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Carta Aberta dos participantes do Formaquim à CUT e aos sindicatos

São Paulo, 28 de agosto de 2011.
Carta aberta à direção da:
– Central Única dos Trabalhadores – CUT Nacional
– Central Única dos Trabalhadores – CUT Estadual SP
– Sindicato dos Trab. Químicos e Similares do ABC
– Sindicato dos Trab. Químicos, Plásticos e Farmacêuticos de SP
– Sindicato dos Trab. Químicos de Jundiaí/SP
– Sindicato dos Trab. Petroleiros Unificados de SP
– Sindicato dos Trab. Vidreiros de SP
– Sindicato dos Trab. Papeleiros de Mogi das Cruzes/SP
– FETQUIM – Federação dos Químicos da CUT do Estado de SP
Prezados companheiros e companheiras:
Nesta data, comemoramos 28 anos de existência da nossa Central Sindical – CUT – Central Única dos Trabalhadores, que desde sua fundação têm definido em seu estatuto a luta em defesa dos interesses imediatos e históricos dos trabalhadores e pelo socialismo.
A CUT se transformou na maior central sindical da América Latina, é hoje respeitada em todo o mundo, e os Sindicatos do Ramo Químico fazem parte desta vitoriosa trajetória, pois, participaram ativamente da criação e consolidação da nossa Central.
Comemoramos também nesta data, 10 anos do Programa FORMAQUIM – Programa de Formação de Dirigentes e Militantes do Ramo Químico da CUT. Inicialmente uma iniciativa de dois Sindicatos (Químicos do ABC e Químicos e Plásticos de SP), na qual posteriormente se integraram os demais Sindicatos do Ramo e a FETQUIM/CUT, e que trabalha as temáticas de Gênero, Juventude, Saúde do Trabalhador, História do Movimento Operário no Brasil, Negociação coletiva, entre outros.
Nós, companheiros e companheiras cursistas do programa Formaquim 2011, debatemos nos módulos dos diversos cursos a necessidade da superação do capitalismo, portanto:
– Considerando que o sistema capitalista nunca atendeu, não atende e jamais atenderá aos anseios dos trabalhadores/as;
– Considerando que é papel das direções e militância sindical, debater alternativas concretas ao capitalismo;
– Considerando a necessidade de construirmos um novo modelo econômico e social que garanta distribuição de riquezas e renda, igualdade de oportunidades para homens e mulheres, democracia, respeito às diferenças em todos os níveis, respeito ao meio ambiente e pelo desenvolvimento sustentável;
– Considerando que a construção do novo mundo que almejamos é possível, afirmamos que:
1. O socialismo que aspiramos deve ser superior ao capitalismo em termos de justiça social, eficiência e racionalidade econômica, maior democracia e participação social, e desenvolvimento da cultura.
2. O socialismo que aspiramos deve romper com os fundamentos ideológicos como: burocratismo, autoritarismo, voluntarismo e paternalismo demagógico e ideológico.
3. A redefinição do projeto socialista terá que cristalizar-se num movimento social que abarque as diversas forças e figuras sociais do trabalho, respeitando as suas próprias tendências e modalidades de ação, luta e organização.
4. A reformulação do projeto socialista deve incluir um programa de políticas de emprego e rendimento dignos, de distribuição de riqueza e renda para todos, de impulso e ampliação crescente da democracia participativa e da democracia social, assim como de extensão da educação em todos os níveis e da cultura a todo o povo, da defesa e respeito absoluto dosdireitos humanos.
5. Os eixos fundamentais da estrutura do socialismo do século XXI devem ser: PRODUTIVIDADE, EQUIDADE, LIBERDADE, DEMOCRACIA, FRATERNIDADE E SOLIDARIEDADE, na economia, no poder e no saber.
Entendemos que:
1. É imperativo estudar seriamente as mudanças na divisão e organização social do trabalho, as formas de comunicação social, as relações entre gêneros, etnias e gerações, as novas necessidades e exigências sociais, porque na época atual devem fazer parte dos ingredientes essenciais da reformulação do projeto socialista.
2. É necessário impulsionar um novo tipo de desenvolvimento das forças produtivas que conjugue o progresso tecnológico, o crescimento econômico, a proteção do ambiente e a melhoria da qualidade de vida.
3. É necessário proceder ao balanço crítico e auto-crítico das experiências socialistas que foram derrotadas e das que afortunadamente continuam em curso, para que possamos reformular o projeto socialista e construir propostas concretas para o Socialismo do século XXI.
Sendo assim propomos:
Que a CUT, a CNQ, a FETQUIM e os Sindicatos Filiados, realizem seminários e debates com objetivo a propiciar um amplo debate sobre o tema Socialismo e pela construção de umasociedade justa, fraterna e igualitária.
Que a CUT, a CNQ, a FETQUIM e os Sindicatos Filiados intensifiquem a luta pela mais ampla liberdade de expressão na sociedade e no movimento sindical.
Que a CUT, a CNQ, a FETQUIM e os Sindicatos Filiados, busquem conscientizar os trabalhadores e trabalhadoras sobre seus direitos e combater todo e qualquer tipo de repressão aos trabalhadores e trabalhadoras.
Que a CUT, a CNQ, a FETQUIM e os Sindicatos Filiados, convoquem os partidos políticos que tem compromisso com os trabalhadores a lutar por mudanças no sistema eleitoral do Brasil e combatam a centralização do poder nas estruturas públicas.
Que a CUT, a CNQ, a FETQUIM e os Sindicatos Filiados, juntamente com os partidos políticos que tem compromisso com os trabalhadores elaborem leis mais severas em defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora, bem como, intensifiquem a luta pelo cumprimento das leis já existentes.
Assinam este documento os/as cursistas do Programa Formaquim 2011, dos seguintes cursos:
Formaquim Regional SP
Formaquim Juventude
Formaquim Mulher
Formaquim Saúde
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.cnq.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=20611
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