancada do setor laranja do estádio.

Eixos de propostas

* Crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno
* Valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social
* Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental
* Democracia com efetiva participação popular
* Soberania e integração internacional; e
* Direitos sindicais e negociação coletiva

Para ler a íntegra das propostas, acesse o endereço eletrônico http://www.cut.org.br/component/option,com_docman/task,doc_download/gid,1193/

Por: João Peres e Suzana Vier. Publicado em 01/06/2010, 10:40. Última atualização às 17:52.

======================================

Sindicalistas elogiam governo Lula e Dilma durante evento em SP

São Paulo – Promovida com o objetivo de aprovar as principais reivindicações e propostas da classe trabalhadora para os candidatos à Presidência da República, a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) se tornou uma manifestação de apoio à pré-candidata petista Dilma Rousseff e de rechaço à pré-candidatura de José Serra (PSDB).

Durante o evento que reuniu milhares de pessoas hoje (1º) no estádio do Pacaembu, em São Paulo, representantes sindicais, lideranças de movimentos sociais e parlamentares afinados com as bandeiras petistas louvaram os avanços obtidos durante os últimos sete anos e meio e criticaram a gestão tucana do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Já em seu manifesto conjunto, as cinco entidades organizadoras da assembléia unificada Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) reforçam a necessidade de a classe trabalhadora se unir para defender as conquistas dos últimos anos.

“A eleição de outubro, marcada pela disputa entre distintos projetos políticos, é uma singular oportunidade para selarmos compromissos com o avanço das transformações necessárias à construção de um país igualitário e democrático. Por isso é fundamental elegermos candidatos comprometidos com as bandeiras da classe trabalhadora”, destaca o manifesto.

Logo ao chegarem ao estádio, o presidente da CUT, Artur Henrique, e da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, manifestaram aos jornalistas seu apoio a Dilma.

“Cada Central tem autonomia para discutir quem irá apoiar, mas sem dúvida seria um retrocesso a volta do PSDB e do DEM à Presidência da República”, declarou Henrique. “Esse pessoal com certeza vai mexer com os direitos dos trabalhadores”, completou Paulinho.

Multado duas vezes por fazer propaganda política antecipada e com mais duas notificações que ainda serão julgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulinho disse ter o direito e a “obrigação” de manifestar o que acredita ser o melhor para a classe trabalhadora.

“Essa é minha opinião e acho que, como cidadão e como deputado, eu tenho que continuar falando isso”, afirmou o parlamentar. “Acho que o TSE tem que inibir que os candidatos façam propaganda antecipada, mas eu não sou candidato e sim alguém que defende o que acha melhor para os trabalhadores do Brasil”.

Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil. Edição: Rivadavia Severo.

====================================

Sindicatos aprovam propostas para apresentar a presidenciáveis

São Paulo – Em clima de campanha eleitoral, milhares de sindicalistas se reuniram hoje (1º), no estádio do Pacaembu, em São Paulo, para discutir e aprovar um documento com as principais reivindicações e propostas da classe trabalhadora. Embora parte dos presentes defenda a isenção partidária como forma de preservar a autonomia sindical em relação a governos, as manifestações de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva e à pré-candidata petista Dilma Rousseff deram a tônica do encontro.

Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) ocorreu 29 anos após a histórica assembleia unificada que, em 1981, que reuniu, pela primeira vez, os principais sindicatos brasileiros em luta pela redemocratização do país.

Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, o texto aprovado ao fim do evento será apresentado a todos os candidatos à Presidência da República, de quem os sindicalistas cobrarão o compromisso com a pauta apresentada. Segundo Henrique, a intenção é interferir no processo eleitoral por meio das sugestões dos trabalhadores e, posteriormente, cobrar do próximo governo a sua implementação.

Para Henrique, a união das cinco centrais em torno de um objetivo comum é um sinal da maturidade do movimento. “Percebemos que se continuarmos lutando entre nós não vamos conseguir nada. A assembleia mostra a maturidade do movimento sindical para construir a unidade quando esta é do interesse da classe trabalhadora, mesmo com as diferenças de concepções e de práticas que continuam existindo entre as centrais”.

Discutida ao longo de quase seis meses pelos dirigentes sindicais, a agenda conjunta das entidades está dividida em seis eixos considerados estratégicos: crescimento econômico com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno; valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social; valorização do papel do Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental; democracia com efetiva participação popular; soberania e integração internacional e garantia dos direitos sindicais e das negociações coletivas.

Cada eixo é dividido em vários tópicos que vão da defesa da jornada de trabalho de 40 horas semanais ao estabelecimento de limites às grandes propriedades rurais e à atualização dos índices de produtividade no campo, passando pelas reivindicações de universalização do ensino público e dos serviços de saúde, reformas tributária e política, fim das terceirizações e do fator previdenciário, entre outros pontos.

Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil. Edição: Rivadavia Severo.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

Close