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Municípios paranaenses vão celebrar Dia Mundial da Água

Em comemoração ao Dia Mundial da Água – celebrado nesta terça-feira (22) – a Secretaria estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Ambiental do Paraná realizam em conjunto com as prefeituras dos municípios do interior ações por todo o Paraná. Entre as principais ações está a recuperação de mata ciliar de rios e mananciais de abastecimento público, mutirão para retirada de lixo e atividades de educação socioambientais.

“A participação das prefeituras é fundamental. Com a parceria dos governos municipais temos mais acesso à população que passa a entender melhor o nosso trabalho. O IAP é a autarquia que fiscaliza e licencia os empreendimentos no Paraná,” disse o presidente do IAP, Tarcísio Mossato.

Confira a programação de diversas regiões.

AMPÉRE –Durante toda a semana, alunos dos 4º e 5º anos das escolas municipais serão selecionados para participar do “Projeto de Preservação das Nascentes dos Rios Ampére e Sarandi”. Eles atuarão como agentes ambientais, conhecendo os cursos de água e levando as informações para os colegas de classes. Além disso, os estudantes também realizarão a coleta de lixo e plantio de árvores nativas.

CLEVELÂNDIA – Será recuperada a fonte de água da Rua Crescêncio Martins, o IAP fará a análise de água de diversas partes do município e a coleta de lixo no entorno do Rio do Brinco.

CORONEL VIVIDA – Nos dias 22 e 23 de março, será promovido o plantio de mata ciliar de espécies nativas com alunos de escolas municipais, em conjunto com a Casa Família Rural. Os estudantes também conhecerão propriedades rurais em que foi realizada a preservação de fontes. Serão distribuídos panfletos de orientação sobre a importância da coleta seletiva.

ENÉAS MARQUES – A prefeitura promoverá o encontro “Preservação, Economia e Qualidade da Água para o Consumo Humano”, o qual trará debates, palestras e contará com o lançamento de um projeto para a criação de uma associação dos usuários de água do município.

FAROL -A prefeitura, em parceria com o IAP e a Emater, promoverá o plantio de mata ciliar e a soltura de peixes nos rios do município. No dia domingo (27) terá “bóia-cross” no Rio Goioerê.

HONÓRIO SERPA -O município comemora o Dia da Água com o plantio de mata ciliar e a promoção de palestras para alunos das escolas municipais.

IRATI E REGIÃO – Os nove municípios da região de Irati vão promover palestras nas escolas municipais. Os temas escolhidos são água, lixo e proteção de nascentes. Os alunos também vão visitar propriedades rurais para conhecer minas d’água.

LONDRINA – O escritório regional da Sema em parceria com órgãos públicos estaduais e municipais promove a campanha “Londrina contra a dengue”, com ações de conscientização que visam a diminuição dos focos da doença. O evento ocorre entre as 10h e 12h, no semáforo da Rua Prof. João Cândido com a Avenida Paraná e no calçadão.

MARINGÁ – A regional da Sema de Maringá e a prefeitura são parceiras em iniciativas de conscientização ambiental e prevenção contra a dengue envolvendo estudantes de escolas municipais e professores universitários.

PATO BRANCO – Haverá uma exposição de trabalhos e atividades relacionadas ao meio ambiente.

PLANALTO – A prefeitura vai promover um programa de rádio sobre a água. Também será realizada a avaliação do ICMS ecológico.

PONTA GROSSA – Em parceria com a Diocese de Ponta Grossa, serão realizados o plantio de mudas na Praça Marechal Floriano Peixoto, que também serão distribuídas para a comunidade e paróquias do município. Além disso, haverá um culto ecumênico com a benção das águas e florestas.

REALEZA -Atividades com escolas municipais, destacando a importância da água com desenhos e textos.

SALGADO FILHO – Vai realizar mutirões de limpeza nos rios Tamanduá, Tamanduazinho e Sarandi, que cortam o município. Na quinta-feira (24), será lançada a campanha “De olho no óleo”, que tem como objetivo dar um destino adequado ao óleo de cozinha.

