fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 23:51 Sem categoria

Trabalho Decente na Estratégia da CUT

Juventude CUTista define prioridades para a Conferência de Emprego e Trabalho Decente

Visando preparar e qualificar a intervenção da militância CUTista para a I Conferência Nacional de Trabalho Decente, que acontece em maio de 2012, a CUT deu início a uma série de Oficinas Regionais.

Ao eleger o Trabalho Decente como tema de referência, a Direção Executiva da CUT apontou como prioridade para o período incidir em todo o processo da Conferência Nacional, que envolve as etapas estaduais e municipais.

Pela sua concepção ampla, o trabalho decente é um conceito ainda em disputa e precisa ser reafirmado constantemente, em especial no que se refere a ampliação de direitos. Neste sentido se articula com a luta histórica da CUT em defesa da garantia e ampliação de direitos para a classe trabalhadora.

Com base nestas proposições, o Coletivo Nacional de Juventude da CUT em reunião na manhã desta terça-feira (14), definiu os eixos estratégicos que devem nortear as ações da militância CUTista.

Confira as propostas aprovadas durante o Coletivo Nacional:

1.            Para adolescentes e jovens entre 15 e 17 anos, pertencentes a famílias com renda familiar per capita até ½ salário mínimo, garantir a concessão de uma bolsa de estudos diretamente ao/a jovem até a conclusão do ensino, atrelada à frequência  escolar e à progressão;

2.            Garantia de educação básica, técnica e profissionalizante com infraestrutura adequada nas escolas do, no e para campo;

3.            Incorporar o tema do trabalho decente e uma perspectiva de formação integral nos projetos políticos pedagógicos e curriculares das escolas de ensino médio, técnico, tecnológico, profissionalizante (formação inicial e continuada) e superior, bem como das que atuam pela metodologia da alternância e em projetos e programas dirigidos aos jovens nas áreas urbanas e rurais;

4.            Estimular e promover as formas de acesso público e gratuito aos serviços de banda larga, com destaque para os/as jovens rurais e comunidades tradicionais, respeitando-se as especificidades sociais, regionais, étnicas e culturais;

5.            Promover medidas de apoio ao retorno de jovens mães para o ambiente escolar, estimulando a conclusão do ensino médio, o acesso e a conclusão do ensino superior;

6.            Aplicar a Convenção 140 concernente à Licença Remunerada para Estudos,1974 (n. 140) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil em 17/9/1992, que trata da concessão de licença remunerada aos trabalhadores/as para fins de estudos e qualificação profissional por tempo determinado;

7.            Garantir no local de trabalho a igualdade de oportunidades e tratamento aos trabalhadores/as com responsabilidades familiares, sem prejuízo do cumprimento das respectivas obrigações.

8.            Articular a criação de novas oportunidades de emprego formal para os/as jovens às políticas e ações de desenvolvimento local, regional e nacional no curto e longo prazo, especialmente aquelas destinadas à redução das desigualdades inter-regionais, e estimular os setores portadores de futuro, bem como a o aproveitamento de empreendimentos excepcionais, como aqueles eventos esportivos internacionais programados (Copa do Mundo de  2014, Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016);

9.            Incentivar a participação da juventude nos processos de formação em saúde, segurança  e meio ambiente nos locais de trabalho,  organizado pelas CIPAS, e Serviços Especializados em Medicina e segurança no Trabalho (SESMET);

10.         Intensificar ações de fiscalização sobre as condições de trabalho dos/as jovens em diferentes territórios e formas de inserção ocupacional, visando reduzir até eliminar as situações incompatíveis com a Agenda Nacional do Trabalho Decente;

11.         Promover ações para o funcionamento efetivo da rede pública de referência e contra-referência para diagnóstico, tratamento, reabilitação, reinserção social dos/as trabalhadores/as jovens vítimas de agravos relacionados ao trabalho;

12.         Estimular o desenvolvimento de programas de transferência de renda com condicionalidades voltadas à escolarização e qualificação profissional para jovens trabalhadores e trabalhadoras rurais assalariados no período das entressafras;

13.         Estimular iniciativas que permitam condições de acesso à terra e permanência de jovens trabalhadores rurais em atividades agrícolas e não agrícolas, fomentando a produção sustentável baseada na agroecologia, com tecnologias alternativas apropriadas à agricultura familiar;

14.         Criar programas específicos de inserção de jovens, especialmente dos segmentos em condições de pobreza ou vulnerabilidade social e egressos do sistema penitenciário (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) no mercado de trabalho, observando os marcos legais e a ANTDJ;

15.         Reduzir o número de jovens que não estudam nem trabalham, promovendo a inserção de jovens mulheres e da juventude negra, tanto no âmbito rural quanto urbano;16.         Implementar programas e ações de combate à discriminação no trabalho: jovens, mulheres, negros/as, deficientes e LGBT;

17.         Criar mecanismos de acesso à proteção social para os jovens dos empreendimentos da economia solidária;

18.         Estimular o envolvimento dos diferentes atores sociais (governos, sindicatos, representações empresariais, organizações da sociedade civil) para a melhoria das condições de trabalho e salário dos/as jovens e para a melhoria do acesso e da qualidade da educação dos segmentos juvenis;

19.         Estabelecer mecanismos institucionais de monitoramento da implementação da Agenda Nacional de Trabalho Decente da Juventude, com a participação de jovens trabalhadores/as e empregadores/as.

Por William Pedreira com informações

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br

Close