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Em dez anos, renda dos mais pobres cresceu 90 porcento

Parcela mais pobre da população obteve maior melhoria acumulada, de 2001 a 2011

Nos últimos dez anos, entre 2001 e 2011, os 10% mais pobres do país tiveram um crescimento de renda acumulado de 91,2%, enquanto a parcela mais rica da população obteve nesse mesmo período um incremento de 16,6% da renda acumulada. Portanto, a variação do aumento de ganhos reais foi 5,5 vezes (550%) mais rápida para o décimo mais vulnerável dos brasileiros.

“Estatisticamente, em 2011 o Brasil atingiu o menor nível de desigualdade de sua história”, declarou nesta terça-feira, 25, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, durante a coletiva pública de lançamento do Comunicado do Ipea nº 155 – A década inclusiva (2001-2011): Desigualdade, pobreza e políticas de renda. O estudo, apresentado por ele com a participação do técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto Pedro Souza, foi elaborado a partir da recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011, divulgada pelo IBGE, complementado por dados inéditos até agosto de 2012.

Marcelo Neri afirmou que a renda em crescimento e a redução da desigualdade são o caminho que o Brasil tem feito desde 2003. Ele também destacou que o ajuste nominal do salário mínimo, programas sociais como o Brasil Carinhoso, Brasil sem Miséria, Minha Casa Minha Vida e outras políticas do governo federal atuam na mesma direção da melhoria da renda do trabalho. “Os brasileiros acham que estão em um país, os macroeconomistas, em outro. O que é mais importante para explicar a renda das pessoas se não a renda do trabalho?”, afirmou.

Desigualdade horizontal

A pesquisa aponta que o combate à desigualdade horizontalizou melhorias de renda. Nesses dez anos, pessoas que vivem em famílias chefiadas por analfabetos tiveram 88,6% de aumento da renda, contra 11,1% de decréscimo para aquelas cujo chefe familiar possui 12 anos de instrução regular ou mais.

No Nordeste, a renda cresceu 72,8%, já no Sudeste, região mais rica do país, essa taxa foi de 45,8%. Entre aqueles que se consideram negros, o aumento de renda foi de 66,3%, e a população declarada como parda obteve melhoria de 85,5% do ganho pelo trabalho. Para os que se dizem brancos, o crescimento de renda foi de 47,6%.

Segundo o presidente do Ipea, a desigualdade mundial de renda caiu em grande parte devido o crescimento da China, bastante expressivo ao longo das últimas décadas, e da Índia, sobretudo nos anos 1990 e 2000. “Por mais que a desigualdade dentro desses e de outros países esteja crescendo, o avanço econômico e a melhoria de renda das suas populações têm causado o efeito mundial, pois esses países abrigam metade dos pobres do mundo”, frisou Neri.
Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 155, A Década Inclusiva (2001-2011): Desigualdade, Pobreza e Políticas de Renda

Assista à íntegra da apresentação do Comunicado do Ipea nº 155

Assista à entrevista com Marcelo Neri, presidente do Ipea, sobre o Comunicado nº 155

Veja os gráficos de apresentação do Comunicado do Ipea nº 155

Notícia colhida no sítio http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=15593&catid=4&Itemid=2

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A década da redução das desigualdades no Brasil

Em entrevista à Carta Maior, o novo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, fala sobre seus planos para a entidade e sobre a redução da desigualdade social no Brasil. O economista reforça a ideia do Ipeapea como uma usina de ideias a partir da compilação de dados que termina como uma plataforma de ações de políticas públicas e batiza a via a ser seguida como o “novo federalismo social’, onde estados e municípios se alinham ao governo federal. “A busca é a do desenvolvimento inclusivo e sustentável”, resume.

Rodrigo Otávio

Rio de Janeiro – O economista Marcelo Neri completa nesta quarta-feira (19) uma semana como presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na sexta-feira (21), a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve corresponder às expectativas do economista e confirmar a década 2001/11 como “A” década da redução da desigualdade no Brasil.

