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Por 14:38 Sem categoria

Bancos usam interditos para impedir greve

Novamente em 2010 os banqueiros estão tentando impedir os bancários de se mobilizar pelos seus direitos utilizando medidas judiciais para tentar enfraquecer o movimento grevista. Na quinta-feira passada (30) foi o Bradesco que tentou banir a greve de seus funcionários utilizando o interdito, situação que o Sindicato de Curitiba reverteu com um mandado de segurança. Na última sexta-feira (01), o HSBC teve o interdito deferido. Ontem (04), foi a vez do banco Itaú Unibanco.

Medidas extremas dos banqueiros não impedem que os trabalhadores continuem em greve, como contextualiza o próprio teor dos interditos. No despacho do interdito do HSBC, por exemplo, o juiz que deferiu o interdito sinalizou que está esclarecido que o Sindicato não pode impedir a entrada e livre circulação de pessoas nas agências, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Por outro lado, completa que “estão garantidas as demais formas de manifestação grevista, inclusive utilização de faixas e aparatos de som, permanência dos grevistas na entrada e arredores dos estabelecimentos no convencimento dos colegas de trabalho e da população”. O direito de greve permanece, mas a truculência dos patrões banqueiros utiliza-se do medo do desemprego para coagir seus funcionários. Alguns voltam a trabalhar, a maioria continua mobilizada.

O teor do interdito do Itaú Unibanco reforça que a greve é permitida: “as faixas anunciando a greve podem ser afixadas, desde que não bloqueiem a entrada”. No caso do Itaú, a multa a que o Sindicato está sujeito é de R$ 40 mil ao dia. Mais agências estão abertas, mas os bancários podem sim ter o seu direito de parar, o direito à greve é preservado até mesmo pelos interditos.

E somente a pressão dos bancários fará a Fenaban reagir e apresentar uma proposta condizente com os altos lucros dos bancos.


Paula Padilha
FETEC-CUT-PR

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