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Presidenta eleita Dilma Rousseff diz que crise gerada pelo dólar fraco é grave

Seul – A presidenta eleita Dilma Rousseff afirmou hoje (11) que a desvalorização do dólar causa um grave problema para o mundo inteiro. Como convidada da Cúpula do G20 (que reúne as maiores economias mundiais), ela disse que não terá direito a voz nas discussões, mas que pretende manter a mesma posição defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governo brasileiro condena ações isoladas, que geram o protecionismo, como as que têm feito os Estados Unidos e a China, por acreditar que essas decisões podem causar desequilíbrio na economia mundial. Lula e as demais autoridades brasileiras querem que seja firmado um compromisso das nações do G20 em favor de ações globais e não individuais para preservação do equilíbrio econômico mundial.

Para Dilma, a adoção de medidas como a anunciada recentemente pelos Estados Unidos, de comprar US$ 600 bilhões do Tesouro para estimular a economia interna – gerando empregos e impulsionando o consumo, por exemplo – representa protecionismo. “Acho que gera um protecionismo camuflado, como forma de se proteger”, disse ela depois de um rápido passeio por Seul.

“Acho que é grave para o mundo inteiro a política do dólar fraco. Essa é uma questão que sempre causou problemas. A política do dólar fraco faz com que o ajuste americano fique na conta das outras economias”.

À pergunta se pretende tratar do tema durante as reuniões em Seul, Dilma respondeu que está como “convidada” do G20 e não participante. Segundo ela, o papel de representar o Brasil é do presidente Lula e no caso do fórum dos ministros de Estado, do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

“Eu não tenho voz aqui ainda [no G20]. Não vou falar. É um fórum entre países, então a representação é do presidente Lula. Mas é muito provável que acompanhe toda a agenda [do presidente Lula], pois já tive alguns encontros bilaterais”, disse.

De acordo com a presidente eleita, a ideia sugerida ontem (10) pelo ministro Guido Mantega de adotar outras moedas, além do dólar, nas transações comerciais e como reserva, depende não só do desejo, mas de uma conjuntura mais complexa.

“Não é uma questão de vontade, se fosse uma questão de vontade já teria sido feita. Pode ser uma questão de acordo, como foi em Bretton Woods, lá isso já foi colocado. Acho que essa é uma das posições, há várias na mesa. Acho que vai ser uma questão de negociação”, disse Dilma.

A presidenta eleita afirmou ainda que conversou sobre a tecnologia do trem-bala com o ministro dos Transportes da Coreia do Sul, Jong-Hwan Chung, e que os coreanos têm interesse em investir no Brasil.

“Os coreanos têm todo interesse em participar [de licitações no Brasil]. [Ouvi sobre] as obras que estão fazendo, da capacidade deles de construção de aeroportos e do interesse em participar [de obras] no Brasil. E serão muito bem-vindos”, disse ela.

Por Renata Giraldi – Enviada Especial. Edição: Graça Adjuto.

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Lula chega a Seul e diz que não tem mais idade para brigar; Presidente chega disposto a negociar

Seul – Ao desembarcar hoje (11) em Seul, a capital sul-coreana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou que está com disposição de negociar e não de brigar. Bem-humorado, ele brincou que “não tem mais idade para brigar” nas reuniões da Cúpula do G20 (que engloba as maiores economias do mundo).

“Vim negociar. Não tenho mais idade para brigar”, afirmou, ao ser perguntado se estava com disposição de brigar com os Estados Unidos e outros países que, por decisões unilaterais, provocam o acirramento da guerra cambial.

Lula foi recebido no hotel pela presidenta eleita, Dilma Rousseff, e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com agenda lotada, o presidente terá pouco tempo para descansar e adaptar-se ao fuso horário – de 11 horas a mais em relação ao Brasil. Apesar disso, ele cumprimentou vários brasileiros que o aguardavam.

O estudante Fabio Schneider, de 9 anos, que disse querer ser presidente, conseguiu cumprimentar Lula e Dilma. Emocionado, o estudante pediu autógrafos aos dois e afirmou que vai se esforçar para realizar seu sonho. “Quero ser presidente da República para melhorar o Brasil”, disse ele, que mora na Coreia com a família. O pai trabalha em uma multinacional.

Lula chega à Coreia para enfrentar uma série de discussões sobre as reações negativas à decisão do governo dos Estados Unidos de comprar US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro, na tentativa de estimular a economia interna, e outras medidas adotadas por vários governos – especialmente os asiáticos – em meio à guerra cambial.

O presidente Lula e a presidenta eleita participarão de cinco reuniões plenárias, de um almoço e um jantar com líderes políticos mundiais, como os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, Nicolas Sarkozy, além da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel.

Por Renata Giraldi – Enviada Especial. Edição: Graça Adjuto.

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Lula diz que Dilma fará mais bonito do que ele nas futuras reuniões do G20

Seul – Pela última vez na Cúpula do G20 (que reúne as 20 maiores economias mundiais), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (11) estar com a sensação de dever cumprido. Segundo ele, o maior compromisso que tinha era o de “eleger a sucessora”, o que conseguiu fazer com a vitória da presidenta eleita, Dilma Rousseff, também presente nas reuniões em Seul, na Coreia do Sul.

“Eu acho que o grande compromisso que eu tinha antes era eleger minha sucessora”, afirmou Lula, não informando quais são seus planos para depois de janeiro, quando transmitir o cargo para Dilma.

O presidente afirmou ainda que, a um mês e meio de Dilma assumir a Presidência da República, o principal desejo dele é de que ela tenha mais sucesso no cargo. “Agora, faltando um mês e meio, só cabe torcer para que ela monte um grande governo e possa ter mais sucesso do que eu tive”, afirmou.

Bem-humorado, Lula disse ainda que pretende continuar “negociando” em vários fóruns. Ele disse estar tranquilo para esta última reunião do G20 cujos temas são a guerra cambial e as ações isoladas de alguns países que provocam o desequilíbrio da economia global.

Para o presidente, os líderes mundiais não sentirão falta dele nas reuniões do G20 porque o Brasil será representado por Dilma que fará “mais bonito”. “Estou tranquilo porque o G20 nem sentirá falta do presidente Lula porque ela fará muito mais bonito”, disse.

Por Renata Giraldi – Enviada Especial. Edição: Lílian Beraldo.

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