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Por 23:25 Sem categoria

Peso mundial do petróleo e PIB do Brasil puxam planos da Petrobras

Avaliação de que o petróleo vai manter importância energética na década, num cenário de escassez de oferta mundial, e de que o consumo brasileiro do óleo e seus derivados terá crescimento forte junto com o Produto Interno Bruto (PIB) foi determinante para novo plano de investimentos da Petrobras. Mais concentrado em exploração e produção, plano fará o Brasil ser o país a dar a maior contribuição à produção mundial de petróleo e tornará a Petrobrás ‘a maior de todas’ as empresas do setor, segundo o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli.

BRASÍLIA – A Petrobras decidiu aumentar a aposta na exploração e produção de petróleo por avaliar que, durante a década, o combustível continuará uma fonte de energia muito importante no mundo, ao mesmo tempo em que o crescimento econômico brasileiro vai prosseguir, impulsionando o consumo de derivados dentro do país. Essa é a principal visão estratégica por trás do plano de investimentos da estatal até 2015, de US$ 224 bilhões, aprovado sexta-feira (22/07).

Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a demanda por petróleo “não vai ter fim”, mas “vai ter uma certa escassez” de oferta até 2020, o que obrigará o mundo a descobrir poços e a aumentar a produção dos conhecidos. “O Brasil vai dar a maior contribuição [de produção] fora da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo]”, disse Gabrielli nesta segunda-feira (25/07), ao explicar o plano, que, para ele, tornará a Petrobras “a maior de todas” as empresas do setor.

Caso as metas da estatal sejam atingidas, o Brasil vai superar China, Estados Unidos e Catar em reservas provadas e reconhecidas pela Opep, tornando-se o décimo maior produtor do mundo.

Dos investimentos programados pela estatal até 2015, 57% vão para exploração e produção de petróleo – no plano anterior, essa proporção era de 53%. A grande aposta é o óleo da camada pré-sal. De um plano para o outro, o investimento nele ganhou US$ 20 bilhões e chegou a US$ 53 bilhões. “Mostra claramente nossa visão otimista sobre a produção do pré-sal, nossa principal fronteira de expansão”, afirmou Gabrielli.

Pelos planos da empresa, o pré-sal, que neste ano deve responder por 2% da produção da Petrobras, passaria a 40% até 2020. Caso a expectativa se confirme, a produção global apenas dentro do Brasil (a empresa atua em outros 27 países) subiria dos atuais 2,1 milhões de barris diários, para 3,9 milhões. Em cinco anos, dobraria a capacidade adquirida pela empresa ao longo de 57 anos de vida.

Esse aumento ajudar atender uma demana crescente no Brasil e no mundo. Hoje, só cinco países consomem acima de 3 milhões de barris por dia, o que a Petrobras imagina que vai acontecer com o Brasil em breve. “O Brasil é um dos mercados [de derivados de petróleo] que mais crescem no mundo. Vai se tornar rapidamente do primeiro grupo [de consumidores]”, afirmou Gabrielli.

O aumento de produção também vai permitir ao Brasil exportar não apenas petróleo, mas também derivados, como gasolina, que têm maior valor agregado. Segundo a Petrobras, o mercado mundial tem experimentado uma mudança. Os países do mundo rico estão diminuindo seus investimentos em refino de petróleo, enquanto os emergentes vão aumentar.

De acordo com Gabrielli, o plano demorou para ser aprovado pelo Conselho de Administração, que conta com ministros do governo, porque a empresa tem uma quantidade muito grande de projetos: 3,7 mil.

Segundo Carta Maior apurou, a presidenta Dilma Rousseff quis conhecer o plano em detalhes primeiro, antes da aprovação final pelo conselho, que também precisou levar em conta um cenário internacional que, nas últimas semanas, está cada vez mais nebuloso.

Por André Barrocal.

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NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://agenciabrasil.ebc.com.br

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