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Por 20:39 Sem categoria

Bancos têm como ampliar oferta de crédito sem comprometer saúde do sistema financeiro

Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (18) que as instituições bancárias brasileiras têm capacidade financeira suficiente para ampliar a oferta de crédito sem comprometimento da solvência do sistema.

Na avaliação de Tombini, o sistema financeiro nacional apresenta elevados níveis de liquidez e capital, que permitem a expansão do crédito no país sem prejuízos ao sistema bancário.

A declaração foi feita durante o Congresso da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), na capital paulista. Para o presidente do BC, o ritmo de crescimento da economia e o sistema financeiro brasileiro sólido são condições “essenciais para o desenvolvimento de qualquer mercado de crédito”.

Tombini também citou o aperfeiçoamento dos modelos de avaliação de risco para que os bancos disponham de maior segurança na concessão de crédito. Desde março, a nova central de crédito do Banco Central traz informações detalhadas dessas operações.

A expansão, que se dá de forma sustentável, do crédito oferecido às famílias brasileiras foi outro ponto destacado pelo presidente do BC. Segundo ele, a geração de empregos e a expansão da renda no Brasil trazem segurança para a tomada de crédito. O endividamento das famílias brasileiras, em sua visão, não está elevado como o de economias de outros países, além de representar dívidas de curto prazo, “o que facilita uma rápida recomposição de balanços”.

O presidente da autoridade monetária ainda falou das perspectivas para a economia nos dois últimos trimestres do ano, que se traduzem em aceleração do crescimento de forma sustentada. “O conjunto de medidas para o aumento da competitividade e produtividade e o estímulo ao investimento produtivo darão suporte ao crescimento sustentável nos próximos anos”, observou.

Edição: Lana Cristina

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Mantega desafia bancos privados a concorrerem na redução de juros e ampliação do crédito

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse agora há pouco em São Paulo que, se as instituições financeiras do setor privado não adotarem “uma ação ousada” para oferecer mais crédito a juros cada vez menores, “vão comer poeira dos bancos públicos”. O ministro participou hoje (17) na cidade de um encontro nacional de superintendentes do Banco do Brasil.

Segundo o ministro, não vai faltar dinheiro público para estimular as operações de crédito destinadas a consumo e capital de giro. Ele disse que só o Banco do Brasil injetou no mercado R$ 35 bilhões de crédito no segundo trimestre. Mantega ainda garantiu que tanto o BB quanto a Caixa Econômica Federal deverão continuar a aumentar o crédito para estimular o crescimento do país.

Mantega informou ainda que o governo pretende reforçar a política de desoneração fiscal com a previsão de abrir mão de um volume de R$ 45 bilhões em receitas, até o final do ano, equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços gerados no país. De outro lado, garantiu que haverá rigor na fiscalização sobre a contrapartida, que é a manutenção do emprego como fator de geração e de renda.

O ministro da Fazenda, no entanto, disse que o governo não se definiu sobre a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca – benefício que se encerra no dia 31 de agosto. Mantega disse que a questão ainda está sendo avaliada.

A previsão do ministro é que a economia cresça 4% no quatro trimestre do ano. Na sua avaliação, com a tendência de continuidade na redução da taxa básica de juros, a Selic, o país deverá desestimular a entrada de capital especulativo e abrir espaço para o crescimento maior do capital para investimento direto.

Entre as novas modalidades de investimento no mercado de capitais, Mantega prevê estímulo aos investidores em debêntures – um tipo de títulos privado. “Vamos ter um fluxo de capital externo principalmente em debêntures e outras aplicações que hoje estão perdendo dinheiro nos Estados Unidos e Europa. Aqui, as oportunidades são de conseguir taxas entre 6, 7 ou até 8%, o que não se encontra em lugar nenhum”.

Edição: Davi Oliveira

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Governo estuda incluir mais seis unidades da Federação na lista de ampliação do limite de endividamento

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A ampliação da capacidade de endividamento de 17 estados, anunciada hoje (16) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, será estendida a outros estados e ao Distrito Federal. A inclusão das demais unidades está em fase de avaliação.

Nesta primeira etapa, foram incluídos na revisão dos valores, que amplia a dívida em R$ 42,225 bilhões, os estados do Acre, de Alagoas, do Amazonas, da Bahia , do Ceará, Espírito Santo, Maranhão, de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Pará, da Paraíba, de Pernambuco, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Entrarão na segunda etapa, além do Distrito Federal, os estados de Goiás, Minas Gerais, do Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

“Outros virão na sequência. Os estados estarão recebendo, talvez, o maior espaço fiscal que jamais foi concedido aos estados brasileiros. Os recursos são para ser usados em investimento”, disse Mantega em solenidade no Ministério da Fazenda com governadores e representantes dos estados.

O ministro destacou que a medida foi possível graças à solidez fiscal dessas unidades da Federação e é importante porque dará um impulso aos investimentos, principalmente, em infraestrutura, saneamento ambiental, habitação e mobilidade urbana. Mantega, que lembrou o momento vivido no mundo com a crise internacional, em um “cenário econômico complicado”, destacou também que o Brasil se distingue de vários países porque tem solidez nas contas públicas.

Mantega disse que o governo deve avançar e fazer uma ação contracíclica neste momento em que a economia brasileira, apesar de sólida, também se ressente da crise. E o principal efeito, segundo ele, é a retração dos investimentos por parte da iniciativa privada. “Ou seja, se o ciclo está para baixo, se há uma desaceleração econômica, o Estado deve agir para dar estímulos para que a economia possa acelerar, possa reagir e manter o nível de crescimento.”

Ele lembrou que, na mesma linha de impulso ao investimento, o governo lançou ontem (15) o Programa de Investimentos em Logística, para rodovias e ferrovias que envolve a aplicação de R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos. “É muito importante a ação do governo federal e dos estados para que, neste momento de crise internacional, nós mostremos um sinal de que os investimentos irão continuar ocorrendo no Brasil”.

O ministro acredita que as medidas recentes vão garantir que o país tenham uma taxa de crescimento compatível com as necessidades de geração de emprego e renda. “Sei que os governadores estão um pouco preocupados porque a arrecadação do ICMS não foi tão boa, pois a atividade econômica ainda estava desacelerada. Mas devo dizer aos senhores que, no segundo semestre, será melhor do que no primeiro. A atividade econômica começa a reagir”.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que terá uma folga de R$ 11,959 bilhões com a decisão do governo federal, avaliou que a ampliação da capacidade de endividamento dos estados vai ter impacto positivo em alguns indicadores. “Isso é investimento e emprego na veia. Isso vai ter um forte impacto em termos de emprego e reflete a forte disciplina fiscal dos estados”.

Para Marcelo Deda, governado de Sergipe, a folga fiscal é importante porque significa um apoio importante do governo federal no sentido de manter e ampliar os investimentos ante a crise. “Especialmente, investimentos estruturantes, na área de logística, de saúde, segurança pública e educação. No momento em que temos uma queda dramática de arrecadação e de repasses do Fundo de Participação dos Estados, a alternativa de realizar operações de crédito que viabilizem o desenvolviento do estado é uma excelente notícia.”

Edição: Lana Cristina

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