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Confira o montante de recursos para a agricultura familiar paranaense

Plano destina R$ 2,7 bilhões para agricultura familiar do Paraná

Fernando César Oliveira – Repórter da Agência Brasil

Curitiba – O  Plano Safra  da Agricultura Familiar (2012/2013) reserva cerca de R$ 2,7 bilhões para a agricultura familiar paranaense. O lançamento estadual do plano foi feito hoje (10), em Curitiba, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

O valor destinado ao Paraná equivale a 12,1% do total de R$ 22,3 bilhões reservado para o plano em todo o país. Entre as ações previstas estão oferta de crédito, serviços de assistência técnica e extensão rural, seguro contra adversidades climáticas e garantia de preços.

“Dos 16 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza, cerca de 8 milhões vivem no campo”, disse Pepe Vargas. “Nosso sonho é criar uma sólida classe média rural”, completou.

Apenas em recursos das linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Paraná deve receber R$ 2,6 bilhões. Metade será disponibilizada para operações de investimento nas propriedades rurais. A outra metade financiará o custeio agrícola. “Nosso desafio é contratar tudo isso”, declarou o ministro.

O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Osmar Dias, destacou a instituição financia 75% da agricultura familiar no país. “Não vai faltar dinheiro para financiar investimento e custeio. Se for preciso, colocaremos mais dinheiro”, garantiu.

O BB também passou a financiar moradia rural para os agricultores beneficiados pelo Pronaf. “Antes, não havia política habitacional no campo. Hoje, existe, e precisamos vitaminá-la”, disse Vargas. De acordo com o ministro, os recursos do Pronaf mais que quadruplicaram desde 2003 – passaram de R$ 3,9 bilhões para R$ 18 bilhões.

Na atual edição do plano, limites de enquadramento dos produtores foram ampliados, de forma a aumentar a cobertura do plano. Os juros também foram reduzidos. O teto passou de 4,5% para 4% ao ano. “Todos os juros são negativos, ou seja, estão abaixo da inflação”, ressaltou o ministro.

Dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Marcos Rochinski elogiou o plano e o BB. “No passado, o Banco do Brasil era, para nós, uma coisa distante. Não tínhamos nem a chance de colocar o pé para dentro da agência”, disse Rochinski. “O plano é uma ótima política, mas ainda só atinge 2 milhões, não os mais pobres.”

A agricultura familiar é responsável por cerca de 70% da produção dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras. O Paraná tem 302,9 mil estabelecimentos na condição de agricultura familiar, o que representa 82% das propriedades rurais do estado. A agricultura familiar paranaense responde por 81% da produção estadual de mandioca, 75% da produção de feijão preto, 68% de leite, 57% de café e 67% da criação de aves.

Durante o lançamento do Plano Safra no Paraná, o ministro Pepe Vargas ouviu dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em greve desde 18 junho, as reivindicações da categoria. Após a conversa, o ministro disse aos servidores que o governo está estudando uma proposta “com responsabilidade”.

Edição: Aécio Amado

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://agenciabrasil.ebc.com.br

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Pronaf quer apoiar os agricultores produtores de fumo que apostam na diversificação

Qua, 08 de Agosto de 2012 14:49 Aline Imprensa Fetrafsul

As regras do PRONAF para a safra agrícola 2012, com a Resolução 4107 do Banco Central do Brasil do dia 28 de junho, estimula o acesso ao Pronaf Investimento para produção de alimentos e a diversificação da produção e da renda àqueles agricultores que tem como principal fonte de renda a produção de fumo.

Quais são as mudanças do atual Plano Safra para os agricultores produtores de fumo?
A regra geral que proíbe a concessão do PRONAF Custeio para a lavoura do fumo e o PRONAF Investimento para quem depende exclusivamente da renda do fumo ainda permanece (item 13 da Resolução do Bacen).

Mantém o estímulo à diversificação da produção para os agricultores produtores de fumo através do Pronaf Custeio para outras lavouras e o Pronaf Investimento, desde que também utilizado em atividades de diversificação (item 14 a).

E promove alterações nos critérios para acessar o PRONAF Investimento, estabelecendo percentuais mínimos de renda decorrente de produtos diferentes do fumo (item 14 b). Segundo a Resolução do Bacen, estes percentuais de renda de outros produtos deverão ser progressivos a cada safra, sendo 15% na safra 2012/13, 35% na safra 2013/14 e 45% na safra 2014/15.

