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Trabalhadores no banco Santander estão em estado de alerta contra demissões

Bancários de São Paulo denunciam plano de demissão em massa no Santander

Crédito da foto: Paulo Pepe - Seeb São Paulo

O Sindicato dos Bancários de São Paulo não vai aceitar demissões massa e irá aumentar a mobilização e denunciar à Justiça, ao governo federal e aos órgãos internacionais sobre o plano injustificável que o Santander quer instalar no Brasil. Esse foi o recado dado ao banco espanhol no protesto realizado nesta sexta-feira, dia 1º de abril, em frente ao prédio administrativo conhecido como Torre do Santander.

Diversas denúncias foram encaminhadas por funcionários do Santander sobre um plano de milhares de cortes que seria colocado em prática já a partir desta sexta-feira. As informações apontam que a maioria das demissões deve ocorrer na capital paulista. Em todo o país, são mais de 52 mil trabalhadores no Santander, dos quais 22 mil estão em São Paulo.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, criticou a postura do banco e exigiu que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros. Ela informou que a representação dos trabalhadores irá acionar o banco espanhol na Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) por desrespeito às diretrizes para empresas multinacionais, que deixa claro, entre outras normas, que necessariamente, em caso de demissões em massa, devem negociar com o Sindicato antes de qualquer decisão.

“Vamos buscar todos os meios possíveis para barrar esse processo injustificável. É inadmissível que o banco espanhol venha ao Brasil, sucursal que alcançou o maior lucro do grupo no mundo e promova demissões, ainda mais nessa conjuntura de caos das agências. Faltam funcionários para atender os clientes submetidos ao processo de integração mais desastroso da história”, ressaltou Juvandia. Em nenhum momento o Sindicato foi procurado pelo banco para falar sobre o assunto.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, participou da manifestação, indignado com a postura do Santander. “O Brasil está crescendo e o banco espanhol deveria aproveitar este momento para apostar no crescimento do país, contratando mais funcionários, a fim de melhorar o atendimento aos clientes, além de baratear o crédito e abrir novas agências para incluir milhões de brasileiros que ainda não possuem conta corrente. Dispensar pais e mães de família está na contramão do caminho do desenvolvimento econômico e social”, afirma o dirigente sindical, que também preside a UNI Américas Finanças.

Somente em 2010, o Santander registrou no Brasil a bagatela de R$ 7,4 bilhões de lucro, valor nada menos do que 34% superior ao resultado de 2009. Com esses números, o mercado brasileiro ultrapassou até mesmo o espanhol e se tornou o mais lucrativo do banco no mundo, com 25% do total. A Espanha representa, hoje, 15%.

“Portanto, é inaceitável que o banco queira jogar milhares de funcionários no desemprego no Brasil, país onde que gera atualmente o maior resultado no mundo, superando a Espanha, onde garante o emprego dos bancários. Os brasileiros não podem ser tratados como trabalhadores de segunda classe”, ressalta Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo.

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Contraf-CUT realiza reunião ampliada da COE do Santander nesta terça

A Contraf-CUT realizará uma reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander nesta terça-feira, dia 5 de abril, às 10h, no Auditório Amarelo, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Condições de trabalho

O objetivo é avaliar a falta de respostas que o banco ficou de apresentar nesta sexta-feira, dia 1º de abril, sobre as reivindicações feitas na negociação sobre condições de trabalho nas agências, ocorrida na terça-feira, dia 29.

“Diante do silêncio do banco, vamos definir os próximos passos da luta para intensificar a mobilização dos funcionários contra o caos provocado pela mal conduzida integração tecnológica da plataforma do Banco Real no Santander, buscando o atendimento das nossas reivindicações”, afirma o coordenador da COE do Santander, Marcelo Sá.

Os bancários reivindicam que não haja metas para venda de produtos e que a única meta do banco seja a de resolver os problemas dos clientes afetados pela integração tecnológica. Também querem que seja paga a todos a mesma remuneração variável do mês anterior à fusão tecnológica até que os problemas sejam resolvidos, assim como o pagamento das horas extras em dinheiro, o devido treinamento para operação do novo sistema, mais monitores nas antigas agências do Real e a contratação de mais empregados.

Denúncias de demissões em massa

“Também vamos analisar as denúncias enviadas ao Sindicato dos Bancários de São Paulo de que o banco estaria planejando demissões em massa no país”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Nesta sexta-feira, um protesto foi realizado em frente à Torre Santander, reivindicando o cancelamento de qualquer processo de demissões que eventualmente esteja em andamento.

A diretora executiva do Sindicato, Rita Berlofa, chama a atenção para a incoerência do banco, que anunciou a compra de mais uma instituição financeira, desta vez na Polônia, ao mesmo tempo em que planeja instaurar um plano de demissão em massa no Brasil. “Essa aquisição é mais uma prova de que o Santander está em excelente situação, lucrando alto, comprando bancos e não tem nenhum motivo, nenhuma justificativa de colocar o plano de demissões em prática”, disse. “Pelo contrário. O banco tem de contratar mais trabalhadores, investir em treinamento, dar suporte aos bancários que estão sem estrutura para atender aos clientes do Santander Real que vivem o caos da integração”, destaca.

Clique aqui para ler a carta remetida nesta sexta-feira ao Santander.

Negociação sobre Call Center

Também nesta terça-feira, dia 5, ocorre reunião específica sobre Call Center, que será realizada das 14h às 16h, na Torre Santander, envolvendo os Sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro, Fetec-SP e Feeb RJ/ES, em cujas bases estão localizados esses serviços.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.contrafcut.org.br

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