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Trabalhadores unidos no combate ao assédio moral e às metas abusivas

Contraf-CUT defende campanha mundial contra assédio moral e metas abusivas

A Contraf-CUT propôs nessas quinta-feira, 17, que a UNI Finanças encampe mundialmente a campanha Menos Metas, Mais Saúde e lute pela assinatura de acordos de combate ao assédio moral, iniciativas dos bancários brasileiros. A proposta foi feita pelo secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Plínio Pavão, durante sua exposição nesta quinta-feira, 17, na Conferência Mundial da UNI Finanças, em Lisboa.

A exposição aconteceu dentro do painel Orientação Financeira Correta – Condições de Trabalho Dignas. O foco principal da fala do dirigente foi a questão das metas. “As discussões durante a conferência deixaram claro que se trata de um problema que preocupa bancários do mundo inteiro”, explica Plínio. “Os bancários são pressionados a vender, não importa que produto ou para quem estão vendendo. Isso se traduz em pressão sobre os trabalhadores, gera assédio moral e outras formas de violência. Essa combinação adoece o trabalhador. É o que estamos identificando no Brasil”, resume.

Estatísticas mostram o aumento das doenças mentais entre os bancários brasileiros. Segundo dados do INSS, entre janeiro e junho de 2009, 6.800 bancários foram afastados por motivos de saúde. Entre estes, em 2.030 casos o motivo foi LER/Dort e em 1.626 o problema apresentado foram doenças mentais, como depressão, síndrome do pânico e outras. “As doenças psíquicas já motivam quase 25% dos afastamentos na categoria, um índice altíssimo. Essa situação precisa ser combatida e para isso os trabalhadores precisam intervir no modo de produção do banco”, afirma.

Plínio defendeu que se façam mundialmente debates com especialistas sobre o tema, de forma a sensibilizar os trabalhadores e a sociedade. “A marca da campanha Menos Metas, Mais Saúde pode ser adotada para que se façam campanhas unificadas em todo o mundo, com produção de cartazes, cartilhas e outros materiais”, afirmou. “Além disso, é fundamental que se busque, sempre que possível, levar o tema para mesas de negociação e assinar cláusulas de combate ao assédio moral e outras práticas, como conquistamos recentemente no Brasil”.

Fonte: Contraf-CUT.

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Conferência Mundial da UNI Finanças quer um sistema financeiro justo

Sob o tema “De volta ao futuro: rompendo barreiras por um sistema financeiro justo”, a Conferência da UNI Finanças teve inicio na quarta-feira, dia 16, em Lisboa, com a apresentação dos planos de trabalho das diversas regiões onde o sindicato global que representa os trabalhadores de empresas financeiras está organizado.

Houve também na sessão de abertura um minuto de silêncio em memória das vítimas da tragédia do terremoto e tsunami ocorridos no Japão, lembrando que a ausência da delegação nipônica é em virtude da necessidade de socorro que a população exige neste período difícil.

O presidente da Contraf-CUT e da UNI Finanças Américas, Carlos Cordeiro, falou sobre os planos para o próximo período, destacando que o mais importante é a unidade de ação dos sindicatos filiados. “No momento em que as empresas agem organizadamente e em escala mundial, é fundamental que os trabalhadores se solidarizem e trabalhem de forma unida”, disse.

Na sequência foi realizado um debate sobre as consequências da crise mundial nos diversos países. Representantes da Grécia, Turquia, França, Singapura e países africanos, sem exceção, defenderam a necessidade de regulação e controle do sistema financeiro, não só no âmbito das nações, mas em todo o mundo financeiro, uma vez que os bancos agem como transnacionais e os controles nacionais não são mais suficientes.

Outro ponto abordado durante a tarde do primeiro dia da conferência foi o nível de terceirização existente em todo o sistema atualmente. “Essa forma de contratação traz muitos danos aos trabalhadores e aos direitos e é utilizada em alta escala em todos os países do mundo”, relata o secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros. Segundo representantes da UNI Finanças Jovens, esse tipo de contratação traz ainda outro problema, que é a falta de perspectiva de futuro, uma vez que, na sua maioria, são jovens e, por não haver especialização e remuneração justa, eles não se veem trabalhando nesse tipo de serviço.

Na manhã desta quinta-feira, segundo e último dia do encontro, o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Plinio Pavão, apresentou a proposta de que a campanha brasileira “Menos metas, mais saúde” seja encampada pela UNI Finanças, uma vez que em todos os países se debate o problema das metas e suas consequências danosas para os trabalhadores e os clientes.

Além da Contraf-CUT, o Brasil está representado por dirigentes da Fetec-SP, Sindicato de São Paulo, Sindicato do Rio de Janeiro, Feeb SP/MS (através do Sindicato de Campinas), Fetec Nordeste (através do Sindicato do Ceará), Fetec Paraná (através do Sindicato de Curitiba) e Fetec Centro Norte.

Fonte: Contraf-CUT.

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