Baixe aqui a Resolução 4107

Fonte: Deser

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.fetrafsul.org.br/

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Agricultura familiar do Paraná terá R$ 2,6 bilhões para a safra 2012/13 – 10/08/2012 16:48

A agricultura familiar do Paraná será beneficiada com R$ 2,6 bilhões para financiamento de custeio da safra 2012/13 e investimentos nas propriedades. Metade desse valor será exclusivo para as lavouras. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, que esteve em Curitiba para o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/13 para o Paraná.

Todas as linhas de crédito previstas pelo Plano Safra estão com juros negativos (abaixo da inflação), variando de 0,5% a 4% ao ano. O teto de financiamento aumentou de R$ 50 mil para R$ 130 mil para as famílias que conseguirem verticalizar a produção primária por meio da agroindustrialização. O plano também prevê aumento de 100% no valor do seguro-renda (de R$ 3,5 mil para R$ 7 mil), destinado à proteção dos investimentos feitos nas propriedades.

O ministro anunciou ainda a inclusão da região Sul no programa de Garantia da Safra. Esse mecanismo é muito aplicado nas regiões Norte e Nordeste e na safra 2012/13 será estendido à região Sul, que vem sofrendo os efeitos de estiagens de forma mais frequente. O programa conta com um fundo formado com 90% de recursos da União e o restante em contribuição das prefeituras e dos Estados. “Em caso de emergências, o agricultor poderá ser atendido mais rapidamente”, explicou.

“Além do aumento do crédito, vamos permitir que o agricultor com o empreendimento enquadrado no sistema tributário Simples não perca sua condição de agricultor familiar, que lhe garante a aposentadoria no futuro”, disse o ministro.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o Plano Safra para a agricultura familiar aumenta as chances para o agricultor acessar as linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que estão com juros mais baratos. O produtor também ganha condições melhores para participar da venda direta da produção, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Segundo o ministro Pepe Vargas, o desafio da agricultura familiar será gastar todo o dinheiro previsto no Plano Safra 2012/13, de R$ 18 bilhões no País, 400% a mais que em 2003. “Se esses recursos forem aplicados, temos a promessa da presidente Dilma Roussef de que novos recursos serão liberados ainda para esta safra”, disse o ministro.

AÇÕES ESTADUAIS – O Paraná é parceiro do MDA no esforço para reduzir a miséria no campo, que é um dos objetivos do Plano Safra. Segundo Ortigara, estima-se que 4 mil famílias estejam nessa situação no Paraná e o governo do Estado quer melhorar a vida dessas famílias. “Estamos prontos para uma intervenção solidária junto a esses agricultores que estão em situação vulnerável no campo”, afirmou.

Segundo, ele, o governo do Estado também está preocupado em reforçar a assistência técnica e estuda lançar concurso público para contratação de 500 novos profissionais para o Instituto Emater. Segundo Ortigara, o Governo do Estado tem a disposição de cooperar e manter o diálogo com os movimentos sociais para promover o avanço da agricultura familiar, que responde por parcela significativa da produção de alimentos no Estado.

MERENDA – Pepe Vargas elogiou a adesão do Paraná ao Programa Nacional de Merenda Escolar (PNAE), pelo qual os governos estaduais compram alimentos para a merenda escolar diretamente da agricultura familiar. Segundo ele, o MDA ampliou de R$ 9 mil para R$ 20 mil o valor que cada agricultor pode vender ao Pnae.

O ministro anunciou ainda uma inovação no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é a permissão para compras institucionais. Dessa forma, hospitais públicos, penitenciárias ou restaurantes universitários poderão comprar produtos diretamente da agricultura familiar.

O ministro ressaltou também a importância da gestão ambiental para a agricultura familiar e anunciou a ampliação em 75% da linha de financiamento para esse fim, que passa de R$ 20 mil para R$ 35 mil por produtor, com juros de 1% ao ano.

Presente à solenidade de lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar 2012/13, o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias, disse que cerca de 75% dos recursos destinados à agricultura familiar no País passam pelo Banco do Brasil. No Paraná, cerca de R$ 1,5 bilhão deverão ser liberados pelo banco.

COOPERAÇÃO – O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o presidente do Instituto Emater, Rubens Niederheitmann, assinaram um termo de cooperação técnica que visa a ampliação da extensão rural e assistência técnica para a agricultura familiar. Segundo ele, o MDA está preocupado em fazer a inclusão produtiva no campo e quer assistir cerca de oito milhões de pessoas que estão em situação de extrema pobreza no campo, em todo o País.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.aen.pr.gov.br

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Em julho, IBGE prevê safra de grãos 2,0% maior que a safra recorde de 2011

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A sétima estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) indica produção da ordem de 163,3 milhões de toneladas, em 2012, 2,0% superior à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 1,6% maior do que a estimativa de junho.