Com um cenário convidativo para a execução do seu trabalho, ainda que o economista também esteja curioso em analisar os reflexos da crise econômica internacional que aparecerão nesta edição da PNAD, Neri se empolga ao revelar os números do resgate histórico dos últimos dez anos. “Para se ter uma ideia, a renda no Nordeste, que é a área mais pobre do Brasil, nesses oito anos cresceu, por pessoa, em termos reais, 42%. No Sudeste, 16%; nas áreas rurais, cresceu 49%; nas metrópoles cresceu 21%, embora nas favelas tenha crescido 42%, em geral as favelas são dentro das grandes cidades”, afirma.

Assim, o economista reforça a ideia do Ipea como uma usina de ideias a partir da compilação de dados que termina como uma plataforma de ações de políticas públicas e batiza a via a ser seguida como o “novo federalismo social’, onde estados e municípios se alinham ao governo federal. “A busca é a do desenvolvimento inclusivo e sustentável. E esses adjetivos são importantes para frisar quais são os desafios maiores do modelo de desenvolvimento”, diz ele em entrevista à Carta Maior.

CARTA MAIOR – O senhor acaba de assumir o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Quais os planos para médio e longo prazo?

MARCELO NERI – Estamos começando a fazer um plano estratégico que entrará em operação nos próximos meses. É um plano com data referente a médio prazo de 2014, quando o Ipea celebra 50 anos, que é uma data simbólica importante. E vamos ter também um cenário de longo prazo, que ainda não está afixado, pode ser 2022 ou 2022+10.

A primeira coisa é o planejamento da entidade. Isto já está sendo encaminhado, estamos começando a fazer as mudanças na parte de administração. Eu não estou com pressa para mudar diretorias e etc. Isso vai sendo feito à medida que vai se tomando pé da situação, vai se avaliando, com calma. A não ser em casos como o da diretoria Setorial, que acho que é muito importante, que cuida da parte de inovação, setores de atividades e etc, no qual eu já convidei a economista Fernanda de Negri porque o diretor antigo se retirou da instituição e ela já está atuando no órgão há muito tempo. Mas estamos basicamente mapeando, o instituto cresceu muito as atividades nos últimos anos, em várias direções, então é preciso se mapear tudo antes de se dar início a agenda de ações propriamente ditas.

Vocês pretendem lançar alguma pesquisa nesses próximos dois anos?

Vamos. Várias pesquisas, pesquisas de percepção nessa nossa tradição de processar dados. Por exemplo, essa semana saem os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), já vamos fazer o lançamento junto com o ministério de Desenvolvimento Social e com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Então estamos desde agora já operando. Inclusive essa foi a determinação da presidenta (Dilma Rousseff) em relação à agenda do Ipea, ela falou: “aquilo que vocês fazem na Fundação”, que eu fazia na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Centro de Políticas Sociais, “fazer isso, em outra escala, no Ipea”.

Então essa é uma parte importante, comunicação para a sociedade, mas principalmente no desenho de políticas públicas. Na minha visão o Ipea começa como uma usina de ideias e termina como uma plataforma de ações de políticas públicas. É ação mesmo e o principal objetivo é municiar ministérios e órgãos públicos na ação efetiva, mas a partir de ideias, do debate de ideias, do contraditório, das discussões internas, que eu acho que podem ser muito ricas.

O que de melhor a PNAD revelará nesta sexta-feira e o que será visto como ainda necessitando evolução?

Olha, eu não sei. Não sei o que vai sair. O que é interessante é a gente, com a PNAD, inclusive nessa tradição de processar rápido a PNAD, que eu tenho, ser um momento aonde você não tem um consenso. Você olha os dados frescos e lê a realidade. Mas eu acho que o que seria um dado positivo seria mais da mesma tendência, de crescimento com redução de desigualdade. Só que a prova agora é mais difícil, porque a gente está em um período de crises, a PNAD de 2011 já pega o começo dos efeitos da crise europeia e já pega os efeitos da crise de 2008.

Então a comparação com o passado é uma prova de fogo maior, mas eu vejo uma certa positividade pelo fato de que o mercado de trabalho brasileiro, que é o determinante último da renda das pessoas, o principal, ¾ da renda das pessoas são renda do trabalho, está tendo um bom desempenho. Eu diria que o crescimento da renda das pessoas e a distribuição dela são os dois pontos fundamentais. Então essa seria a expectativa.

