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Manifestantantes prometem protestos em massa no Egito

Indignados com decisão de Mubarak, manifestantantes prometem protestos em massa

Brasília – Depois do discurso de ontem (10) do presidente do Egito, Hosni Mubarak, de que pretende continuar no poder, alguns egípcios passaram a mostrar o sapato durante os protestos nas ruas do país. O ato é uma reação de desagravo no mundo muçulmano.

No 18º dia da onda de manifestações, os críticos do governo passaram a noite na Praça Tahrir, no Cairo, e prometem protestos em massa por todo o país. Indignados, os manifestantes não se conformam com a decisão de Mubarak.

Em seu discurso de ontem, o presidente egípcio anunciou que vai permanecer no governo, embora decidido a transferir parte dos poderes para o vice-presidente da República, Omar Suleiman. Ele não detalhou, no entanto, que poderes pretende abrir. Mais uma vez, Mubarak afirmou que não permitirá interferência externa na crise política do país.

Aos gritos de “Abaixo Mubarak” e “Vá embora”, os manifestantes mostravam as solas dos sapatos – ato considerado ofensivo no mundo árabe. Uma das principais vozes da oposição, Mohammed ElBaradei fez um apelo, na internet, para a intervenção do Exército. “O Egito vai explodir. O Exército precisa salvar o país agora”, afirmou.

Ontem, momentos antes do discurso de Mubarak, o clima na praça era de expectativa e euforia, já que a maioria acreditava em sua renúncia. Alguns manifestantes celebravam prematuramente a possibilidade de renúncia do presidente aos gritos de “Derrubamos o regime”.

Ao perceberem que o discurso de Mubarak era o oposto do que esperavam, muitos manifestantes começaram a chorar. No entanto, o clima de tristeza cedeu lugar à fúria. Um dos manifestantes avisou que, em meio à frustração, a tendência era intensificar os protestos. “As ruas não aturam mais Mubarak. Se ele deixar o país, vai ajudar a acalmar a crise. Se continuar aqui, vai levar os egípcios ao caos”, disse o ativista Mustafa Naggar.

As especulações começaram quando o primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq, disse que a permanência de Mubarak no poder estava sendo discutida pelas autoridades do país. O Exército também havia inflamado as expectativas ao anunciar que se preparava para proteger o país. Segundo a agência de notícias estatal Mena, o alto escalão das Forças Armadas estava se reunindo em sessões contínuas parar “proteger a nação, suas conquistas e as aspirações do povo”.

Da BBC Brasil.

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Líderes políticos mundiais reagem com desconfiança à permanência de Mubarak no poder

Brasília – Líderes mundiais reagiram com desconfiança à decisão do presidente do Egito, Hosni Mubarak, de permanecer no poder até o fim deste ano e transferir apenas parte de suas atribuições ao vice-presidente, Omar Suleiman. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (11) que a iniciativa marca uma  “transição da autoridade” e que  “não é clara se é imediata, significativa ou suficiente”.

“Muitos egípcios se mostram pouco convencidos de que o governo seja sério sobre uma genuína transição para a democracia e da sua responsabilidade de falar claramente ao povo e ao mundo”, afirmou Obama em um comunicado. “[O governo do Egito] deve avançar por um caminho inequívoco, credível e concreto até à democracia genuína e, até o momento, não aproveitou essa oportunidade”, acrescentou.

Obama defendeu também que a transição “deve mostrar imediatamente um caminho político irreversível” por meio de um “caminho negociado até à democracia”, que inclua a oposição e a sociedade civil. Segundo ele, o “estado de emergência no Egito deve ser levantado”. O comunicado da Casa Branca foi emitido depois do pronunciamento de Mubarak anunciando sua permanência.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou que há um temor sobre o futuro do Egito. “Que uma ditadura não seja substituída por outra, a ditadura religiosa. O que desejo, de todo o coração, é que o país tenha tempo de se dotar de mecanismos de representação, de estruturas e de princípios e que tome o verdadeiro caminho da democracia e não de um novo tipo de ditadura, a ditadura religiosa”, afirmou.

Para a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, o momento no Egito é para a mudança imediata. “O presidente Mubarak ainda não abriu a via para reformas mais rápidas e mais profundas”, disse ela, que tinha viagem programada para a próxima semana ao país, mas foi recomendada pelas autoridades egípcias a cancelar a visita.

“Vou permanecer em contato com as autoridades egípcias para falar da necessidade de uma transição democrática ordenada, sensata e durável”, disse Ashton. “O momento da mudança é agora. Vamos dar uma atenção particular à resposta do povo egípcio nas próximas horas e nos próximos dias”, completou.

Da Agência Lus.

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