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OS BANCOS ABUSAM: bancos realizam práticas contra o direito de greve no Paraná

Apesar do sucesso e da grande mobilização dos trabalhadores no primeiro dia da greve nacional dos bancários, os bancos insistem em coibir e tentam impedir o direito legal da realização das paralisações.

No Paraná, somente nas bases sindicais filiadas à FETEC-CUT-PR, 503 agências foram fechadas no segundo dia da greve nacional, os patrões banqueiros estão atuando de forma vergonhosa para prejudicar as manifestações grevistas. Além das agências bancárias, os centros administrativos dos diversos bancos em Curitiba e Região também forma paralisados.

Em Paranavaí, trabalhadores bancários no Itaú estão sendo pressionados pelos gerentes do banco para irem até a frente das agências e tirarem fotos retratando que foram impedidos de entrar para trabalhar. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Paranavaí e Região, esta é uma prática antissindical e fere o direito à greve.
Poucos quilômetros dali, em Loanda, os trabalhadores bancários no banco Bradesco estão sendo obrigados a registrar cartas notariais em cartório para acusar os sindicatos de impedi-los de trabalhar.

Em Londrina, funcionários usaram de truculência e de modo violento empurraram o diretor do Sindicato local, João Antonio da Silva Neto, para ingressar no trabalho. “Esta atitude é um desrespeito à decisão tomada pela categoria na Assembleia. O diretor do Sindicato estava lá para organizar o movimento naquela agência e também lutando por avanços nas negociações, pois ele também é bancário e sabe que sem mobilização não haverá conquistas nesta Campanha”, critica Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato dos Bnacários de Londrina e Região.

Em Curitiba, o banco HSBC fretou helicópteros para transportar seus funcionários do Parque Barigui para o Centro Administrativo Xaxim. Os funcionários só conseguem entrar no Centro se for desta maneira.

O banco HSBC utiliza este (des)serviço todos os anos para coibir o direito de greve dos trabalhadores. Nos últimos dois anos, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região recebeu reclamações de moradores da vizinhança deste centro administrativo, que afirmavam que o barulho era insuportável, o que causou revolta e reação da população, que chegou a lançar fogos de artifício em direção aos helicópteros. A prática, portanto, ainda coloca em risco a segurança dos trabalhadores.

No mesmo banco, o Sindicato tem recebido denúncias de que um gerente da agência HSBC Cidade Industrial de Curitiba, mesmo antes do início do movimento, estava preparando uma lista com os nomes daqueles que estavam dispostos a aderir à greve. Na manhã de ontem (27), ele chegou a intimidar os trabalhadores bancários afirmando que irá substituir aqueles que cruzarem os braços.

O Sindicato lembra a todos os gestores que intimidação, coerção ou qualquer tipo de agressão verbal configuram prática antissindical, conduta vedada por lei e passível de denúncia.

Ministério Público do Trabalho adverte banco sobre práticas antissindicais

O Banco do Brasil recebeu ontem (27/09) uma notificação recomendatória do MPT (Ministério Público do Trabalho). No documento, o procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto retoma a Convenção 98 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que garante proteção contra atos de discriminação no emprego, e a Lei de Greve (Lei n. 7.783/89), que garante o direito de paralisação quando frustradas as negociações, para recomendar ao banco, sob pena de responsabilização, que não impeça à atividade sindical nem o livre exercício da greve.
Ao BB também é recomendado garantir o direito de todos os trabalhadores de participarem das atividades sindicais e de exercerem efetivamente o direito coletivo de greve.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O documento foi expedido devido a uma denúncia protocolada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região relativa às práticas antissindicais adotadas pelo Banco do Brasil na greve de 2009 (Inquérito Civil n. 1907.2009.09.000/1).
Por Cícero Bittencourt, com Seeb Curitiba e Londrina
FETEC-CUT-PR

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Número de agências fechadas aumenta 68% no Paraná no segundo dia de greve

No segundo dia da Greve Nacional dos Bancários o número de agências fechadas aumentou 68% no Paraná, nas bases sindicais filiadas à FETEC-CUT-PR. Nesta quarta-feira (28) foram 503 paralisações, número muito superior ao primeiro dia, onde 299 agências foram fechadas.

Nos 9 sindicatos filiados à FETEC-CUT-PR em todo o estado que estão em greve a quantidade de agências paralisadas aumentou de ontem para hoje. Em Curitiba, a mobilização mais do que dobrou, crescendo de 114 agências para 241. Em Londrina o número de agências subiu de 45 para 60.

No interior do estado, destaque para Paranavaí, que também dobrou o número de agências fechadas de 13 para 26, e para Cornélio Procópio, que aumentou três vezes, de 8 para 21.

Confira o número de agências fechadas em todo o estado:

Apucarana e região – 1º dia de greve: 21 agências// 2º dia de greve: 26 agências

Campo Mourão e região – 1º dia de greve: 20 agências// 2º dia de greve: 24 agências

Cornélio Procópio e região – 1º dia de greve: 8 agências// 2º dia de greve: 21 agências

Curitiba e região – 1º dia de greve: 114 agências// 2º dia de greve: 241 agências (nesta base sindical, também são paralisados os centros administrativos dos bancos grandes que atuam na região. tais centros, congregam grande parte dos trabalhadores bancários da região)

Guarapuava e região – 1º dia de greve:17 agências// 2º dia de greve: 24 agências

Londrina e região – 1º dia de greve: 45 agências// 2º dia de greve: 60 agências

Paranavaí e região – 1º dia de greve: 13 agências// 2º dia de greve: 26 agências

Toledo e região – 1º dia de greve: 23 agências// 2º dia de greve: 24 agências

Umuarama e região – 1º dia de greve: 38 agências// 2º dia de greve: 57 agências

Por Cícero Bittencourt

FETEC-CUT-PR

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