fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 10:29 Sem categoria

Trabalhadores públicos federais lançam campanha salarial

Protestam contra corte de investimentos prometido pelo governo Dilma

Aproximadamente 5 mil trabalhadores públicos federais, representados por 20 entidades sindicais, fizeram manifestação na manhã de ontem (16/02), em Brasília, para protestar contra o corte de gastos prometido pelo governo Dilma e também para defender um aumento maior que R$ 545 para o salário mínimo. Essas eram bandeiras que se destacavam durante a mobilização, que marcou oficialmente o lançamento da campanha salarial nacional e unificada dos servidores.

A maioria das entidades presentes são filiadas à CUT. O presidente da Central, Artur Henrique, ao falar no início da marcha – os manifestantes se concentraram diante da Catedral e de lá foram rumo ao Congresso Nacional, onde mais tarde fizeram ato político – afirmou que o corte de investimentos reflete a agenda daqueles que foram derrotados nas últimas eleições.

“Não podemos aceitar que este governo retire recursos de políticas sociais nem da necessária reconstrução do Estado”, afirmou. Lembrou que os acordos fechados entre o governo anterior e as entidades sindicais dos servidores precisam ser cumpridos pelo novo governo e cobrou que “as negociações em torno de acordos que ainda não foram fechados devem continuar”.

Artur também comentou as propostas de avaliação de desempenho no serviço público, que ciclicamente retornam à pauta. “Avaliação de desempenho, só se tiver como objetivos principais a melhoria e a ampliação do serviço público e do atendimento à população, e não a demissão”, disse.

Por Isaías Dalle.

===========================

Arrochar o funcionalismo não é a saída

É com total repúdio que o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal – Sindjus – recebe a notícia de que o governo irá suspender as nomeações e novos concursos públicos por tempo indeterminado. O funcionalismo público não pode pagar a conta de uma política macroeconômica equivocada que visa crescimento a partir de juros altos. Uma vez que o governo quer conter despesas ele deveria baixar os juros, que são as maiores despesas públicas existentes na atualidade. Baixar os juros é permitir uma série de investimentos e a redução das desigualdades sociais.

A insegurança da economia mundial também não é desculpa para estagnar o funcionalismo. A última crise mundial provou que precisamos de um Estado forte e combativo, capaz de prestar um serviço público de excelência. Não queremos e não podemos nos guiar pelo pensamento neoliberal. A manutenção de taxas elevadas de juros interessa apenas ao capital especulativo, pois encarece o crédito e comprime o mercado interno.

Como frisa a CUT, não podemos ceder à pressão de setores da mídia e do sistema financeiro, dos setores conservadores do empresariado e de parte da base que compõe o governo. Não podemos nos curvar à agenda derrotada nas eleições que defende que para combater a inflação, deve-se conter o consumo interno, reduzir o crédito, arrochar o funcionalismo e aumentar a taxa de juros.

O governo precisa pautar sua política econômica na expansão do mercado interno, na valorização do serviço público, no aumento real de salários, na valorização do salário mínimo, na oferta de crédito e no crescimento do consumo e da produção.

Por isso, o Sindjus conclama todos os servidores a permanecerem mobilizados. Conseguir um reajuste salarial a partir dessa postura não será uma tarefa fácil, mas também não se trata de uma missão impossível. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou que exceções serão analisadas caso a caso. Se a cúpula do Judiciário chamar para si a responsabilidade do nosso PCCR teremos uma grande chance de garantir o nosso reajuste.

Nós servidores precisaremos estar mais unidos e pressionar o Poder Judiciário para que costure um acordo com o governo. Afinal, os magistrados também aguardam a aprovação de um reajuste de quase 15% no Congresso Nacional. E se o pessoal do Executivo e do Legislativo conseguiu, também nesse cenário de contenção de despesas, aprovar reajustes que oscilaram de 60 a 150%, nós também podemos. Afinal, estamos em um Estado Democrático que tem como um de seus princípios a defesa da isonomia dentro do serviço público.

Além do mais, qual a razão de prejudicar a reestruturação do serviço público quando os indicadores de PIB, crescimento do emprego e da renda, volume de investimentos previstos, lucro dos bancos e das empresas, atestam a continuidade do ciclo de desenvolvimento brasileiro?

Por Berilo Leão Neto, coordenador-geral do Sindjus

NOTÍCIA E ARTIGO COLHIDOS NO SÍTIO www.cut.org.br.

Close