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Arrecadação federal tem queda em julho, mas cresce no acumulado do ano

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A arrecadação federal teve queda em julho, na comparação com o mesmo período de 2011, mas cresceu no acumulado do ano. No último mês, o governo arrecadou R$ 87,947 bilhões, o que representa queda de 7,36% em relação a julho do ano passado, já descontada a inflação oficial. A arrecadação de janeiro a julho de 2012 foi R$ 596,502 bilhões, o que significa aumento real de 1,89% ante os sete primeiros meses de 2011.

Um dos fatores que influenciaram o resultado foi a redução do lucro das empresas em 2012 em relação a 2011. Comparando a arrecadação relativa ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), de um ano para o outro, levando em conta o período de abril a julho, houve queda de R$ 4,7 bilhões, ou 15,27%.

Edição: Graça Adjuto

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Forte vencimento de títulos faz Dívida Pública Federal cair R$ 94 bilhões em julho

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um forte vencimento de títulos prefixados já previsto pelo governo fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair 4,76% em julho e se distanciar da barreira de R$ 2 trilhões. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o mês passado em R$ 1,877 trilhão, contra R$ 1,971 trilhão registrados no fim de junho.

A dívida pública mobiliária (em títulos) interna caiu 4,96%, passando de R$ 1,882 trilhão para R$ 1,788 trilhão. Isso ocorreu porque o Tesouro resgatou R$ 107,40 bilhões em títulos a mais do que emitiu. A alta também foi impulsionada pela incorporação de R$ 14,15 bilhões em taxas de juros.

O reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a dívida) é incorporada gradualmente ao valor devido. No caso de um investidor que comprou um título por R$ 100 com correção de 12% ao ano, ele receberá R$ 964 ao final de 20 anos. Essa diferença é incorporada mês a mês ao total da dívida pública.

O resgate de R$ 2,24 bilhões da dívida pública externa também contribuiu para a queda da DPF. No mês passado, a dívida do governo brasileiro no exterior totalizou R$ 88,41 bilhões, valor 0,72% menor que os R$ 89,05 bilhões registrados em junho. A queda ocorreu mesmo com a alta de 1,41% do dólar, no mês passado.

Como os vencimentos no mês passado se concentraram em títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), a participação desses papéis na dívida interna caiu de 40,59% em junho para 36,89% em julho, interrompendo uma sequência de recordes registrada desde fevereiro. Somente em julho venceram R$ 137 bilhões em títulos prefixados. No entanto, de acordo com o Tesouro, vencimentos expressivos desse tipo de papel são normais no início de cada trimestre.

A fatia dos títulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), aumentou de 23,98% para 24,54%. A participação dos títulos corrigidos pela inflação subiu, passando de 34,37% para 36,71%. Também influenciada pela alta do dólar, a parcela da dívida interna vinculada subiu de 1,07% para 1,86%. Esses números levam em conta as operações de swap pelo Banco Central (BC), que equivalem a operações de compra ou venda de dólar no mercado futuro e têm impacto na dívida pública.

Com taxas definidas com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão maior previsibilidade à administração da dívida pública. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque pressionam a dívida para cima, em ciclos de alta dos juros básicos.

Como os títulos que venceram eram, em grande parte, de curto prazo, o prazo médio da DPF melhorou significativamente, aumentando de 3,78 anos em junho para 3,99 anos em julho. O Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos. Essa queda se refletiu na redução da participação dos vencimentos nos próximos 12 meses, que caiu de 28,01% para 26,03%. Prazos mais longos são favoráveis para o Tesouro porque dão ao governo mais tempo para planejar e executar as operações de renegociação (rolagem) da dívida pública.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

Edição: Lana Cristina

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Queda da Selic aumenta interesse por títulos corrigidos pela inflação

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A redução da taxa Selic ao menor nível da história está aumentando o interesse por títulos públicos indexados à inflação, informou hoje (22) o Tesouro Nacional. Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, em julho e agosto, o órgão não vendeu Letras Financeiras do Tesouro (LFT), papel corrigido pela taxa básica de juros da economia.

“Nesses dois meses, oferecemos lotes pequenos de LFT, mas não vendemos porque as ofertas foram incompatíveis com os preços negociados no mercado secundário”, disse Garrido. Segundo ele, os investidores continuam a acreditar que os juros continuarão a ser mantidos em níveis baixos por um bom tempo, o que desestimula a avaliação de que os papéis corrigidos pela Selic voltarão a oferecer rendimentos atraentes.

De acordo com o coordenador, o ciclo de redução da Selic mudou a expectativa dos aplicadores. “A queda na rentabilidade do CDI [Certificado de Depósito Interbancário, que tem taxas similares aos juros básicos] e da Selic tem feito investidores migrarem cada vez mais para títulos prefixados e corrigidos pela variação de preços”, declarou.

Em julho, pela primeira vez na história, o volume de títulos públicos, corrigidos pela inflação, negociado no mercado secundário (quando os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional trocam de mãos entre os investidores), superou o dos papéis prefixados, com juros definidos com antecedência. No mês passado, as negociações de NTN-B e NTN-C, papéis atrelados a índices de preços, totalizaram R$ 6,19 bilhões, contra R$ 6,13 bilhões em negociações de LTN e NTN-F, títulos prefixados.

Apesar do interesse dos investidores por papéis indexados a índices de preços, Garrido nega que a procura seja motivada pela expectativa de que a inflação volte a subir no segundo semestre e em 2013. “Nossa leitura mostra mais uma mudança de preferência, com investidores buscando alongar prazos [porque boa parte dos títulos indexados à inflação só vence em 2040 e 2050], em vez de apenas querer se proteger de inflação mais alta”, alegou.

Segundo Garrido, a inflação de apenas um ano não altera a decisão de compra desses papéis de prazo mais longo. Como exemplo, ele citou um leilão no último dia 15 em que o Tesouro conseguiu trocar papéis de curto prazo por R$ 15 bilhões em NTN-B com vencimento entre 2016 e 2050.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos na data do vencimento com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

Edição: Lana Cristina

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Venda de títulos públicos pela internet a pessoas físicas atinge menor valor do ano em julho

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A venda de títulos públicos pela internet registrou o pior resultado do ano em julho. Segundo balanço divulgado hoje (22) pelo Tesouro Nacional, os investidores cadastrados no Programa Tesouro Direto adquiriram R$ 225,92 milhões no mês passado. O montante representa cerca de um terço do recorde de R$ 616,92 milhões vendidos em janeiro deste ano.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, as vendas foram baixas em julho porque não houve grandes vencimentos de títulos do Tesouro Direto. Sem a necessidade de trocar os papéis, explicou ele, os investidores compraram menos.

Apesar disso, o coordenador ressaltou que o Tesouro Direto continua sendo atrativo. “As emissões continuam a superar o que está vencendo, o que indica que o estoque de títulos está crescendo de forma significativa”, declarou.

Os papéis corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram os mais procurados, concentrando 61,74% desse valor. Em seguida, vieram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), cuja participação atingiu 32,9%. Os papéis vinculados à taxa básica de juros (Selic) corresponderam a 5,36% das vendas.

O número total de investidores cadastrados no programa totalizou 309.602, o que representa incremento de 22,50% nos últimos 12 meses. Somente em julho, 3.983 participantes aderiram ao Tesouro Direto.

O programa de venda de títulos públicos pela internet http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/> foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa fixa, definida antecipadamente.

Edição: Lana Cristina

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO http://agenciabrasil.ebc.com.br

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