A área a ser colhida em 2012, de 49,4 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 1,5% frente à área colhida em 2011 e redução de 0,1% frente a junho.

As três principais culturas (arroz, milho e soja), que somadas representam 91,0% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas respondem por 84,7% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior o arroz apresenta uma redução na área de 13,3%, o milho um acréscimo de 9,6% e a soja acréscimo de 3,7%. No que se refere à produção, a do milho é 27,0% maior, enquanto a de arroz e soja sofreram redução de respectivamente, 14,9% e 12,2%, quando comparados a 2011.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa.

>Entre as Grandes Regiões, o volume da produção destes grãos apresenta a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 69,8 milhões de toneladas; Sul, 56,7 milhões de toneladas; Sudeste, 19,1 milhões de toneladas; Nordeste, 13,2 milhões de toneladas e Norte, 4,5 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas Regiões Norte de 2,2%, Sudeste de 11,3% e Centro-Oeste de 24,4% e decréscimos nas Regiões Sul de 16,4% e Nordeste de 9,4%. Entre as Unidades da Federação, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,7%, seguido pelo Paraná, com 19,3% e Rio Grande do Sul, com 12,1%, estados estes que somados representam 56,1% do total nacional.

Estimativa de julho em relação à produção obtida em 2011

Dentre os vinte e seis produtos selecionados, treze apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (4,9%), amendoim em casca 1ª safra (25,6%), aveia em grão (13,5%), batata-inglesa 3ª safra (1,3%), café em grão-arábica (16,2%), café em grão – canephora (8,5%), cebola (2,0%), cevada em grão (15,6%), feijão em grão 2ª safra (6,5%), feijão em grão 3ª safra (0,0%), laranja (0,3%), milho em grão 2ª safra (71,8%) e triticale em grão (3,6%). Com variação negativa são treze produtos: amendoim em casca 2ª safra (29,8%), arroz em casca (14,9%), batata-inglesa 1ª safra (7,8%), batata-inglesa 2ª safra (20,1%), cacau em amêndoa (3,7%), cana-de-açúcar (7,6%), feijão em grão 1ª safra (36,2%), mamona em baga (61,4%), mandioca (1,9%), milho em grão 1ª safra (2,0%), soja em grão (12,2%), sorgo em grão (0,6%) e trigo em grão (7,9%).

Destaques na estimativa de julho em relação a junho

Destacam-se as variações mensais nas estimativas de produção, comparativamente ao mês de junho, dez produtos: algodão herbáceo (+0,9%), aveia em grão (+1,1%), café em grão arábica (-0,3%), café em grão canephora (-1,1%), cevada em grão (+1,2%), feijão em grão 2ª safra (-1,4%), feijão em grão 3ª safra (-0,7%), milho em grão 1ª safra (-0,9%), milho em grão 2ª safra (+7,7%) e sorgo em grão (+5,5%).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – Produção recorde 4,9% superior ao ano passado. Mato Grosso, que deve produzir cerca de 52,2% do total do país, foi favorecido pelas chuvas, o que provocou um aumento no rendimento destas lavouras. Na região Nordeste a seca foi excessiva neste ano, o que provocou grande redução na produção nos estados de AL, PE, PB, RN e CE. O Maranhão e Piauí, que cultivam algodão na região de cerrado, aumentaram as respectivas áreas de plantio em 11,2% e 25,1% e registram produções maiores 12,7% e 31,4% do que na safra anterior. Outro grande produtor nacional, Bahia, teve o rendimento médio menor 3,3% do que na safra passada. Ainda assim, espera concluir esta colheita com aumento na produção de 1,6%, pois aumentou sua área de cultivo 5,1%, frente a última safra.

AVEIA (em grão) – A atual estimativa da produção é de 396.740 toneladas, numa área plantada de 161.293 hectares, com rendimento médio esperado de 2.460 kg/ha, maiores respectivamente em 13,5%, 7,4%, e 5,5%, quando comparados à safra anterior. Os estados do Rio Grande do Sul e do Paraná informam a safra nacional do produto, participando, respectivamente, com 59,9% e 40,1% desta produção. O estado do Rio Grande do Sul aguarda uma produção de 237.500 toneladas, maior em 1,8% quando comparada à informação anterior. No Paraná a produção esperada é de 159.240 toneladas, maior 36,7% quando comparada à safra de 2011, mas mantendo as estimativas do mês anterior.

