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Confira os ganhos das campanhas salariais em 2011

Campanhas salariais de 2011 têm aumento médio acima da inflação

Resultado de 1,36% contraria “terrorismo” inflacionário do primeiro semestre. Porém, massa de rendimentos regride

Escrito por: Isaías Dalle

As campanhas salariais de 2011 terminam com índices médios menores que os de 2010, mas superiores aos de 2008 e 2009. O balanço, ainda parcial – o Dieese deve concluí-lo em meados do ano que vem, já que depende da informação consolidada que todos os sindicatos filiados precisam encaminhar ao departamento – foi elaborado pelo coordenador de relações sindicais da entidade, José Silvestre Prado de Oliveira.

No geral, o maior aumento real (descontada a inflação) deste ano foi de 8,01%. Na média, o aumento real das categorias organizadas foi de 1,36%. Em 2010, ano de forte expansão econômica no Brasil, em que o PIB registrou alta de 7,5%, o maior aumento real de salários atingiu 10,91% e, na média, o ano registrou 1,66%.

Em termos práticos, os números demonstram que apesar da forte resistência do empresariado e do setor financeiro em negociar aumentos, especialmente durante o primeiro semestre, quando a inflação foi usada como argumento para tentar frear o ímpeto das campanhas salariais, e a despeito de o País ter crescido menos (fala-se em expectativa de alta do PIB em torno de 3% em 2011), o movimento sindical soube fazer sua parte.

Em 2008 e 2009, os  maiores aumentos reais haviam sido de, respectivamente, 6,92% e 6,27%. Na média, foram de 0,86% e 0,77%. O levantamento do Dieese não inclui os índices relativos ao salário mínimo.

O ano de 2010 já passa para a história como o melhor resultado da série de balanços iniciada pelo Dieese em 1996. Frente a tal comparativo e diante da deterioração do cenário internacional, o ano que se encerra não fez feio no quesito campanhas salariais, na avaliação de Silvestre.

Já 2012 deve apresentar condições objetivas mais favoráveis para as campanhas salariais do que 2011. “Tudo indica que teremos uma inflação próxima do centro da meta, em torno de 4,5%, enquanto neste ano o índice deve girar em torno de 7%”, diz Silvestre. Em 2012 haverá ainda uma forte elevação do salário mínimo, acima de 14%. “O salário mínimo sempre ajuda a elevar os pisos das categorias e estimula melhores aumentos médios”, pondera o técnico.

Para ele, a crise econômica internacional só jogará água no chope das negociações em caso de uma crise bancária generalizada. “Não acredito nessa hipótese”, diz.

Apesar dos indicadores das campanhas deste ano, a massa de rendimentos dos ocupados, índice mais abrangente a indicar a participação do trabalho na renda nacional, caiu 1,09% em setembro de 2011 na comparação com os 12 meses anteriores (o número capta os ganhos não apenas das categorias organizadas).

Isso significa que ainda há muito por fazer. E que elementos como a alta rotatividade da mão de obra no Brasil represam o crescimento dos ganhos dos trabalhadores. Até outubro, os salários dos recém-admitidos perdiam 6,33% para os salários de quem havia sido demitido.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br

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País cria 2,3 milhões de empregos formais no ano

Resultado foi o segundo melhor na série do Caged para o período. Em novembro foram gerados 42.735 empregos

Brasilia, 20/12/2011 – O Brasil gerou 2.320.753 postos de trabalho com registro em carteira entre os meses de janeiro a novembro deste ano, equivalentes a expansão de 6,46% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O resultado – que incorpora as informações declaradas fora do prazo (série ajustada) – foi o segundo melhor na série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o período, sendo menor apenas do que em 2010, quando foram abertos 2.918.549 novos postos. Somente em novembro deste ano, foram criados 42.735 empregos formais, alta de 0,11% em relação ao estoque de empregos celetistas do mês anterior.

“É importante ressaltar que o resultado dos meses de janeiro a novembro de 2011, considerando a série ajustada, foi bastante favorável ao atingir a criação de mais de 2,3 milhões de empregos, o segundo melhor desempenho da série histórica para o período. Porém, os dados do CAGED, no mês de novembro, ao apontar a criação de 42.735 postos de trabalho, mostram que o emprego formal continua crescendo, confirmando, porém, uma diminuição de dinamismo que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses. Esse comportamento pode ser justificado, em parte, pela presença de fatores sazonais, como também, conjunturais, em razão da repercussão dos efeitos da crise internacional“, explica o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto dos Santos Pinto.

Nesse período, a expansão do emprego foi influenciada pelo desempenho positivo em quatro setores de atividade econômica, sendo destaque o Comércio, com 107.920 postos e alta de 1,30%, a maior taxa de crescimento entre os setores e o terceiro maior saldo para o mês na série do Caged; e Serviços, com 53.999 postos e crescimento de 0,36%. Já a Administração Pública contribuiu com 250 postos (+0,03%) e Extrativa Mineral com 129 postos (+0,06%).

Na contramão, tiveram desempenho negativo os setores da Indústria de Transformação, com retração de 54.306 postos (-0,65%) devido a fatores conjuntural e sazonal; Agricultura, com -42.297 postos (-2,55%), devido a fatores sazonais; Construção Civil, com -22.789 postos (-0,82%), resultado influenciado por fatores sazonais (climáticos) e conjunturais; e Serviços Industriais de Utilidade Pública, com perdas de 171 postos de trabalho (-0,04%).

No recorte geográfico, houve elevação do emprego em vinte e uma Unidades da Federação, com três delas apresentando recordes, uma registrando o segundo melhor saldo e duas apontando o terceiro melhor desempenho para o mês. Os destaques, em números absolutos, couberam aos estados do Rio de Janeiro, com 24.867 postos (+0,70%), o segundo melhor desempenho para o mês; Rio Grande do Sul, com 12.875 postos (+0,52%); Santa Catarina, 12.089 postos (+0,66%); Minas Gerais, 5.825 postos (0,14%) e; Paraná, com 5.663 vagas (0,22%).

Já os estados que apresentaram desempenhos recordes foram: Pará, com 4.226 postos (+0,62%); Amapá, 496 postos (+0,76%) e Roraima, com 451 postos ou +1,13%. Influenciados por fatores sazonais e conjunturais, dentre os estados que tiveram desempenho negativo estão: São Paulo (-29.145 postos ou -0,24%); Goiás (-10.466 postos ou -0,96%) e Mato Grosso (-5.791 postos ou -1,02%).

O Caged também mostra expansão do emprego em quatro das cinco grandes regiões: Sul, com 30.627 postos; Nordeste, com 20.089 postos; Norte, com 4.870 postos e Sudeste, com 3.261 empregos. Devido a motivos sazonais e conjunturais, o Centro-Oeste foi a única região a apresentar redução no nível de emprego, equivalente a 16.112 postos (-0,57%).

Caged – Em doze meses, a geração de empregos atingiu 1.900.571 postos de trabalho, correspondendo ao aumento de 5,23%. No período de janeiro de 2003 a novembro de 2011, tomando como referência os dados da RAIS (que abrange Celetistas e Servidores Públicos Federais, Estaduais e Municipais) e do Caged, foram gerados 17.705.195 empregos formais.

Assessoria do Comunicação Social MTE

(61) 3317-6537  acs@mte.gov.br

Arquivos Relacionados:
Sumário Executivo – Caged Novembro 2011 – Arquivo DOC
Apresentação – Caged Novembro de 2011 – Arquivo PPT

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.mte.gov.br

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