Os trabalhadores em educação do Estado não fogem à luta. Na manhã desta segunda-feira (30), mais de 3 mil educadores se reuniram na praça Santos Andrade, Centro de Curitiba, para seguir em caminhada ao Palácio das Araucárias. Organizada pela APP-Sindicato, a paralisação deste ano tem como mote “30 de agosto: pelo avanço, contra o retrocesso”. Desde cedo, caravanas vindas de todo o Estado, bem como de vários bairros da capital, começaram a chegar à praça, local da concentração.
Para a presidente da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, mais uma vez os educadores e educadoras da rede pública estadual dão uma aula pública de cidadania. “É um dia de dar continuidade à nossa defesa da escola, à defesa da educação, do salário, da saúde, da redução do número de alunos em sala, das melhorias nas condições de trabalho, da realização e do chamamento dos aprovados nos concursos públicos. É um dia muito especial para a APP e para a nossa categoria”, destacou Marlei.
A secretária Educacional da APP, professora Janeslei Aparecida Albuquerque, destacou a importância da categoria estar preparada para negociar. Ela relembrou que a realização da Conferência Estadual da Educação da APP – 20 e 21 de agosto – foi fundamental. “Na Conferência, constituímos uma pauta de políticas educacionais que vai orientar nossa luta nos próximos três anos. Portanto, estamos aqui, neste momento, para colocar para a sociedade aquilo que juntos debatemos, refletimos, consolidamos, em 29 núcleos e na etapa estadual. Esta é uma pauta que não permite retrocessos. Quem entrar no governo, vai nos encontrar organizados”, afirmou.
Após o 30 de agosto, outro dia importante para a educação pública do Paraná será 10 de setembro. Na data, a APP promove um debate com todos os candidatos ao governo do Estado. Para o secretário de Imprensa da entidade, professor Edílson de Paula, é o momento dos educadores conseguir o comprometimento daquele que será o próximo governador. “Neste dia queremos todos os candidatos sentados à mesa, para debater a educação do Paraná e as nossa propostas. Nós queremos saber de cada candidato qual o compromisso com a nossa pauta e com outros temas essenciais, como atendimento à saúde, transporte, merenda escolar”, ressaltou.
:: Mobilizações regionais
Além da tradicional mobilização em Curitiba, os núcleos sindicais da APP realizam atos pelo interior do Estado. Em Apucarana, a concentração estava marcada para às 09h, na praça da Matriz. Em Campo Mourão, os educadores se reuniram, desde às 09h, na sede do Sindicato dos Servidores Municipais. Em Cascavel, também às 09h, em frente a sede do Núcleo e com uma caminhada com destino ao Hospital Santa Catarina (onde ocorre o atendimento aos usuários do SAS).
Cornélio Procópio organizou, pela manhã, uma reunião na APP e uma passeata no calçadão. Guarapuava também preparou, desde às 09h, uma mobilização na rua XV, em frente à Rádio Cultura. Laranjeiras do Sul realizou, a partir das 09h, ato em frente ao Colégio Estadual Gildo Aloísio Schuck. Em Londrina, o ato foi no Centro da cidade. Pato Branco e Umuarama realizaram reuniões nas suas sedes. União da Vitória realizou caminhada em São Mateus do Sul e também na avenida Manoel Ribas, em frente ao núcleo sindical.
Paranavaí realiza, pela manhã, mobilização em frente ao Núcleo Regional de Educação do município. Em Paranaguá, o ato é no período da tarde. A concentração está marcada para às 13h30, em frente ao Colégio Estadual José Bonifácio.
Fonte: Imprensa APP-Sindicato.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cutpr.org.br.
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Professores estaduais relembram confronto e alunos ficam sem aula hoje
Eles seguem em passeata até o Palácio dos Araucárias. Às 15 horas, se reúnem com governador
Os professores da rede estadual de ensino paralisam as atividades hoje (30) por 24 horas, deixando cerca de 1,3 milhões de alunos sem aulas. O protesto para marcar o dia 30 de agosto é realizado há 22 anos para relembrar o dia em que houve um confronto entre professores e policiais em frente a sede do governo, na Praça Nossa Senhora de Salete, em Curitiba, em 1988. Cerca de 2 mil professores se reúnem nesta manhã na Praça Santos Andrade, no Centro. Daqui a pouco, eles seguirão em passeata em direção ao Palácio das Araucárias para, às 15 horas, se reunirem com o governador Orlando Pessuti.
O mote da mobilização este ano é: 30 de agosto: pelo avanço, contra o retrocesso. Segundo a presidente da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, “a mobilização é um lembrete para que os governos nunca desrespeitem os educadores, a exemplo do que ocorreu em 1988 (veja abaixo o histórico da data). E este lembrete é mais do que pertinente, visto a postura adotada por alguns governos no tratamento dado aos educadores nos últimos períodos”, afirmou.
“Vimos que a greve dos professores de São Paulo, recentemente, virou pancadaria. Na greve dos educadores do Rio Grande do Sul, a presidente do sindicato foi presa, após um confronto em praça pública. Em Minas Gerais, a greve já durava 47 dias quando o governo finalmente resolveu abrir as negociações. Felizmente, estamos em um outro cenário no Paraná. Conseguimos manter um diálogo e um debate intensos com governo. Então, queremos continuar avançando. Não queremos nenhum retrocesso no nosso Estado, no que diz respeito à defesa das políticas públicas, ao tratamento com os educadores e a todos os servidores estaduais”, destaca.
Na reunião com Pessuti, serão discutidos temas como salários, redução do número de alunos em sala, melhorias nas condições de trabalho e realização e do chamamento dos aprovados nos concursos públicos. “Não teremos aula, mas teremos luta. E esperamos que todos os educadores participem”, disse Marlei.
Histórico do 30 de agosto
Há 22 anos, no dia 30 de agosto, os professores estaduais foram às ruas numa passeata histórica. Na época, a categoria estava em greve e exigia do governo Álvaro Dias, entre outros itens, o pagamento de um piso de três salários mínimos. Na esperança de abrir as negociações com o Executivo, os trabalhadores, e vários membros da comunidade escolar, caminharam até o Centro Cívico.
Ao chegarem ao local, em vez de serem recebidos pelo governo, foram recepcionados pela polícia – inclusive a cavalaria -, que os rechaçou a base de cacetetes, cães e bombas de efeito moral. A repressão deixou dezenas de feridos. Desde então, a data tornou-se o “Dia de Luto e de Luta dos Trabalhadores em Educação Pública”, na qual a categoria vai às ruas cobrar o devido respeito à educação e ao trabalho de professores e funcionários de escola.
Pauta dos professores
* Equiparação salarial de 25,97%
* Pagamento de promoções de professores(as) e funcionários(as) e do cargo de 40 horas
* Substituição dos professores e funcionários de escola tanto de licença especial, como de licença médica
* Atendimento de qualidade à saúde dos trabalhadores
* Redução do número de alunos por turma
* Aprovação e implementação da nova Lei do Sistema
* Aplicação da lei nº 11.738/08 (Lei do Piso Salarial Profissional – PSPN)
* Pagamento do auxílio transporte e período noturno aos funcionários
* Ampliação do porte de escolas
Por Redação.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://bandab.pron.com.br/jornalismo/noticias/11698/?noticia=professores-estaduais-relembram-confronto-e-alunos-ficam-sem-aula-hoje