Mais de 17 mil bancários estão em greve no Paraná
Dos 23600 trabalhadores bancários da base da FETEC-CUT-PR, mais de 17 mil trabalhadores aderiram à greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores são da base dos Sindicatos dos Bancários de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama, Assis Chateaubriand e respectivas regiões.
São 14450 bancários de Curitiba e região parados, distribuídos por 235 agências e 12 centros administrativos, e 2629 das demais bases, com 152 agências fechadas. Na capital e em Umuarama, 80% da categoria está em greve. Em Toledo e Guarapuava são 70% dos trabalhadores com os braços cruzados.
Confira o número de agências fechadas no Estado:
Apucarana e região – 21 agências estão fechadas, com 345 trabalhadores em greve.
Arapoti e região – os trabalhadores definiram estado de greve e realizam nova assembleia na próxima segunda-feira (04/10).
Campo Mourão e região – 8 agências estão fechadas, com 160 trabalhadores em greve.
Cornélio Procópio e região – 11 agências estão fechadas, com 210 trabalhadores em greve.
Curitiba e região – 235 agências estão fechadas, além de 12 centros administrativos paralisados, com 14450 trabalhadores em greve.
Guarapuava e região – 22 agências estão fechadas, com 370 trabalhadores em greve.
Londrina e região – 24 agências estão fechadas, com 820 trabalhadores em greve.
Paranavaí e região – 9 agências estão fechadas.
Toledo e região – 21 agências estão fechadas, com 270 trabalhadores em greve.
Umuarama, Assis Chateaubriand e região – 36 agências estão fechadas, com 454 trabalhadores em greve.
Por Paula Padilha, jornalista.
FETEC-CUT-PR.
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Cliente, entenda os motivos da greve dos bancários
Nós, bancários, estamos em greve em todo o país. Queremos explicar os nossos motivos, que são muitos:
1. Os banqueiros ganham dinheiro como ninguém neste país, mas desrespeitam tanto nós, trabalhadores, quanto os clientes e a sociedade brasileira.
2. Somente os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) tiveram lucro líquido de R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. No entanto, recusam-se a valorizar os pisos salariais dos bancários.
3. O lucro dos bancos cresceu na média 32% em relação ao ano passado. Mas eles não querem dar 11% de reajuste que reivindicamos.
4. Para atingir esses lucros absurdos, os bancos massacram os bancários. Nos obrigam a vender produtos aos clientes, mesmo que eles não precisem. Exigem metas cada vez maiores, impossíveis de serem cumpridas. Por causa do assédio moral e da pressão insuportável, os bancários estão adoecendo cada vez mais. Mas os banqueiros não querem discutir medidas para preservar a saúde dos trabalhadores.
5. Mesmo com esses ganhos, os bancos não querem investir mais em segurança para proteger bancários, vigilantes e clientes. Só de janeiro a setembro deste ano, 18 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, por falta de segurança.
6. Os bancos demitem trabalhadores e quase não criam postos de trabalho. Não querem dar garantias para proteger o emprego nem contratar mais bancários para acabar com as filas e melhorar o atendimento aos clientes.
7. Os bancos aqui no Brasil cobram os juros e as tarifas bancárias mais altas do mundo. Eles só sugam e não oferecem nenhuma contrapartida à sociedade brasileira.
8. Por tudo isso os bancários estão em greve. Exigimos respeito. E acreditamos que um outro banco é possível, que coloque as pessoas em primeiro lugar.
Pedimos desculpas se nosso movimento lhe causar algum transtorno, mas contamos com sua compreensão.