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Presidenta Dilma responde a FHC e diz que recebeu de Lula “herança bendita”

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff respondeu hoje (3) às críticas feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo publicado ontem (2) nos jornais O Estado de S.Paulo e O Globo. FHC chama de “herança pesada” o legado deixado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com duras críticas à política energética e às medidas econômicas adotadas por ele com consequências no governo Dilma.

No artigo, o ex-presidente também diz que o governo Dilma passou por uma crise moral, com a demissão de oito ministros, sete deles por suspeitas de envolvimento em corrupção.

Em nota oficial, a presidenta declara que foi “citada de modo incorreto” por Fernando Henrique e por isso decidiu se manifestar. “Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI [Fundo Monetário Internacional] ou sob ameaça de apagão”, disse a presidenta, em referência ao governo FHC.

Além de defender a “herança” que recebeu de Lula, Dilma destaca que não reconhecer avanços da história recente do Brasil é uma “tentativa menor de reescrever a história”.

“O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento. Aprendi com os erros, e, principalmente, com os acertos de todas as administrações que me antecederam. Mas governo com os olhos no futuro”, diz a nota assinada pela presidenta.

Na “herança bendita” de Lula, segundo Dilma, também estão incluídas “uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes”. A presidenta ainda lista o reconhecimento internacional do país e declara que Lula “é um exemplo de estadista”. “Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse”, disse.

Edição: Aécio Amado

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://agenciabrasil.ebc.com.br

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Segunda-feira, 3 de setembro de 2012 às 17:16   (Última atualização: 03/09/2012 às 17:18:35)

Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita, afirma Dilma Rousseff em nota oficial

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (3), em nota oficial, ter recebido uma herança bendita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma afirmou ter recebido um país com economia sólida, crescimento robusto e inflação sob controle. Leia abaixo a íntegra da nota:

Citada de modo incorreto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo, nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, creio ser necessário recolocar os fatos em seus devidos lugares.

Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.

Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.

Recebi um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.

Recebi um Brasil mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional. Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse. O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista.

Não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a história. O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento. Aprendi com os erros e, principalmente, com os acertos de todas as administrações que me antecederam. Mas governo com os olhos no futuro.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://blog.planalto.gov.br/

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O PT nas Eleições Municipais de 2012

Frei Betto
Escritor e assessor de movimentos sociais
Adital

O PT, tão vitorioso nas últimas eleições, corre o risco de sair fraturado das eleições municipais de 2012. Fratura já evidente nas relações do partido com o PSB.

Em Fortaleza, Recife e Belo Horizonte ele perdeu o apoio do PSB. Um aliado importante. No Recife, o prejuízo teve como efeito a perda de Maurício Rands: após 32 anos de militância petista, abandonou o partido e abriu mão de seu mandato de deputado federal.

Tudo porque a direção nacional insistiu na candidatura do senador Humberto Costa à prefeitura do Recife, e em casar a dobradinha PT-PSB na capital pernambucana (que não deu certo) com o apoio a Fernando Haddad em São Paulo (que deu certo).

Na capital paulista, Marta Suplicy tinha 30% da preferência eleitoral. A direção do partido bancou a escolha de Haddad. Chegou aos 8%. O PT obteve o apoio do PP, o que dá ao candidato mais um minuto e meio de propaganda eleitoral na TV. Com pompa e circunstância, Maluf faturou alto sua foto ao lado de Lula nos jardins de sua mansão. E Haddad perdeu dois pontos na preferência eleitoral.

O PT parece ter perdido a noção da importância dos símbolos. O apoio poderia ter sido costurado entre presidentes das legendas. Sem fotos. E sem o escárnio com que Maluf, hoje na mira da Interpol, disse estar à esquerda do PT…

Em Minas, o barco virou na Lagoa da Pampulha. Márcio Lacerda, homem de Aécio Neves, perdeu o apoio do PT, que se decidiu por candidatura própria e forte – Patrus Ananias. Talvez o único do PT, nesta eleição, a mobilizar militância voluntária nas ruas.

Qualquer que seja o resultado das eleições municipais em Belo Horizonte, Patrus sairá cacifado a candidato a governador de Minas em 2014. O que afoga, nas águas da Pampulha, as pretensões eleitorais do ministro Fernando Pimentel.

Teria o PT trocado um projeto de Brasil por um projeto de poder? Teria aberto mão de seus princípios ideológicos para ganhar mais tempo de propaganda eleitoral na TV? Teria a direção nacional do partido decidido inibir as prévias que outrora abrilhantavam o PT como o mais democrático partido brasileiro, por consultar as bases e respeitá-las?

Há muita literatura sobre política e partidos. Entre tudo que li, destaco o clássico de Robert Michels, Os partidos políticos, publicado em 1911. (Há uma edição em português da editora Senzala, sem data).

Michels defende a tese de que todo partido de esquerda que atua na legalidade burguesa acaba cooptado por ela. Porque na democracia delegativa, como a nossa, a “vontade do povo” é condicionada pelo marketing eleitoral, que depende de tempo na TV, que depende de muito dinheiro, que depende dos donos do dinheiro, que depende de concessões aos donos do dinheiro…

O PT corre, hoje, o sério risco de ficar cada vez mais parecido com o PMDB.

Por que o PT não insiste na urgência da reforma política e não lidera na Câmara dos Deputados o fim do voto secreto? Democracia rima com transparência.

[Frei Betto é escritor, autor de “A mosca azul – reflexão sobre o poder” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org <http://www.freibetto.org> Twitter:@freibetto.
Copyright 2012 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)].

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