fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 20:53 Sem categoria

Compra de veículos e despesas de início de ano aumentaram a inadimplência diz Banco Central

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A elevação da inadimplência das pessoas físicas em janeiro está relacionada principalmente a despesas típicas de início de ano e foi influenciada por excessos cometidos pelos consumidores na compra de veículos, disse hoje (28) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Segundo ele, a perspectiva é que os atrasos nos pagamentos parem de crescer nos próximos meses.

“O mercado de trabalho está bom, a inflação está caindo e as instituições financeiras estão mais criteriosas na hora de concederem crédito. Isso certamente vai se refletir em taxas menores daqui para a frente”, disse Maciel.

O chefe de departamento do BC também destacou que a concentração de pagamentos no início de ano, como impostos, matrículas escolares e gastos com férias deixa os correntistas com menos recursos. “O início de ano traz pressão sobre as despesas que às vezes resulta em atrasos nos pagamentos”.

Dados divulgados hoje pelo BC revelam que a inadimplência das pessoas físicas atingiu 7,6% em janeiro, no maior nível desde dezembro de 2009 (7,7%). Para Maciel, boa parte do crescimento do calote tem origem em consumidores que financiaram veículos no fim de 2010 e início de 2011 e foram surpreendidos pelas medidas de contenção do crédito anunciadas na época.

“As medidas macroprudenciais tiveram impacto exatamente nesse segmento. As modalidades [de financiamentos] de prazos mais longos ficaram mais onerosas e afetaram esses consumidores”, explicou Maciel. Ele destacou que os empréstimos para a compra de automóveis cresceram 49% em 2010 e 23% em 2011. “Esse ciclo de crédito se reflete nas taxas de inadimplência”.

No mês passado, a taxa de inadimplência – definida pelo BC como atrasos superiores a 90 dias – nos financiamentos de veículos atingiu 8,1%. Outras modalidades de crédito a pessoas físicas, no entanto, registraram taxas maiores. Na aquisição de outros bens (exceto automóveis), a taxa correspondeu a 14% em janeiro, ante 13,9% em dezembro.

Na avaliação do chefe de departamento do BC, a inadimplência representa o principal obstáculo para a queda do spread bancário (diferença entre os juros que os bancos pagam para captar recursos de clientes e as taxas cobradas nos empréstimos e financiamentos). “Dada a resistência de a inadimplência recuar, esse é um fator que se apresenta preponderante neste momento para a manutenção dos spreads”.

Em janeiro, a média do spread bancário embutido nas operações de crédito subiu para 27,8% ao ano, interrompendo uma trajetória de queda que se verificava desde novembro. Para as pessoas físicas, o indicador aumentou de 33,7% ao ano em dezembro para 34,9% ao ano no mês passado. Para as empresas, a elevação passou de 17,9% ao ano para 18,5%.

Edição: Rivadavia Severo

====================================

Volume de crédito na economia cai pela primeira vez desde fevereiro de 2009

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O volume total de crédito do sistema financeiro caiu pela primeira vez em três anos. Segundo dados divulgados há pouco pelo Banco Central (BC), as operações de crédito somaram R$ 2,026 trilhão em janeiro, queda de 0,2% em relação a dezembro.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, foi a primeira vez desde fevereiro de 2009 que o volume de crédito apresentou queda em relação ao mês anterior. Na relação com o Produto Interno Bruto (PIB), soma de tudo o que a economia produz, o crédito caiu de 49,1% em dezembro para 48,8% no mês passado.

De acordo com Maciel, a queda em janeiro foi puxada pelos empréstimos e financiamentos às empresas. A queda de 7,3% do dólar no mês passado, ressaltou, também interferiu no saldo das operações associadas a moedas estrangeiras. Ele explicou que a queda foi sazonal e reflete a moderação do crédito normal no início do ano.

“É normal uma acomodação do crédito nesta época do ano, mas, este ano, a moderação veio um pouco mais significativa”, declarou. Ele disse que o BC espera que o estoque de crédito volte a crescer em fevereiro. “Foi uma variação pontual, que não deve ser observada nos próximos meses.”

Maciel manteve a estimativa de crescimento de 15% do volume de crédito em 2012, mas informou que o BC revisará a projeção no próximo mês. Segundo ele, os empréstimos e financiamentos devem encerrar o ano em 51% do PIB.

Edição: Vinicius Doria

=======================================

Crédito habitacional triplica desde 2007 e atinge 5% do PIB em janeiro

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O crédito para a compra da casa própria atingiu em janeiro a marca de 5% de tudo o que a economia produz, divulgou hoje (28) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Segundo ele, em cinco anos, o volume de crédito habitacional mais do que triplicou em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

“Em janeiro de 2007, o crédito habitacional correspondia a 1,5% do PIB. Em janeiro de 2011, esse total era 3,7%”, comparou Maciel. No mês passado, o volume do crédito habitacional atingiu R$ 205,8 bilhões, alta de 2,7% em relação a dezembro e de 44,5% em 12 meses.

Do total de crédito habitacional, R$ 191,3 bilhões correspondem a créditos direcionados – operações com recursos do governo ou da parcela que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central e que têm juros mais baixos. Os R$ 14,5 bilhões restantes têm origem em operações com recursos livres.

Maciel também divulgou dados preliminares sobre a evolução do crédito em fevereiro. Nos oito primeiros dias úteis deste mês, a média diária das concessões cresceu 0,9% em relação ao mesmo período de janeiro. Essa expansão, no entanto, resulta de movimentos diferentes: a concessão de crédito a empresas cresceu 3,3%, enquanto os novos empréstimos a pessoas físicas recuaram 2%.

Até 10 de fevereiro, os juros médios das operações totais de crédito cresceram 0,3 ponto percentual em relação a janeiro. As taxas para pessoas físicas aumentaram 1,2 ponto, mas os juros cobrados das empresas caíram 0,6 ponto. O spread bancário (diferença entre as taxas pela qual os bancos captam recursos e os juros cobrados dos tomadores de crédito) subiu 0,7 ponto.

Apesar de os números indicarem que o crédito continuará encarecendo em fevereiro, Maciel evitou fazer previsões para este mês. “Os dados são apenas preliminares. Durante o mês, o comportamento pode mudar ao longo de fevereiro, até porque o número de dias úteis foi reduzido por causa do carnaval”, explicou.

Edição: Rivadavia Severo

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO http://agenciabrasil.ebc.com.br

Close