E nessa prova de fogo o que não passou. O que, de fato, a crise internacional afetou?

Eu acho que a crise internacional está afetando mais os setores que transacionam com o exterior. Mas apesar disso, se você pegar as metrópoles, que são aquelas unidades que mais se relacionam com o exterior, pelos dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), até agora, não há grandes perdas. A economia está próxima do pleno emprego, a renda está crescendo, não no mesmo ritmo que estava crescendo antes da crise, mas em um ritmo aceitável.

E, surpreendentemente pela PME, aí tem que se observar na Pnad, a desigualdade continua em queda. Então eu estou muito curioso para ver se a gente vai completar dez anos de queda da desigualdade, ela começou em 2001, e a PNAD de 2011 vai dizer se essa realmente foi “A” década da redução da desigualdade. E se essa década foi plena. Você sabe que a desigualdade já caiu muito na década, mas qual foi a magnitude? Acho que a década será (a da redução de desigualdade).

Um belo começo de século para o país…

O Brasil está começando a mudar. Com a divulgação da PNAD saberemos como foi de 2001 a 2011. Teremos mais dois anos na série, mas até 2009 eu acho, que do ponto de vista regional, e do ponto de vista das pessoas, não estou falando de PIB (Produto Interno Bruto), estou falando de dinheiro no bolso das pessoas, o Brasil tem tido um desempenho diferente do desempenho até então conhecido.

Para se ter uma ideia, a renda no Nordeste, que é a área mais pobre do Brasil, nesses oito anos cresceu, por pessoa, em termos reais, 42%. No Sudeste, 16%; nas áreas rurais, cresceu 49%; nas metrópoles cresceu 21%, embora nas favelas tenha crescido 42%, em geral as favelas são dentro das grandes cidades.

Então o Brasil está um pouco de cabeça para baixo, do ponto de vista regional, no melhor sentido da palavra, em relação à tendência histórica. Regiões mais atrasadas têm crescido mais do que regiões antes avançadas. Alguns podem argumentar que essa é a tendência natural, mas não era o que se observava antes no Brasil.

A busca é a do desenvolvimento inclusivo e sustentável. E esses adjetivos são importantes para frisar quais são os desafios maiores do modelo de desenvolvimento.

Mas a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), também do IBGE, indicou que as famílias estão gastando menos, proporcionalmente a suas rendas, em educação. Qual a sua avaliação?

Uma possibilidade é que o Estado está fazendo mais e melhor nas políticas educacionais, municípios e governos estaduais. Acho que é um dado de efeito ambíguo. O fato de as famílias estarem gastando menos em educação privada pode ser um sinal de que: 1) elas estão com menos interesse em educação, que seria preocupante; mas por outro lado pode ser um sinal de que o estado, lato senso, está ocupando mais esse espaço.

Tem dois dados que me animam com relação à educação que indicariam mais a segunda opção, a situação benigna do estado ocupando mais. Aliás, três dados. Primeiro ter havido um aumento no orçamento de educação, aumentou em 50% nos últimos anos em termos reais. O segundo ponto é que as famílias estão mais preocupadas com a educação. Era a sétima prioridade, tanto Datafolha quanto Ibope apontam esse resultado, e agora é a segunda prioridade do brasileiro, só perde para a saúde.

E o terceiro é que os brasileiros começam a perceber que a educação é ruim. Um dado que me preocupava era que existia uma certa dissonância entre avaliação que as famílias faziam da educação e os resultados objetivos dos testes. E agora, eu vi um resultado, está para ser confirmado e etc, mas de que as famílias começam a perceber o quão ruim é a educação. Que eu acho que é o ponto de partida, a gente ter metas de educação, tanto o setor público quanto o setor privado. Mas acho que esse dado do IBGE é importante, ele precisa ser analisado. A POF é uma pesquisa que permite analisar a interface pública-privada. Normalmente ou a gente olha para a face privada ou só para a área pública, essa interface que a POF permite é interessante.

