SINDICATO DOS BANCÁRIOS E FINANCIÁRIOS DE CURITIBA E REGIÃO COMEMOROU 79 ANOS DE LUTAS HOMENAGEANDO EX-PRESIDENTES DA ENTIDADE DE TODAS AS DÉCADAS
Na noite desta quarta-feira, 6 de julho, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região promoveu um momento histórico ao comemorar seus 79 anos de lutas. Foram reunidos e homenageados 15 ex-presidentes e dirigentes que estiveram à frente do Sindicato desde a década de 1940.
O encontro desses ex-bancários que fizeram a história da categoria e do movimento sindical em Curitiba emocionou todos os participantes do evento, que lotaram o auditório do Espaço Cultural dos Bancários.
A solenidade foi conduzida pelo dirigente sindical Márcio Kieller, que é o atual coordenador do projeto Memória e História do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, idealizado na segunda gestão da ex-presidente Marisa Stédile e que será finalizado em 2012, quando o Sindicato completa 80 anos e, para comemorar, irá lançar um livro recontando a história da entidade. “Nós vamos recontar esta história para que os bancários de hoje saibam que tudo que foi conquistado é resultado de muita luta”, disse Kieller ao iniciar o evento.
79 anos – A homenagem teve início com a exibição de um vídeo, com depoimentos de ex-dirigentes.
A partir desse momento, todos os ex-presidentes que estavam presentes foram chamados para falar sobre sua história no movimento sindical e a importância desse momento de comemoração com a presença dos homenageados. Confira algumas dessas declarações.
DÉCADA DE 1950
Tristão Fernandes: “Sem a união do movimento sindical, nós não conseguimos melhorar os partidos políticos nem os salários”.
Wilson Previde: “O ideal nascido na Revolução Francesa, de Liberdade, Igualdade e Fraternidade sempre renascerá no coração das pessoas enquanto houver a exploração do homem pelo homem”.
DÉCADA DE 1960
Vitor Horácio Costa: “Nós ex-dirigentes somos homenageados, mas sem os novos dirigentes sindicais, nossa luta teria ficado no meio do caminho”.
Claudio Ribeiro: “Tenho 58 anos de militância política e aproveito o momento para dizer aos atuais dirigentes sindicais para abrirem seu olhos para o nosso país. Estou disposto a enfrentar as dificuldades junto com vocês. Não fechem seus olhos”.
DÉCADA DE 1970
Sérgio Athaíde: “Tenho orgulho de tersido e de continuar sendo sindicalista e comunista. Nós primamos pela honestidade. Dedico esta homenagem à minha família, que pagou um preço muito alto por isso”.
Luis Carlos Saldanha: “Nós fomos combativos numa época muito difícil, mas a oposição se colocava ao lado do Sindicato nos momentos de crise. Era uma oposição que impulsionava o movimento sindical”.
DÉCADA DE 1980
Tadeu Veneri: “Tenho orgulho de fazer parte desse Sindicato, dessa luta que continua. Temos que continuar batendo no bloco chamado capitalismo até que ele se parta em dois”.
Paulo José Zanetti: “Viemos depois do tempo de intervenção no Sindicato. Essa persistência e vontade de lutar é o que nos move”.
DÉCADA DE 1990
Yara Damico: “Temos que retomar as bandeiras de luta pelos aposentados. O desatrelamento do movimento sindical foi muito ruim para os aposentados”.
Roberto Von Der Osten: “Lembro que a luta sindical é plural e coletiva. Estávamos fadados ao esquecimento e hoje fomos lembrados”.
Encerramento – Após esses depoimentos, foram feitas homenagens aos dirigentes Marisa Stédile, que conduziu o Sindicato de 2003 a 2008, mesmo período do Governo Lula, e Otávio Dias, presidente do Sindicato. Marisa, como todos os outros, salientou a importância de lembrar ex-dirigentes que faleceram. “Nós deixamos na nossa história muitos companheiros que não estão mais aqui”, disse emocionada, citando Roberto Pinto, Arlindo, Leitão e outros companheiros de luta.
Outros ex-dirigentes homenageados mandaram representantes para participar do evento. Por fim, Otávio Dias agradeceu a boa transição que teve quando assumiu o Sindicato, falou da emoção de participar de todo esse processo de recontar a história do Sindicato e convidou a todos os presentes a participar, no ano que vem, do lançamento do livro e da festa de 80 anos da entidade.
Encerrou retomando as atuais bandeiras de luta da categoria e de toda a sociedade, como o fim do fator previdenciário, a reforma política, contra a exploração da sociedade pelos bancos, que cobram tarifas abusivas e têm lucros bilionários. “Tivemos muitos avanços no país, mas é preciso muito mais.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br