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Por 19:25 Sem categoria

Melhora a qualidade do crédito ao consumidor

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O risco de os consumidores deixarem de pagar em dia as suas dívidas diminuiu no último trimestre do ano passado e a tendência é de uma contínua melhora no quadro de inadimplência do país, segundo aponta a empresa de consultoria Serasa Experian. O Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito do Consumidor atingiu 80,2 pontos, no período de outubro, novembro e dezembro, numa escala de zero a 100, ante 80,1 pontos medidos nos três meses anteriores.

De acordo com o levantamento, que faz projeções sobre as probabilidades de os tomadores de crédito honrarem os seus compromissos num espaço de 12 meses, os riscos de inadimplência tinham apresentado ligeira elevação a partir do segundo trimestre, situação que se manteve inalterada até setembro. Essa piora, no entanto, começou a ser reverter de outubro em diante, informou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Ele atribuiu a melhora à redução no ritmo inflacionário e na taxa de desemprego, menos endividamento dos consumidores e à gradual diminuição dos juros praticados no mercado como efeito da queda da taxa de juros básica, a Selic, que, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida na semana passada, baixou de 11% para 10,5% ao ano.

“Esse cenário favorável deve melhorar ainda mais neste ano de 2012 porque os juros e outros indicadores deverão continuar contribuindo para isso”, acentuou Rabi. Na análise dele, a economia brasileira vai se manter em crescimento e descolada das fragilidades nas economias de alguns países europeus e mesmo da lenta recuperação que se observa nos Estados Unidos.

A pesquisa da Serasa aponta que, no quarto trimestre do ano passado, os consumidores de renda mais baixa foram os que mais indicaram melhoria na qualidade de crédito. Entre os que ganham até R$ 500, a medição mostrou uma evolução de 75,8 para 75,9 pontos. Já entre os que têm renda na faixa de R$ 500 a R$ 1.000 mensais passaram de 79,2 para 79,3.

Nas camadas de renda intermediária de R$ 1.000 a R$ 2.000 ocorreu ligeira piora com 83,6 pontos ante 83,7. Entre os que ganham mais de R$ 2.000 até R$ 5.000, foi constatada estabilidade (de 84,8 para 84,8 pontos). No perfil de R$ 5.000 até R$ 10.000 passou de 92,2 para 92,0 e acima de R$ 10.000 (de 93,6 para 93,8 pontos).

Edição: Lílian Beraldo

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Inadimplência das empresas em 2011 foi a maior dos últimos dois anos

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas teve alta de 19% no ano passado ante uma queda de 3,7% em 2010. Na comparação entre dezembro de 2011 e o mesmo período de 2010, houve um aumento de 23,7%. Sobre novembro, no entanto, a taxa diminuiu 4,1%, o que “pode ser um sinal de que a inadimplência das empresas está perdendo fôlego”, acreditam os economistas da Serasa Experian.

Ao longo do ano passado, as empresas tiveram mais dificuldades para pagar em dia as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água). Sobre 2010, o atraso nesses pagamentos aumentou 28,3%. O valor médio atingiu R$ 744,01, o que significa uma elevação de 2,2% ante o registrado no ano anterior.

Também foi expressiva a inadimplência com os bancos, com alta de 23%. Na média, o valor que as empresas deixaram de pagar ficou em R$ 5.169,91 – 9,7% acima do constatado em 2010. As emissões de cheque sem fundo cresceram 12,8% com valor médio de R$ 2.089,50 – 1,7% maior ante 2010. Os títulos protestados foram 10,9% superiores ao ano anterior, com valor médio de R$ 1.803,04, quantia que cresceu 9,1%.

Para os economistas da Serasa, essa situação foi provocada, em parte, pelo desaquecimento das vendas como efeito da queda na atividade econômica. Eles justificaram que o aumento no ritmo de inflação pressionou os custos dos negócios. Ao mesmo tempo, as empresas enfrentaram juros mais elevados na tomada de dinheiro para capital de giro e a inadimplência do consumidor ampliou a taxa de risco de crédito inibindo os negócios.

Edição: Lílian Beraldo

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