ARROZ (em casca) – A rizicultura brasileira sofreu redução de 13,3% na área colhida, 14,9% na produção e 1,9% no rendimento médio, neste comparativo com a safra de 2011. A região Sul, que participa com 78,6% da produção nacional do arroz em casca, apresenta redução de 11,0% na estimativa de produção e tem como principal produtor o Rio Grande do Sul, que reduziu sua área plantada em 11,4% em função dos baixos preços praticados na tomada de decisão pelo plantio e pela escassez de água dos reservatórios. A estiagem também foi verificada como motivo da redução nas estimativas de produção da Região Nordeste, com queda de 35,6% quando comparada com a obtida em 2011. Nesta Região foram registrados 17.960 hectares perdidos, nesta safra de 2012, contra 112 hectares registrados como perda total ocorrida em 2011.

CAFÉ (em grão) Total – A produção nacional de café é recorde, considerando as duas principais espécies cultivadas (arábica e canephora), foi avaliada em 3,0 milhões de toneladas, equivalendo a 50,8 milhões de sacas de 60 quilogramas. Na comparação com a safra anterior, a variação da produção é positiva em 14,2%, influenciada principalmente pela avaliação do café arábica, que participa com 75,2% do volume da produção brasileira de café em grão, com acréscimo na produtividade (15,1%) que é típico para um ano de “alta”.

CAFÉ ARÁBICA (em grão) – De acordo com a estimativa de julho, a safra de café arábica para 2012, em nível de Brasil, é de 2.282.925 t (38,0 milhões de sacas de 60 kg) e apresenta decréscimo de 0,3% em relação à estimativa de junho. Este decréscimo é creditado aos estados de Pernambuco e Minas Gerais. No primeiro estado, a cultura do arábica foi fortemente prejudicada pela estiagem que assola grande parte do Nordeste e teve sua expectativa de produção reduzida em 66,7%. Já em Minas Gerais, 1º produtor nacional, o decréscimo de 0,2% na produção se deve à constatação dos danos que a estiagem causou na Zona da Mata no início deste ano. A ocorrência de chuvas em julho, em algumas regiões do Estado, prejudicou o andamento da colheita, assim como a qualidade de parte do café já colhido.

CAFÉ CANEPHORA (em grão) – No comparativo mensal entre as estimativas, em julho, o Estado do Espírito Santo, 1º produtor nacional de conilon, não modificou suas estimativas realizadas em junho último e concentra os maiores rendimentos do País para esta espécie de café (média de 1.955 kg ou 32,6 sc/ha). As modificações em relação à estimativa realizada no mês anterior se devem principalmente ao estado de Rondônia que fez, neste mês, significativas reavaliações da área total ocupada com a cultura (-3,8%) e da área colhida (-8,0%). Com isto, a produção nacional estimada em julho decresceu 1,1%, totalizando agora 751.760 t (12,6 milhões de sacas).

CEVADA (em grão) – A safra nacional esta estimada em 351.187 t, numa área plantada de 105.310 ha, maiores respectivamente em 15,6% e 19,4%, quando comparados com os dados da safra anterior. Já com relação ao mês anterior apresentam variações positivas de 5,3% na área plantada e 1,2% na produção esperada. As condições climáticas favoráveis nos estados produtores até o momento contribuíram para o quadro atual da cultura. O estado do Paraná, maior produtor nacional, responsável por 63,2% da produção, aguarda uma safra de 221.979 t, numa área plantada de 57.850 ha. Com relação ao mês anterior não apresentou variações. Nos demais estados produtores Rio grande do Sul e Santa Catarina a área e produção esperada sofreram acréscimos em suas estimativas com relação ao mês anterior.

FEIJÃO (em grão) – A produção nacional de feijão em grão, estimada em 2.865.186 t, indica uma redução de 0,7% frente à informação de junho. Reflexo da variação negativa observada principalmente nos estados de GO (5,4%), CE (4,5%) e PE (21,6%). O decréscimo só não foi maior devido à contribuição positiva nas estimativas de produção de MG (1,8%) e MA (0,1%). Este volume de produção é distribuído em 43,4% para a 1ª safra (1.244.770 t), 41,4% para a 2ª safra (1.184.831 t) e 15,2% para a 3ª safra de feijão (435.585 t).

A 1ª safra de feijão registra uma produção de 518 toneladas menor que o sexto levantamento. A Região Sul é a maior produtora de feijão 1ª safra com uma produção de 504.465 toneladas. A Região Nordeste, que ainda não concluiu a colheita em todos os estados, prevê uma produção de 167.157 toneladas, que é 2,0% menor que a estimativa de junho.

