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Trabalhadores bancários reafirmam a luta no banco Santander

Bancários definem calendário de lutas para firmar novo Aditivo

A Contraf-CUT e demais entidades do movimento sindical bancário definiram ontem (25/07), em São Paulo, o calendário de luta para o processo de negociação com o Santander, visando construir um novo Acordo Aditivo à Convenção Coletiva da categoria. O prazo de vigência do atual aditivo, válido por dois anos, termina no próximo dia 31 de agosto, quando também vencem o acordo do PPRS  (Programa de Participação nos Resultados Santander) e os Termos de Compromisso Cabesp e Banesprev.

O calendário foi aprovado por consenso em reunião ampliada da COE Santander, com a participação de dirigentes sindicais de todo país. “Aprovamos um calendário que valoriza a participação dos bancários. Para tanto, vamos fazer uma consulta aos trabalhadores do Santander, levantar as reivindicações específicas, elaborar a pauta unificada, realizar assembleias em todos os Sindicatos e, por fim, entregar a minuta para a direção do Santander”, explica o coordenador da COE do Santander, Marcelo Sá.

Para Dirceu Casa Grande Junior, presidente do Sindicato de Cornélio Procópio, os funcionários têm que participar ativamente deste processo de mobilização. “Precisamos aglutinar forçar para garantir os avanços que necessitamos ao fechar o novo Acordo Aditivo. Só assim vamos receber o reconhecimento pelo banco do papel que desempenhamos  no Brasil, responsável por 25% do lucro mundial do Santander”, argumenta Dirceu.

De acordo com ele, este é o maior índice do Grupo em todos os países nos quais o banco atua, sendo superior até mesmo a participação da matriz do banco, na Espanha, que caiu para 13%.

Confira o calendário aprovado:

Até 01/08 – Contraf-CUT disponibiliza consulta aos bancários do Santander

De 01 a 10/08 – realização da consulta nas agências, postos e departamentos do banco, junto com reuniões nos locais de trabalho e encontros regionais e estaduais

Até 12/08 – remessa das propostas de reivindicações específicas para a COE

Dia 15/08 – reunião da Contraf-CUT para sistematização das propostas recebidas

Dia 17/08 – Contraf-CUT disponibiliza minuta específica de reivindicações aos Sindicatos

De 18 a 25/08 – realização de Assembleias pelos Sindicatos para discussão e aprovação da minuta específica de reivindicações

Dia 30/08 data indicativa para a entrega da minuta específica de reivindicações para a direção do Santander

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vidabancaria.com.br

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Começam reuniões das redes sindicais do Itaú e do Santander nas Américas

“Precisamos ampliar e fortalecer a solidariedade e a nossa organização internacional para lutar pela assinatura de acordos marcos e pela igualdade de direitos dos bancários de todo o continente que trabalham nos bancos globais.” A declaração foi feita nesta terça-feira 26 pelo presidente da Contraf-CUT e da UNI América Finanças, Carlos Cordeiro, na abertura da 8ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Santander e da 6ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Itaú (ambos fóruns da UNI Américas Finanças), que estão sendo realizadas em São Paulo, com a participação de 80 dirigentes sindicais do Brasil, Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Trinidad & Tobago, Bahamas e Estados Unidos.

Participaram da mesa de abertura das duas reuniões, no auditório da Contraf-CUT, o presidente da CUT Nacional, Artur Henrique, o chefe da UNI Finanças Mundial, Márcio Monzane, a presidenta do Sindicato de São Paulo e diretora da UNI Finanças, Juvândia Moreira, o presidente da Contec e representante da UGT, Lourenço do Prado, e o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Ricardo Jacques.

Carlos Cordeiro defendeu a necessidade de o Brasil e os demais países da América Latina transformarem o crescimento que vivem atualmente em desenvolvimento econômico, de forma a promover a inclusão social e mais distribuição de renda. Ele citou o Brasil, “que já é a sétima economia mundial e caminha para ocupar o quinto lugar no ranking, mas ao mesmo tempo está entre as dez economias mais desiguais do planeta”. “Essa diferença de renda se reproduz nos bancos”, criticou o presidente da Contraf-CUT.

Conferência nacional sobre sistema financeiro

Artur Henrique, presidente da CUT, elogiou a iniciativa dos bancários do Itaú e do Santander, “que dão um exemplo aos trabalhadores de outros setores com essa capacidade de articular ações sindicais em nível global”. Ele chamou a atenção para os reflexos da crise iniciada em 2008, “que estão destruindo conquistas dos trabalhadores sobretudo na Europa e nos Estados Unidos”.

O presidente da CUT disse que os bancários estão na linha de frente “dessa luta central dos trabalhadores contra a hegemonia do setor financeiro e o neoliberalismo” e elogiou a iniciativa da Contraf-CUT de propor e batalhar pela convocação de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, que discuta com a sociedade qual o papel que os bancos devem desempenhar na economia para promover o desenvolvimento econômico e social do país.

Desafios do futuro

O brasileiro Márcio Monzane, recém-eleito chefe mundial da UNI Finanças, destacou o papel cada vez mais importante desempenhado no cenário mundial pelas economias e pelo movimento sindical dos países em desenvolvimento, diante da crise econômica que atinge principalmente Europa e Estados Unidos.

“Temos grandes desafios para o futuro, como definimos no Congresso Mundial da UNI Finanças em Lisboa, no início do ano, que envolvem a discussão do modelo de sistema financeiro que queremos e da necessidade da sua regulamentação e as ações dos trabalhadores frente às empresas multinacionais”, afirmou Monzane.

A presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvândia Moreira, lembrou a história da conquista da Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários brasileiros para defender a necessidade de os bancários avançarem em direção à assinatura de acordos marcos em toda a América Latina. “Esse é um dos nossos principais desafios hoje”, disse Juvândia.

Após a abertura conjunta das reuniões do Itaú e do Santander, Valter Pomar, ex-secretário de relações internacionais PT e representante do partido no Foro São Paulo (que reúne partidos de esquerda de toda a América Latina), fez uma análise da conjuntura internacional e nacional, na qual previu que a crise mundial, que abala principalmente os países mais desenvolvidos, “vai se agravar muito e rapidamente”.

Pomar alertou sobre os muitos riscos de retrocesso ao que ele denomina de “equilíbrio instável” na América Latina, mas ao mesmo tempo enxerga com otimismo o futuro da região, “que trilha um caminho próprio interessante e supera aos poucos o neoliberalismo. Mas só tem futuro uma integração de fato da América Latina”, advertiu.

Fonte: Contraf-CUT

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br

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