No intervalo de 2002/2003, quando foi realizada a penúltima POF, para 2008/2009, a última, mudou pouco a distribuição de gastos das famílias. E nesses últimos cinco anos, o senhor vê maiores avanços no País?

Eu vejo grandes avanços. Se você pegar, por exemplo, até estatísticas subjetivas, “dá para chegar até o final do mês?”, “Como avalia a qualidade da sua alimentação?”, em várias coisas você nota uma percepção positiva. Acho que os dados da POF têm que ser olhados com cuidado pela seguinte questão. Você coloca ali o total de gastos por família, não é per capita. E as famílias tiveram uma queda grande, 10%, no seu tamanho. Então vamos dizer, o gasto da família sobe 10, que é mais ou menos o que aconteceu, o gasto total das famílias sobe 10, a renda total das famílias sobe 10, 10.6, na verdade o gasto per capita sobe 20.6, porque as famílias estão menores, as pessoas estão distribuídas em domicílios menores. Então nesse período, tanto pela PNAD quanto pela POF, houve uma mudança bem importante na distribuição de renda.

Acho que essa combinação de crescimento com redução de desigualdade é especial, em particular nesse período, mas que continua mesmo após as crises.

O Estado é o indutor dessa combinação, principalmente, como disse o senhor, para fixar o desenvolvimento inclusivo?

Na área social temos vistos algumas mudanças. O que está começando a acontecer no Brasil é o que eu gosto de chamar de “novo federalismo social’, onde estados e municípios se alinham ao governo federal na sua ação. O Rio de Janeiro está sendo líder nesse processo. Por exemplo, o governo da presidenta Dilma lançou uma ação que é a de integração, no âmbito do Bolsa Família ou do Brasil sem Miséria, com os estados.

O Bolsa Família era sempre uma questão do governo federal e dos governos municipais, e os estados estão entrando nesse processo. Então, por exemplo, das quase 400 mil famílias atendidas nessa parceria estadual/federal, o estado do RJ tem 250 mil. Então você usa a estrutura do governo federal e articula ações complementares à nível dos governos estadual e municipal. Quer dizer, mais dinheiro sujeito a outras condicionalidades. Por exemplo, o Renda Melhor Jovem, que é um prêmio para os garotos do ensino médio que melhoram as notas, que vão passando por séries e vão ganhando uma bolsa que se transforma em poupança, aí ele pode retirar 30% e etc.

Então tem uma nova possibilidade de fazer política social. Acho que o Bolsa Família, apesar dos serviços prestados em termos de redução de desigualdade e de melhora das condições objetivas das famílias, ele é acima de tudo uma plataforma para estados e municípios operarem. E isso está começando a acontecer em uma escala nunca antes observada. Quer dizer, ele enseja uma certa positividade em relação ao futuro.

Como outros estados estão utilizando essa plataforma?

Até dois meses atrás, eu não sei exatamente hoje, existiam nove parcerias entre governo federal e governos estaduais no âmbito do Brasil Sem Miséria. Novas parcerias. Estados das regiões Sul e Sudeste estão, das regiões Norte e Nordeste não têm nenhum, e elas são as mais pobres, então é preciso pensar em desenhar iniciativas que permitam essa participação. Estados mais pobres têm orçamentos menores e problemas maiores, existem fontes de recursos menores e necessidades de gastos maiores, então é preciso pensar de uma forma diferenciada o caso destes estados.

Como o Ipea pode ajudar esses estados a se qualificarem para conseguirem essa parceria?

Aí entra um papel importante do Ipea, assistência técnica. Desenhos, avaliações, com políticas customizadas. O que é interessante desta esfera estadual é que são 27 unidades da federação. Então o MDS (Ministério de Desenvolvimento Social) pode, e com o apoio do Ipea, ajudar 27 estados diferentes. É muito mais fácil do que ajudar 5550 municípios. Pela escala. Então o que é interessante pela escala associada é permitir uma customização das ações complementares em termos regionais a partir do Bolsa Família.

Uma reclamação dos municípios é que as políticas do Bolsa Família chegam, mas políticas de habitação e educação, por exemplo, não chegam. O Ipea tem condições de atuar também nessas frentes?

