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Emprego cresce menos, mas absorve toda nova mão de obra

No primeiro semestre deste ano, o país criou 1,047 milhão de novas vagas, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativo a junho, divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. O volume de novas vagas foi 35% inferior ao mesmo período de 2011. Apesar dessa desaceleração, a abertura de vagas formais no mercado de trabalho é suficiente para absorver a oferta de mão de obra, que tem crescido menos. Números do Censo 2010 mostram que a população economicamente ativa (PEA) cresceu, em média, 1,38 milhão de pessoas por ano na última década.

A reportagem é de Carlos Giffoni e publicada pelo jornal Valor, 24-07-2012.

Caso não haja alteração na taxa de fecundidade da população brasileira, nos fluxos migratórios e na produtividade do trabalhador, o país precisa criar cerca de 1,4 milhão de empregos formais por ano para atender a toda a oferta de mão de obra, segundo André Portela, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Quando o trabalhador se especializa, ele se torna mais produtivo e é preciso menos gente para fazer a mesma quantidade de trabalho”, explica. O professor reforça que a oferta de mão de obra estrangeira e uma mudança no perfil demográfico no país podem alterar esse cenário.

Segundo o Censo, entre 2000 e 2010, a população brasileira entre 15 e 60 anos – intervalo considerado idade ativa – passou de 105 milhões para 124,2 milhões, o que é equivalente a um crescimento médio anual de 1,92 milhão de pessoas. A taxa de atividade – fatia do total que está ocupada ou à procura de um emprego e para quem é necessário criar vagas – se manteve em 72% nesse período.

Jorge Arbache, professor da Universidade de Brasília (UnB), lembra que essa desaceleração no crescimento da população em idade ativa (PIA) e da população economicamente ativa favorece o recuo do desemprego no país, que já registra mínimas históricas – em maio, a taxa de desocupação calculada pelo IBGE ficou em 5,8%. “Se a criação de vagas estivesse caindo e a PEA crescendo mais fortemente, teríamos um problema de desemprego no país, o que não ocorre. A demografia tem ajudado a controlar o desemprego”, afirma.

Segundo Arbache, a PEA no Brasil já é muito alta quando comparada aos padrões internacionais. O índice médio de 72% deixa pouco espaço para que o número de pessoas à procura de emprego cresça sem que haja respaldo do mercado de trabalho. “A PEA cresce a taxas cada vez menores. O número de pessoas que estão chegando no mercado de trabalho ainda é grande, mas as taxas são decrescentes, o que também cria espaço para que o desemprego recue”, diz. Arbache calcula que a PIA se estabilizará por volta do ano de 2020.

A partir de dados do Censo e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009, Portela, da FGV, calcula que a PEA no Brasil cresceu a um ritmo médio anual de 1,8% na última década. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de maio, realizada pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas do país, já indica um crescimento mais modesto desse indicador. Na comparação com maio de 2011, a PEA cresceu 1,4% (cerca de 300 mil pessoas) e a PIA, 1,2% (cerca de 500 mil pessoas).

O professor da FGV destaca que há uma mudança corrente no perfil da mão de obra brasileira. A fatia de jovens entre 15 e 19 anos inserida na PEA tem diminuído, enquanto que a população entre 20 e 39 anos ganha espaço. Ele atribui esse movimento à maior dedicação dos jovens aos estudos, o que tem adiado a sua entrada no mercado de trabalho.

Arbache, da UnB, ressalta que a baixa produtividade da economia brasileira ainda pode tornar um problema esse crescimento em ritmo mais modesto da oferta de trabalhadores. “A desaceleração da economia já chegou ao mercado de trabalho. Os dados de criação de emprego hoje refletem isso. Notamos um nítido adiamento das contratações”, diz.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.ihu.unisinos.br/noticias/511754-emprego-cresce-menos-mas-absorve-toda-nova-mao-de-obra

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Em maio, desocupação foi de 5,8%

A taxa de desocupação foi estimada em 5,8%, registrando uma variação não significativa de -0,2 ponto percentual frente a abril de 2012 (6,0%). Em comparação com maio do ano passado (6,4%), recuou 0,6 ponto percentual. A população desocupada (1,4 milhão de pessoas) apresentou estabilidade em relação ao mês anterior e queda de 7,1% frente a maio de 2011 (menos 107 mil pessoas nessa condição). A população ocupada (23 milhões) aumentou 1,2% em comparação a abril. No confronto com maio de 2011, ocorreu aumento de 2,5% nessa estimativa (mais 554 mil ocupados). O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não registrou variação na comparação com abril. Na comparação anual, houve uma elevação de 3,9%, representando um adicional de 427 mil postos de trabalho com carteira assinada.

O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.725,60), não apresentou variação na comparação mensal e aumentou 4,9% frente a maio de 2011. A massa de rendimento real habitual (R$ 40,0 bilhões) cresceu 1,2% em relação a abril e 7,5% em relação a maio de 2011. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 39,6 bilhões), estimada em abril de 2012, subiu 0,7% no mês e 6,9% no ano.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/.

Desocupação fica estável em todas as regiões metropolitanas frente a abril de 2012

A taxa de desocupação (proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa, que é formada pelos contingentes de ocupados e desocupados) foi estimada em 5,8% para o conjunto das seis regiões metropolitanas. Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação não registrou variação significativa em nenhuma das regiões metropolitanas pesquisadas. No confronto com maio de 2011, a taxa recuou 2,5 pontos percentuais na região metropolitana de Salvador e manteve-se estável nas demais regiões:

Na análise mensal, o contingente de desocupados (pessoas sem trabalho que estão tentando se inserir no mercado) manteve-se estável. No confronto com maio de 2011, verificou-se queda no número de desocupados na região metropolitana de Salvador (-23,8%). Nas demais regiões não ocorreram variações significativas.

Nível da ocupação fica em 54,2%

O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa), estimado em 54,2% no total das seis regiões, cresceu 0,5 ponto percentual frente a abril último e 0,6 ponto percentual em relação a maio do ano passado. Regionalmente, na comparação mensal, houve elevação de 0,8 ponto percentual na região metropolitana de São Paulo. Frente a maio de 2011, esse indicador subiu 1,2 ponto percentual no Rio de Janeiro.

Analisando o contingente de ocupados segundo os grupamentos de atividade, de abril para maio de 2012, apenas o grupamento de Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social registrou variação (2,7%, 100 mil pessoas a mais). No confronto com maio de 2011, ocorreram acréscimos nos grupamentos da Construção (4,8%, 83 mil pessoas a mais), Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (4,9%, 176 mil pessoas a mais), Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (6,1%, 217 mil pessoas a mais) e nos Outros serviços (3,6%, 140 mil pessoas a mais).

Na comparação anual, rendimento médio aumenta em três das seis regiões

Na análise regional, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.725,60 no conjunto das seis regiões) subiu frente a abril em Recife (4,0%), São Paulo (0,5%) e Belo Horizonte (0,4%). Apresentou declínio em Salvador (6,6%) e Porto Alegre (1,2%) e manteve-se estável no Rio de Janeiro. Na comparação com maio do ano passado, o rendimento cresceu em todas as regiões:

Na classificação por grupamentos de atividade, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a maio de 2011 foi de 9,7%, referente a Serviços domésticos:

Já na classificação por categorias de posição na ocupação, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em comparação com maio de 2011 foi para as Pessoas que trabalham por conta própria (11,5%):

Comunicação Social
21 de junho de 2012

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2163&id_pagina=1&titulo=Em-maio,-desocupacao-foi-de-5,8%

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