SALTO DO LONTRA – A prefeitura e outras entidades do município promovem um seminário sobre a importância da água e os cuidados para a preservação de recursos hídricos.

SÃO JOÃO – O município comemora o “Dia da Água” com diversas atividades nas escolas, como palestras, visitas a parques, concursos de desenho e atividades recreativas.

TIBAGI – Entre os dias 21 e 22 de março, a Força Verde fará palestra aos alunos dos 3º, 4º e 5º anos das escolas municipais Telêmaco Borba, Profª Ida Viana e Prof. Aroldo. Também no dia 22 será realizado um mutirão de limpeza no Rio Tibagi, seguido de rafting.

TURVO – Haverá apresentações teatrais para alunos das escolas municipais, da Apae e do Projovem. Os teatros abordarão o uso consciente da água e a importância da preservação.

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Sanepar abre Semana da Água nos mananciais da Serra em Piraquara – 21/03/2011 17:50

A Sanepar realizou na tarde desta segunda-feira (21), às 14 horas, a abertura oficial da programação da Semana da Água, que vai até 25 de março, e marcará a comemoração do “Dia Mundial da Água”. A data é celebrada nesta terça-feira (dia 22). A cerimônia de abertura foi nos Mananciais da Serra, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, junto ao primeiro reservatório de água que abasteceu Curitiba. A estrutura está encravada no meio da Serra do Mar. Participaram da atividade diretores da Sanepar, empregados e convidados que visitaram o Reservatório do Carvalho e as nascentes do Rio Iguaçu.

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU em 1992, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da água e mobilizar a população a preservar os mananciais e recursos hídricos. O diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Péricles Weber, ressaltou o quanto é fundamental disseminar o uso racional da água. A Sanepar leva tão a sério esta data, que ampliou as comemorações para uma semana. “Durante os próximos dias vamos desenvolver atividades que levem à sociedade a mensagem do uso racional da água. Precisamos atender o conceito da sustentabilidade”, afirmou.

O diretor de Investimentos, João Martinho Cleto Reis Júnior, também participou da abertura e anunciou que os investimentos e as novas obras da Sanepar terão como foco a sustentabilidade. “A diretoria da Sanepar não vai medir esforços para atender todas as necessidades dos paranaenses. Vamos preservar os nossos mananciais, mantendo a qualidade da água, coletando e tratando o esgoto dentro de uma visão de preservação ambiental”, disse.

A abertura da Semana da Água contou com a apresentação do Coral da Sanepar que apresentou músicas voltadas ao tema água e do cancioneiro popular.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.aenoticias.pr.gov.br
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Mais da metade dos municípios podem ficar sem água em 2015

Brasília – Dono do maior potencial hídrico do planeta, o Brasil corre o risco de chegar em 2015 com problemas de abastecimento de água em mais da metade dos municípios. O diagnóstico está no Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, lançado hoje (22) pela Agência Nacional de Águas (ANA). O levantamento mapeou as tendências de demanda e oferta de água nos 5.565 municípios brasileiros e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.

Considerando a disponibilidade hídrica e as condições de infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição, os dados revelam que em 2015, 55% dos municípios brasileiros poderão ter déficit no abastecimento de água, entre eles grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.

“A maior parte dos problemas de abastecimento urbano do país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção, impondo alternativas técnicas para a ampliação das unidades de captação, adução e tratamento”, aponta o relatório.

O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, disse que o atlas foi elaborado para orientar o planejamento da gestão de águas no país. Segundo ele, como atualmente mais de 90% dos domicílios brasileiros têm acesso à rede de abastecimento de água, a escassez parece uma ameaça distante, como se não fosse possível haver problemas no futuro. “Existe uma cultura da abundância de água que não é verdadeira, porque a distribuição é absolutamente desigual. O atlas mostra que é preciso se antecipar a uma situação para evitar que o quadro apresentado [de déficit] venha a ser consolidado”, avalia.