Tem. No sentido de avaliação e desenho, com certeza. Acho que essa é uma das prioridades. Acho que dá para se fazer muito com pouco recurso e com pouco tempo pelo fato de você se basear em plataformas já existentes. Cadastros das famílias, ou o próprio benefício, muitas vezes você simplesmente pode dividir o cartão federal com o estadual. Esse processo pode ser muito rápido e eu acho que o Ipea tem um papel importante de ajudar a viabilizar, dar qualidade e velocidade a esse tipo de ação.

Notícia colhida no sítio http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20916

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PNAD 2011: crescimento da renda foi maior nas classes de rendimento mais baixas

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011 mostra que, de 2009 para 2011, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas e com rendimento, cresceu 8,3%. Na divisão por faixas de rendimento, o maior aumento nos rendimentos de trabalho (29,2%) foi observado nos 10% com rendimentos mais baixos. De modo geral, houve redução no crescimento do rendimento conforme seu valor aumentava.

Com isso, o Índice de Gini para os rendimentos de trabalho no Brasil recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011 (quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição dos rendimentos). Entre as regiões, apenas no Norte aumentou o índice, de 0,488, em 2009, para 0,496, em 2011. Ao contrário das outras regiões, no Norte o maior aumento dos rendimentos ocorreu para os 5% que recebiam mais (de R$ 5.840,00 para R$ 6.429,00). Nas demais regiões o aumento no rendimento foi maior para os mais desfavorecidos e menor para os 10% com maiores rendimentos; a queda mais expressiva do índice de Gini foi observada no Sul (de 0,482 para 0,461).

O rendimento médio mensal real dos domicílios particulares permanentes com rendimento foi estimado em R$ 2.419,00 em 2011, representando ganho real de 3,3% em relação ao de 2009 (R$ 2.341,00). Houve aumento do rendimento domiciliar em todas as grandes regiões. O Nordeste registrou a menor variação (2,0%) em relação a 2009, assim como, o menor valor (R$ 1.607,00).

De 2009 para 2011, houve um aumento 3,6 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado. No total de empregados no setor privado, 74,6% tinham carteira de trabalho assinada. O rendimento das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas, com rendimento, cresceu de R$ 1.242,00 para R$ 1.345,00, de 2009 para 2011.

O perfil dos desocupados com 15 anos ou mais de idade, também foi levantado pela pesquisa. Mais da metade dos desocupados eram mulheres, 35,1% nunca trabalharam, mais de um terço (33,9%) eram jovens entre 18 e 24 anos de idade; 57,6% pretos ou pardos e 53,6% com ensino médio incompleto. A PNAD também confirmou a tendência de queda no trabalho infantil (5 a 17 anos) em 2011. Em dois anos, houve redução de 14%; entretanto, esse contingente chega a 3,7 milhões.

Observou-se que a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais de idade no Brasil em 2011 foi de 8,6% (12,9 milhões de analfabetos), 1,1 ponto percentual a menos do que em 2009 (9,7%, 14,1 milhões de analfabetos). Dos analfabetos, 96,1% tinham 25 anos ou mais de idade. Desse grupo, mais de 60% tinham 50 anos ou mais de idade (8,2 milhões).

Em 2011, a população de 10 anos ou mais de idade tinha, em média, 7,3 anos de estudo. As mulheres, de modo geral, eram mais escolarizadas que os homens, com média de 7,5 anos de estudo, enquanto eles tinham 7,1 anos de estudo.

De 2009 para 2011, a taxa de escolarização (percentual de estudantes de um grupo etário em relação ao total do grupo) das crianças entre 6 e 14 anos de idade aumentou em 0,6 ponto percentual, chegando a 98,2%. Já para os jovens entre 15 e 17 anos, o percentual caiu de 85,2% para 83,7% no mesmo período.

Essas e outras informações podem ser vistas na publicação completa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011, que pode ser acessada no link http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2011/default.shtm.

População

População residente no país chegou a 195,2 milhões

Em 2011, a população residente no Brasil foi estimada em 195,2 milhões, um aumento de 1,8% (3,5 milhões) em relação a 2009. As mulheres representavam 51,5% (100,5 milhões) da população e os homens, 48,5% (94,7 milhões).

