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Invasão a sítios eletrônicos do governo aponta necessidade de investimento em segurança

São Paulo – O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou hoje (27) que as invasões de sites do governo ocorridas na semana passada indicam a necessidade de investimentos em segurança. “Os danos dos ataque foram pequenos, mas é uma experiência importante para mostrar que precisamos investir”, afirmou o ministro, após almoço com empresários na capital paulista.

Segundo Mercadante, as Forças Armadas e a Polícia Federal já estão montando equipes para combater ataques cibernéticos. Essa estrutura, disse ele, deverá proteger tanto o Estado como a sociedade.

O ministro disse os sites do governo sofreram ataques de crackers e não de hackers. “Eles [os crackers] fazem este tipo de ataque. As vezes, por uma mensagem política; as vezes, pelo desafio.”

Já os hackers, definiu o ministro, são “jovens talentosos e criativos”, que usam sua habilidade com os computadores para melhorar o acesso a informações e à internet. Mercadante revelou, inclusive, que quer alguns hackers trabalhando no governo, ajudando a organizar as páginas de internet dos ministérios e melhorando a transparência.

“Eu quero convidá-los para um hacker’s day [dia dos hackers]”, afirmou. “Nós estamos fazendo alguns novos portais de ministérios. Queria apresentar para que eles opinem, discutam e critiquem.”

O ministro afirmou também que os crimes praticados pela internet precisam ser punidos. Contudo, a liberdade dos internautas deve ser preservada. “A internet é o que é porque ela é livre”, disse. “A pretexto da segurança, nós não podemos acabar com a liberdade.”

Por Vinicius Konchinski – Repórter da Agência Brasil. Edição: Aécio Amado.

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Peritos da PF definem estratégia para investigar invasões de sites do governo

Brasília – Peritos criminais da Polícia Federal estão reunidos no Instituto Nacional de Criminalística (INC) para definir a forma como será conduzida a investigação sobre os ataques de hackers a sites e instituições ligadas ao governo federal. A Polícia Federal foi acionada na última quarta-feira (22) para entrar no caso. A parte técnico-científica da investigação está a cargo do Serviço de Perícias de Informática (Sepinf) do INC.

“Ao longo da reunião devem ser definidos o quantitativo de peritos que se dedicarão ao caso, bem como a forma como o trabalho será conduzido”, disse hoje (27) o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Hélio Buchmuller, à Agência Brasil. “Em um primeiro momento, os colegas do Sepinf fizeram um levantamento das informações obtidas. Em seguida, eles vão analisar os ambientes invadidos para ver o que havia nesses locais, e só então definir as medidas mais efetivas para o caso”, acrescentou o perito.

Além de buscar identificar a autoria dos ataques, a PF pretende apontar as falhas apresentadas nos sistemas invadidos. Essas conclusões serão encaminhadas à área de segurança de cada órgão.

“Na conversa que tive com os colegas da área, fui informado que ainda não dá para avaliar o grau de dificuldade dessa investigação. Isso só será possível na medida em que elementos mais concretos sejam obtidos, o que deve acontecer nos próximos dias”, adiantou o presidente da APCF.

Segundo ele, muitos dos dados supostamente confidenciais, cuja divulgação foi atribuída aos ataques recentes, não foram necessariamente obtidas em decorrência do ataque.

“Aparentemente, muitas das informações divulgadas pela mídia sequer são informações confidenciais e podem ser obtidas por outros caminhos ou outras fontes”, disse Buchmuller, referindo-se a alguns dos dados pessoais de políticos, divulgados após o ataque. “Dá para você obter essas informações em sites como o do Tribunal Superior Eleitoral”.

De acordo com o perito, o fato de o Brasil estar conquistando uma posição de destaque no cenário mundial ainda não alterou o perfil dos crimes cibernéticos investigados pela PF. “Até o momento, não temos nenhuma novidade prática sobre isso”, informou Buchmuller.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil. Edição: Graça Adjuto.

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