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Evitar a desindustrialização é defesa do trabalhador do Paraná

O Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego foi pauta da sessão da Assembléia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (2). O movimento, que busca mobilizar forças de diversos setores da sociedade para fortalecer a indústria nacional, foi representado pelos presidentes da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), Roni Barbosa e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo.

“A indústria já representou 27% do PIB brasileiro e hoje este percentual está em torno de 15%. Esta queda também reflete-se diretamente nos empregos dos trabalhadores brasileiros”, afirmou o presidente da CUT-PR, Roni Barbosa. Para ele, a desindustrialização precisa de um avaliação criteriosa para que possa ser atacada na sua essência.

Roni Barbosa fez a defesa de uma reforma tributária, contudo, preservando os direitos dos trabalhadores e com o cuidado para não desinstrumentalizar o estado de suas fontes de receita. “Não podemos cometer erros que o Brasil já cometeu. É preciso seguir valorizando o salário mínimo que somente neste ano injetará na economia brasileira mais de R$ 47 bilhões”, lembrou Barbosa.

A valorização da indústria nacional também precisa de atenção das autoridades públicas. Durante o processo de contratação de empresas para a construção de novas plataformas da Petrobrás, lembrou Barbosa, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva exigiu que produtos nacionais fossem utilizados com este objetivo. “Faço aqui um apelo para que o Governo do Estado também adote medidas de valorização de nossa indústria”, completou.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, fez um alerta sobre o crescimento dos produtos importados no mercado brasileiro. “Hoje, a cada cinco produtos na prateleira disponíveis para o consumidor, pelo menos um é importado”, enfatizou. De acordo com ele, mesmo nos quatro restantes, há presença de componentes importados.

De acordo com ele é preciso uma política a longo prazo e não apenas programas específicos e temporários. “Medidas de curto prazo ajudam, as indústrias podem desafogar seu estoque, mas não há como fazer um planejamento a longo prazo”, completou Campagnolo.

Campagnolo também citou o exemplo de uma indústria do setor de autopeças, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, que já emprega mais de 2 mil trabalhadores e está com uma planta pronta para iniciar uma unidade na China, gerando mais de mil empregos no país asiático. “Este é apenas um exemplo”, comentou.

Neste terça-feira (3) uma reunião de lideranças do movimento, com trabalhadores e empresários do todo o País, ocorrerá em Brasília com a presidenta Dilma Roussef. O objetivo é discutir medidas para impedir o processo de desindustrialização no Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cutpr.org.br

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