As pessoas entre 0 e 29 anos de idade correspondiam a 48,6% da população e as com 60 anos ou mais, 12,1%. Em 2009, estes valores eram, respectivamente, 50,2% e 11,3%, indicando que prossegue a tendência de envelhecimento da população.

A região Norte manteve as maiores concentrações nos grupos de idade mais jovens, sendo 57,6% da população com idade inferior a 30 anos. Na faixa de 45 a 59 anos, os maiores percentuais estavam no Sudeste (18,5%) e no Sul (19,4%); o mesmo ocorreu no grupo de 60 anos ou mais (13,3% e 13,1%, respectivamente).

Na população feminina, 46,7% tinham entre 0 e 29 anos de idade e, 30 anos ou mais, 53,3%. Já entre os homens, os percentuais foram de 50,5% e 49,5%, respectivamente.

Do total da população, 47,8% (93,3 milhões) era de brancos, 8,2% (16,0 milhões) de pretos, 43,1% (84,1 milhões) de pardos e 1,0% (1,9 milhão) de indígenas ou amarelos.

57,1% da população vivia em união com cônjuge ou companheiro(a)

Na população com 15 anos ou mais de idade, 57,1% (85,5 milhões) viviam em união com cônjuge ou companheiro(a). A região Sul tinha a maior participação de pessoas vivendo em união (61,9%) e o Nordeste, a menor (55,4%). Já na análise do estado civil, havia maior percentual de pessoas solteiras (48,1%) do que casadas (39,9%), situação que se repetiu em todas as regiões. Devido a um aprimoramento na forma de captação das informações de nupcialidade na PNAD 2011, não é possível realizar comparações com 2009.

Rendimento

Rendimento de trabalho cresceu 8,3% de 2009 para 2011

Em 2011, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas e com rendimento, cresceu 8,3% em relação a 2009, passando de R$ 1.242,00 para R$ 1.345,00. Todas as grandes regiões tiveram aumento: Norte (7,7%; R$ 1.100,00), Nordeste (10,7%; R$ 910,00), Sudeste (7,9%; R$ 1.522,00), Sul (4,0%; R$ 1.461,00) e Centro-Oeste (10,6%; R$ 1.624,00). Quando consideradas todas as fontes, o rendimento médio mensal real das pessoas com rendimento apresentou ganho de 4,6%, atingindo o valor de R$1.279,00.

Maior aumento (29,2%) foi observado entre os menores rendimentos

De 2009 a 2011, a maior elevação nos rendimentos de trabalho (29,2%) foi observada para os 10% com rendimentos mais baixos, de R$ 144,00 para R$ 186,00. De modo geral, constatou-se uma redução no crescimento do rendimento conforme seu valor aumentava. Com isso, o Índice de Gini para os rendimentos de trabalho no Brasil recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011 (quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição dos rendimentos). Em 2011, os 10% da população ocupada com os rendimentos de trabalho mais elevados concentraram 41,5% do total de rendimentos de trabalho.

Concentração do rendimento de trabalho sobe na região Norte

A região Norte foi a única a apresentar elevação do índice de concentração de rendimento, de 0,488, em 2009, para 0,496, em 2011. Na região, o maior aumento dos rendimentos ocorreu para os 5% que recebiam mais (de R$ 5.840,00 para R$ 6.429,00). Em todas as demais regiões o Índice de Gini caiu, sendo que a queda mais expressiva foi observada no Sul (de 0,482 para 0,461), que tem o menor índice e onde foi observada queda para os 10% com maiores rendimentos (de R$ 5.539,00 para R$ 5.533,00). Vale destacar ainda que, nessa região, o rendimento para 1,0% da população que recebia mais caiu de R$ 15.261,00 em 2009 para R$ 15.177,00 em 2011. As regiões Nordeste (0,522) e Centro-Oeste (0,520) apresentaram as maiores concentrações de rendimento em 2011.

