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IBGE atribui crescimento populacional do Norte e Centro-Oeste ao desenvolvimento econômico

São Paulo – As regiões Norte e Centro-Oeste obtiveram os maiores crescimentos populacionais do país nos últimos 10 anos por terem passado por um processo intenso de desenvolvimento econômico. Por possuírem extensos territórios, o avanço da Zona Franca de Manaus e da mineração no Norte e da pecuária e da cultura de grãos no Centro-Oeste foram fatores de atração de imigrantes para as regiões. A análise é do professor José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Demográficas (Ence/IBGE), em entrevista à Rede Brasil Atual.

De acordo com dados preliminares do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), os índices de crescimento foram de 22,98% para a região Norte e 20,74% para o Centro-Oeste. Nas demais regiões do país, o aumento de habitantes foi de 10,97% no Sudeste, 11,18 % no Nordeste e 9,7% na região Sul.

Para Alves, a região Centro-Oeste apresentou tal crescimento devido à economia do agronegócio e da plantação principalmente da soja. A instalação de empresas nesses estados ajudam a trazer mais pessoas. As companhias são atraídas pelas condições ambientais e demográficas favoráveis à produção em largas áreas.

Na região Norte, um fator importante é na questão do crescimento econômico da Zona Franca de Manaus (AM). Como explica o professor, o fortalecimento do real e o câmbio flutuante adotado em 1998 resultou no crescimento da capital do Amazonas e de municípios médios do estado. Por conta das indústrias instaladas, a cidade tornou-se um centro financeiro da região nos últimos 10 anos.

No Pará, a atividade mineradora é apontada como responsável pelo aumento da população. Das 19 cidades onde a população duplicou no últimos 10 anos, sete são paraenses. São Felix do Xingu (PA), por exemplo, cresceu 163,69%, passando de 34,6 mil para 91,3 mil habitantes. Canaã dos Carajás (PA) aumentou 144,71% ( De 10,9 mil para 26,7 mil habitantes).

Os índices, segundo o professor, devem-se inclusive a fatores apresentados desde a década de 1980, quando iniciou-se o processo de desconcentração industrial e populacional do Sudeste. Ele acredita que, com os problemas urbanos decorrentes de aglomerações demográficas – como congestionamentos no trânsito e poluição – permitiram que outros estados se tornassem atrativos viáveis para o setor terciário. “Além de ser um fato positivo (o processo de descentralização), ja era até esperado”, acredita o professor.

Por: Virginia Toledo, Rede Brasil Atual. Publicado em 30/11/2010, 19:05.
Última atualização às 19:42

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Índice de crescimento da população está em queda, diz IBGE

Rio de Janeiro – O índice de crescimento da população brasileira está em queda, segundo dados do Censo 2010. O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Nunes, disse que a tendência é de crescimento populacional maior em cidades de porte médio que tenham crescimento econômico.

“O que a gente observa é que as áreas que absorvem mais o fluxo migratório das pequenas cidades não são mais as grandes metrópoles, mas as cidades de porte médio ou até grande, mas não necessariamente áreas metropolitanas”.

Segundo o levantamento do IBGE, o crescimento da população é maior nos novos polos econômicos do Brasil. “Principalmente a Região Centro-Oeste do país, que é onde se constata a existência de cidades com ritmos de crescimento grande e também com grande dimensão social e econômica”, disse Nunes.

O presidente lembrou que o índice geométrico médio de crescimento anual da população brasileira está em queda. “Na década de 1990 a taxa de crescimento já havia caído para 1,60 e agora essa taxa é de 1,02”.

Fonte: Agência Brasil.

Por: Nielmar de Oliveira. Publicado em 30/11/2010, 09:37. Última atualização às 09:37

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