Para o feijão 2ª safra, a área plantada sofreu um aumento de 0,7%, o rendimento médio caiu 2,1% e a produção esperada registra uma diminuição de 1,4% frente à estimativa de junho.

O feijão 3ª safra experimenta uma diminuição de 0,7% na estimativa de produção em relação ao levantamento de junho. O estado de Goiás foi o principal contribuinte para esta nova avaliação, pois teve redução em sua área plantada de 5,7%, em seu rendimento médio de 5,0% e em sua produção de 10,5% em relação ao último levantamento.

MILHO (em grão) – Na avaliação do mês de julho, a produção nacional de milho em grão está prevista em 71.450.141 toneladas, maior 3,5% que a avaliação de junho. Dentro deste contexto, a 1ª safra variou negativamente 0,9% e a 2ª safra aumentou 7,7% em relação a junho, permanecendo maior que a primeira safra. A produção é recorde, considerando as duas safras do produto, superando em 27,0% o total produzido em 2011. Neste comparativo a área plantada é 10,7% maior. Estes números refletem os bons preços que o produto vem encontrando no mercado, o que faz com que os produtores optem pela cultura e aumentem o investimento em tecnologia.

A 1ª safra de milho participa com 46,8% do volume da produção nacional deste cereal, praticamente não houve variações neste período de avaliação, sendo estimada em 33.472.002 toneladas.

A 2ª safra de milho em grão encontra-se ainda em campo na fase de colheita. A previsão de produção para esta safra é de 37.978.139 toneladas, aumento de 7,7% e de 7,2% no rendimento médio. Houve também aumento nas estimativas de áreas plantada e colhida em 0,4% na comparação com as informações de junho. A Região Centro Oeste, maior produtora do milho na 2ª safra, com 65,4% da produção nacional, apresentou variação positiva de 12,1% na produção, de 11,5% no rendimento médio e de 0,5% na área plantada e área a ser colhida. O principal estado responsável por estes acréscimos foi o Mato Grosso com aumentos de produção de 18,9%, no rendimento de 17,9% e na área de 0,8%. Contribuem também para melhoria da avaliação de julho frente a junho o aumento das estimativas de produção de Goiás (6,8%) e de Minas Gerais (5,2%). As condições climáticas foram favoráveis nestes estados, gerando boas expectativas de produção.

SOJA (em grão) – Reavaliações no mês de julho confirmam o efeito da seca na produção deste grão. Apesar da soja ter apresentado crescimento na área, o regime de chuvas inadequado afetou o rendimento médio, que decresceu 15,3%, resultando na redução de 12,2% na produção nacional deste grão. A Região Sul foi a mais afetada pela estiagem, com reduções de 29,5% nas estimativas de produção do Paraná, 48,4% no Rio Grande do Sul e 27,6% em Santa Catarina, quando comparadas com a produção de 2011.

SORGO (em grão) – A estimativa de produção de 1.896.945 toneladas é 5,5% maior que a informação do mês passado. Em Minas Gerais, a variável está caindo 11,8%, sendo reflexo das reavaliações para uma menor área plantada com a cultura, que está apresentando uma queda de 8,2% e do rendimento médio para 3.282 kg/ha, 3,8% menor que a informação de junho. Em Goiás, maior produtor nacional, a produção deve crescer 3,5% em comparação com junho, devido ao aumento da área plantada (2,4%) e do rendimento médio esperado (1,1%). Mato Grosso é a Unidade da Federação que mais influencia o aumento da produção de sorgo nesta avaliação, já que a estimativa está 37,8% maior que a informação de junho. Neste Estado, houve reavaliação para uma maior da área plantada (7,2%). A ocorrência de chuvas durante as fases de plantio e desenvolvimento da cultura e maior investimento em tecnologia como sementes e fertilizantes promovem uma estimativa de rendimento médio da cultura 28,6% maior que o obtido em 2011 no Estado. O sorgo em grão pode ser utilizado como alternativa em substituição ao milho na composição da ração animal.

Os próximos levantamentos da produção agrícola trarão informações sobre as culturas permanentes e darão continuidade ao acompanhamento da colheita das segunda e terceira safras de algumas culturas temporárias, além das culturas anuais de inverno que, por força do calendário agrícola, têm parte de suas estimativas ainda baseadas em projeções.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).

Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para Cereais, Leguminosas e Oleaginosas, ora divulgados, foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em outubro de 2007, para as principais lavouras brasileiras.

Comunicação Social
09 de agosto de 2012

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2192&id_pagina=1&titulo=Em-julho,-IBGE-preve-safra-de-graos-2,0%-maior-que-a-safra-recorde-de-2011

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