De 2009 a 2011, rendimento dos trabalhadores domésticos sem carteira aumentou 15,2%

Em 2011, os empregados com carteira de trabalho assinada obtiveram ganho real de 4,9% em relação a 2009. Os militares e estatutários e os outros empregados sem carteira de trabalho assinada também tiveram acréscimo no rendimento do trabalho principal (6,2% e 11,6%, respectivamente). Considerando os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada, o aumento no rendimento foi de 5,2%, enquanto para os sem carteira foi de 15,2%.

Nordeste tinha o menor rendimento domiciliar em 2011: R$ 1.607,00

O rendimento médio mensal real dos domicílios particulares permanentes com rendimento foi estimado em R$ 2.419,00 em 2011, representando um ganho real de 3,3% em relação ao de 2009 (R$ 2.341,00). Todas as classes de rendimento tiveram crescimento, especialmente as classes mais baixas, o que resultou na diminuição da concentração, representada pela queda do índice de Gini de 0,509 em 2009 para 0,501 em 2011.

Houve aumento do rendimento domiciliar em todas as grandes regiões, sendo que o Centro-Oeste apresentou o maior aumento (6,6%), além de ser, entre as regiões, a que possuía o maior valor (R$ 2.936,00). O Nordeste registrou a menor variação (2,0%) em relação a 2009, assim como o menor valor (R$ 1.607,00).

Rendimento das mulheres equivalia a 70,4% do rendimento dos homens

Em 2011, o rendimento médio mensal real de trabalho dos homens ocupados foi de R$ 1.417,00 e o das mulheres ocupadas foi de R$ 997,00. Proporcionalmente, as mulheres recebiam 70,4% do rendimento de trabalho dos homens. Em 2009, a proporção era de 67,1%. Em 2011, enquanto 22,1% dos homens ocupados recebiam até 1 salário mínimo, para as mulheres este percentual era de 31,4%. Além disso, havia proporcionalmente mais mulheres ocupadas sem rendimentos ou recebendo somente em benefícios (10,0%) do que homens (5,8%).

Mercado de Trabalho

Crescimento da população ocupada foi menor que o da população em idade ativa, com comportamento diferenciado segundo a faixa etária

De 2009 para 2011, houve crescimento de 1,0 milhão de pessoas (1,1%) na população ocupada de 15 anos ou mais de idade, totalizando 92,5 milhões de trabalhadores. No Sudeste, onde estavam concentrados cerca de 43% dos trabalhadores, verificou-se alta de 1,6% na população ocupada. O crescimento da população ocupada foi inferior ao da população em idade ativa, com queda no nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população em idade ativa) de 62,9%, em 2009, para 61,7%, em 2011. Houve aumento no contingente de ocupados para todas as faixas etárias, a partir dos 30 anos de idade.

Aumentou contingente de trabalhadores com ensino médio e superior completo

De 2009 para 2011, na população ocupada, cresceram os percentuais de trabalhadores com pelo menos o ensino médio completo (de 43,7% para 46,8%) e de trabalhadores com pelos menos o ensino superior completo (de 11,3% para 12,5%), enquanto o percentual de trabalhadores com o ensino fundamental incompleto caiu de 31,8% para 25,5%.

Contingente de ocupados aumentou nos setores de serviços, comércio e construção

O contingente de ocupados cresceu 5,2% nos setores de serviços (41,5 milhões de pessoas), 1,9% no comércio e reparação (16,5 milhões) e 13,6% na construção (7,8 milhões), de 2009 para 2011, enquanto foram registradas quedas de -7,3% no setor agrícola (14,1 milhões) e –8,0 % na indústria (12,4 milhões).

Empregos com carteira assinada aumentaram 11,8% de 2009 para 2011

Entre os ocupados, aumentou a participação dos empregados (59,0% para 61,3%) e de dos trabalhadores por conta própria (20,7% para 21,2%). Por outro lado, houve redução de 7,8% para 7,1% nos trabalhadores domésticos e de 4,4% para 3,4% nos empregadores.

O contingente de empregados (exclusive trabalhadores domésticos) era cerca de 56,7 milhões, dos quais 80,2% no setor privado e 19,8% no público. No setor privado, 33,9 milhões de empregados (74,6%) tinham carteira de trabalho assinada, um acréscimo de 11,8%, ou 3,6 milhões de empregos com carteira, em relação a 2009.

