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Presidenta Dilma recebe pauta de reivindicações do Grito da Terra 2012

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma ampla e ágil reforma agrária é o primeiro item da pauta de reivindicações do Grito da Terra 2012, entregue hoje (27) à presidenta Dilma Rousseff por representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e de federações de trabalhadores rurais.

Com o título Agenda por um Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, o documento traz um conjunto de 80 reivindicações para fortalecer o desenvolvimento no campo. Entre os itens está a aceleração das regularizações fundiárias e a proposta para a criação de uma política nacional de enfrentamento aos conflitos agrários com mecanismos de proteção às lideranças ameaçadas. Os agricultores querem ainda o fortalecimento da agricultura familiar, ampliação da educação e inclusão digital no meio rural, melhores condições de trabalho no campo e políticas regionais de desenvolvimento.

“Falamos para a presidenta sobre a possibilidade de suspensão de R$ 1 bilhão do orçamento do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e queremos que seja imediatamente reposto isso. Precisamos que sejam assentadas as 200 mil famílias acampadas no campo. Falamos sobre a regularização fundiária no Brasil. Muitas políticas públicas não podem ser implementadas porque o povo na roça não tem o documento. E tem a violência no campo”, disse o presidente da Contag, Alberto Broch.

Eles também reivindicam participar, por meio da Contag, dos espaços institucionais que definem a posição do governo brasileiro em negociações internacionais.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, participou da reunião e disse que o documento será analisado. Ele esclareceu que o contingenciamento de orçamento do Incra, citado por Broch, não é necessariamente um corte definitivo e lembrou que a meta de assentamento da reforma agrária para este ano é de 30 mil famílias. “A orientação da presidenta é que os assentamentos agrários sejam assentamentos de melhor qualidade”, disse Pepe Vargas.

Entre os dias 21 a 28 de maio, a direção do movimento negocia a pauta diretamente nos ministérios. Logo após, no dia 30 de maio, trabalhadores rurais fazem, em Brasília, a mobilização nacional do Grito da Terra 2012, quando recebem as respostas do governo.

Na extensa pauta de reivindicações do Grito da Terra 2012 há espaço também para itens que não se restringem ao meio rural, como o pedido de mais rigor na fiscalização dos empréstimos para os aposentados e regulamentação da contribuição sindical.

Edição: Fábio Massalli

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://agenciabrasil.ebc.com.br

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“Ser agricultora familiar significa vida”

Aline Imprensa Fetrafsul

“Sou agricultora e isso para mim significa ser feliz, é energia positiva. Ser agricultora é vida”. Esse é o conceito que Marines Onghero, 45 anos, escolheu para definir o que é ser agricultora familiar. Moradora da Linha Colônia Cella, interior de Chapecó – SC, separada, mãe de dois meninos, Lucas de 21 anos e Jonas de 15, Marines é um exemplo de vida.

O bom humor é característica desta mulher que nunca se negou a trabalhar na agricultura.Além de cuidar da casa e dos filhos, ela cuida de sua mãe de 75 anos e do padrasto de 82 anos, com muito empenho e carinho e ainda é coordenadora da sua comunidade. “Tenho seis irmãs e um irmão. Meu pai fabricava cachaça, tinha plantação de uva e de cana-de-açúcar. Quando ele faleceu meus irmãos se casaram e saíram da propriedade. Eu optei por ficar na roça e por cuidar da minha mãe porque esse é o meu lugar”, lembrou.
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Marines trabalhava com turismo rural, transformou sua propriedade em um exemplo de organização e perfeição, recebia mais de mil pessoas por final de semana e se dedicou o quanto pode ao empreendimento. Cansada e percebendo que precisava dar mais atenção à família e à propriedade, ela escolheu fechar o “Recanto dos Pinhais” e oferecer o lugar para apenas alguns eventos.
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Uma nova mudança aconteceu. Marines investiu na terra e em irrigação e começou uma plantação de verduras e hortaliças. “Nossos produtos são comercializados para a merenda escolar, hospitais, empresas e nos mercados e feiras da região”, conta. Apostando na diversificação, a agricultora investiu no cultivo de morangos e espera colher uma boa safra para este ano. “Se eu fico estressada vou logo mexer com a terra, com as plantas. Tudo que eu preciso para comer eu cultivo, por isso sempre estou de bem com a vida”, ressalta.
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A agricultora já foi beneficiada com uma casa pela Cooperativa de Habitação dos Agricultores Familiares (Cooperhaf), é sócia da Cooperativa Cresol e participa das mobilizações e das lutas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (FETRAF-SUL/CUT). “Estou sempre buscando melhorias para a nossa classe trabalhadora, dessa forma é que vamos conseguir mudanças”, afirma.

O sonho da agricultora é que seus dois filhos permaneçam no meio rural. “Espero que daqui a alguns anos eles possam ver que aqui é bom de viver, que é mais tranquilo e que a gente possa continuar unidos como somos hoje. Uma família feliz”, disse emocionada.
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No Dia do Trabalhador (1º de Maio), Marines serve de exemplo para todos os trabalhadores, sejam eles do campo ou da cidade. Uma mulher guerreira que nunca desanimou, que suou e que hoje é dirigente, é agricultora, é mãe, é estudante, é trabalhadora e mesmo assim diz possuir energias para o resto da vida.

A FETRAF-SUL/CUT deseja um Feliz dia do Trabalhador pra você agricultor familiar!

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.fetrafsul.org.br

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