De acordo com o levantamento, as regiões Norte e Nordeste são as que têm, relativamente, os maiores problemas nos sistemas produtores de água. Apesar de a Amazônia concentrar 81% do potencial hídrico do país, na Região Norte menos de 14% da população urbana é atendida por sistemas de abastecimento satisfatórios. No Nordeste, esse percentual é de 18% e a região também concentra os maiores problemas com disponibilidade de mananciais, por conta da escassez de chuvas.

O documento da ANA calcula em R$ 22,2 bilhões o investimento necessário para evitar que o desabastecimento atinja mais da metade das cidades brasileiras. O dinheiro deverá financiar um conjunto de obras para o aproveitamento de novos mananciais e para adequações no sistema de produção de água.

A maior parcelas dos investimentos deverá ser direcionada para capitais, grandes regiões metropolitanas e para o semi-árido nordestino. “Em função do maior número de aglomerados urbanos e da existência da região do semi-árido, que demandam grandes esforços para a garantia hídrica do abastecimento de água, o Rio de Janeiro, São Paulo, a Bahia e Pernambuco reúnem 51% dos investimentos, concentrados em 730 cidades”, detalha o atlas.

“Esperamos que os órgãos executores assumam o atlas como referência para os projetos. Ele  é um instrumento de planejamento qualificado, dá a dimensão de onde o problema é grande e precisa de grandes investimentos e onde é pequeno, mas igualmente relevante”, pondera Andreu.

Além do dinheiro para produção de água, o levantamento também aponta necessidade de investimentos significativos em coleta e tratamento de esgotos. O volume de recursos não seria suficiente para universalizar os serviços de saneamento no país, mas poderia reduzir a poluição de águas que são utilizadas como fonte de captação para abastecimento urbano.

Andreu espera que o diagnóstico subsidie a elaboração de projetos integrados, compartilhados entre os órgão executores. “Ao longo do tempo, o planejamento acabou se dando apenas no âmbito do município, que busca uma solução isolada, como se as cidades fossem ilhas. É preciso buscar uma forma de integração, de planejamento mais amplo, preferencialmente por bacia hidrográfica”, sugere o diretor-presidente da agência reguladora. “Ainda não estamos no padrão de culturas que já assumiram mais cuidado com a água. Mas estamos no caminho, e o atlas pode ser um instrumento dessa mudança”.

Por Luana Lourenço – Repórter da Agência Brasil. Edição: Graça Adjuto.

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Dia Mundial da Água: escassez é resultado de falta de gerenciamento e degradação do solo, avalia pesquisador

Brasília – A escassez de água é um problema de falta de gerenciamento do recurso em todas as instâncias, na opinião do diretor do Instituto de Permacultara do Pampa (Ipep), João Rockett.
“Quandofalamos em faltar água, falamos em água potável. Usamos mal a água.Gastamos um copo de água para beber e gastamos três para lavar o copousado”, exemplifica.

Entre os fatores envolvidos na questão da água, Rockett destaca a degradação do solo. Segundo ele, a escassa camada vegetal existente em função do mau uso do solo e dos desmatamentos leva ao desaparecimento da fauna e acaba com as águas das nascentes, trazendo perdas econômicas em todas as regiões. “É como se raspássemos todos os pêlos de uma pessoa. A água escorreria pelo corpo, não teria onde parar. O agricultor virou um garimpeiro do campo. Não estamos plantando, estamos garimpando o solo. Antes, com 60 dias de seca, o solo resistia. Hoje, não, porque o solo não é permeável”, explicou o diretor, lembrando que, atualmente, o Paraná tem apenas 5% de sua vegetação nativa e Minas Gerais, 3%.

Segundo Rockett, o efeito esponja do solo se perdeu e os aqüíferos estão diminuindo no mundo inteiro. “Na China, o lençol freático já baixou quase 70 metros”, afirmou.

O diretor do Ipep diz que um exemplo positivo para mudar esse panorama é o projeto Caminhos das Águas, patrocinado pela Petrobras, desenvolvido pelo Instituto em parceria com a Fundação Avina, nas comunidades da região do Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

O trabalho consiste em orientar as famílias para desenvolver técnicas alternativas de produção agrícola, melhorar o aproveitamento da água, além de usar filtros biológicos para o esgoto.

“Fizemos hortas nos quintais e cobrimos com palha para economizar e reter a água. Reutilizamos a água do chuveiro e da pia. Foi surpreendente a resposta num ambiente que chega a ficar 60 meses sem chuva”, relatou

O agricultor João Coelho, conhecido como Seubeu, é morador da comunidade de Alfredo Graça, no município de Araçuaí. Ele sempre viveu na região o gado morria na época da seca ou era preciso levá-lo de um lado para outro até encontrar água.

Ele conta que na comunidade de Cruzinha, onde não há nenhum rio próximo, as pessoas precisam contratar um caminhão para levar água até suas casas. “Minha tia paga vinte e cinco reais por mil e duzentos litros de água. Só dá para usar na casa, não dá para pensar em plantar nada.”

Seubeu integrou o projeto e aprendeu a fazer caixas para armazenar a água da chuva, a construir mini barragens para utilizá-la quando a seca piora e a plantar mudas para conter a água. “Antes, quando chovia, a água ia embora. Agora estamos preparados”, disse o agricultor.

Por Lisiane Wandscheer – Repórter da Agência Brasil.

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Dia Mundial da Água: escassez e excesso refletem aquecimento globlal, diz WWF

Brasília – As mudanças climáticas terão impacto direto nos sistemas hídricos do planeta, seja pela falta ou pelo excesso de água e esse processo já começou, alerta a a organização não-governamental Fundo Mundial para a Natureza, conhecida como WWF (World Wide Fund For Nature).
O coordenador do programa Água para a Vida, da WWF-Brasil, Samuel Barreto, afirma que fenômenos recentes como a passagem do furacão Katrina, pelos Estados Unidos, em 2005, e as inundações deste ano no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, são consequências das mudanças climáticas.

Para chamar a atenção sobre o assunto, a entidade promove promove no próximo sábado (28) às 20h30min, o ato Hora do Planeta. O objetivo é mobilizar maisde um bilhão de pessoas em mil cidades no mundo a apagar as luzes parasimbolizar a preocupação com os efeitos do aquecimento global.

“Queremos convocar a sociedade para este grande ato. Precisamos pensar estratégias de controle dos efeitos do aquecimento global e combater as causas. Os eventos climáticos estão acontecendo com maior intensidade e num período cada vez mais curto”, disse o biólogo em entrevista à Agência Brasil.

Para ele, é preciso que as propostas para o país contidas no Plano Nacional de Mudanças Climáticas, aprovado em 2008, sejam implementadas rapidamente.

“Precisamos saber o que está acontecendo regionalmente. Os relatórios de mudanças climáticas mostram que haverá uma desertificação da parte oriental da Amazônia e uma ampliação da região do semi-árido”, argumentou.

Barreto alerta para a necessidade de governos, iniciativa privada e sociedade preparem-se para os riscos, vulnerabilidades e impactos da destruição dos sistemas naturais. Segundo ele, nas áreas urbanas a falta de tratamento de esgoto compromete a qualidade das águas, e no meio rural o desmatamento prejudica a capacidade de recarga do ciclo hídrico, conduzindo à escassez.

“O mau uso dos recursos hídricos leva à escassez, o que pode gerar conflito entre as populações”, afirmou.

O biólogo também apontou avanços na conscientização da população. De acordo com ele, uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2008, a pedido da WWF, em 2008, mostra que 90% da população acredita que o Brasil terá problemas com a água no futuro e vê como prinicipais causas para isso o desperdício (47%) e o desmatamento (22%).Para o representante da entidade, as mudanças de comportamento que podem alterar esse cenário devem começar dentro de casa. “Reduza um a dois minutos o tempo de banho e economizará de três a seis litros de água. Ao multiplicarmos este volume pelo número de habitantes de uma cidade percebemos que ações individuais podem trazer impactos positivos”, destacou Barreto.

Por Lisiane Wandscheer – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br

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