Taxa de desocupação caiu de 8,2% em 2009 para 6,7% em 2011

Em 2011, aproximadamente 6,6 milhões de pessoas estavam desocupadas (não estavam ocupadas e tomaram providência efetiva para conseguir trabalho). Apesar da queda expressiva na taxa de desocupação, no Brasil (de 8,2% em 2009 para 6,7% em 2011) e em todas as regiões, ainda persiste, para alguns grupos, uma dificuldade maior de inserção no mercado de trabalho. Dos desocupados, 59,0% eram mulheres; 35,1% nunca tinham trabalhado; 33,9% eram jovens entre 18 e 24 anos de idade; 57,6% eram pretos ou pardos e 53,6% deles não tinham completado o ensino médio.

O aumento no contingente de ocupados em 2011, associado à redução de pessoas desocupadas, trouxe como consequência a queda significativa da taxa de desocupação, que baixou de 8,2% em 2009, para 6,7% em 2011. Na região Sul, foi verificada a menor taxa de desocupação (4,3%) e na Nordeste a maior (7,9%).

Trabalho Infantil

Nível da ocupação de jovens de 5 a 17 anos de idade caiu de 9,8% em 2009 para 8,6% em 2011

Em 2011, havia no país cerca de 3,7 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos de idade; em dois anos houve redução de 597 mil nessa faixa, 14,0%. Trabalhavam 89 mil crianças de 5 a 9 anos de idade, 615 mil na faixa de 10 a 13 anos e 3,0 milhões entre 14 a 17 anos. Nas três faixas etárias, os homens eram maioria entre as pessoas ocupadas.

O nível da ocupação das pessoas de 5 a 17 anos de idade caiu de 9,8%, em 2009, para 8,6%, em 2011, o que se repetiu em todas as regiões, exceto no Norte (de 10,1% para 10,8%). As regiões Norte (10,8%) e Sul (10,6%) tinham os maiores níveis em 2011, e o Sudeste, o menor (6,6%).

Em 2011, o rendimento mensal domiciliar per capita real dos trabalhadores de 5 a 17 anos de idade foi de R$ 452,00, enquanto o dos que não trabalhavam foi de R$ 490,00. Em média, esse contingente de pessoas trabalhava, habitualmente, 27,4 horas por semana. A taxa de escolarização deste grupo ficou em 80,4%, sendo que 37,9% deles não recebiam contrapartida de remuneração. A população ocupada de 5 a 13 anos de idade estava mais concentrada em atividade agrícola (63,5%). Aproximadamente 74,4%, nessa faixa, estavam alocadas em trabalho sem contrapartida de remuneração (não remunerados e trabalhadores para o próprio consumo ou na construção para o próprio uso).

Educação

Taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais de idade caiu de 9,7% em 2009 para 8,6% em 2011

A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais de idade no Brasil em 2011 foi de 8,6% (12,9 milhões de analfabetos), 1,1 ponto percentual a menos do que em 2009 (9,7%). Entre os analfabetos, 96,1% estavam na faixa de 25 anos ou mais de idade. Desse grupo, mais de 60% tinham 50 anos ou mais de idade (8,2 milhões).

Entre as regiões, a maior taxa de analfabetismo foi a do Nordeste, 16,9%, correspondendo a 6,8 milhões de analfabetos, 52,7% do total de analfabetos. Mesmo com uma taxa de analfabetismo que é quase o dobro da nacional, o Nordeste teve a maior queda na taxa de 2009 para 2011 (1,9 ponto percentual).

Mulheres eram mais escolarizadas do que homens, especialmente entre 20 e 24 anos de idade

Em 2011, a população de 10 anos ou mais de idade tinha, em média, 7,3 anos de estudo. As mulheres, de modo geral, são mais escolarizadas que os homens, com média de 7,5 anos de estudo, enquanto eles têm 7,1 anos de estudo. Em todos os grupos etários, com exceção do grupo de 60 anos ou mais de idade, a média de anos de estudo das mulheres foi superior a dos homens. A maior média foi a do grupo etário de 20 a 24 anos (9,8 anos), sendo de 10,2 anos de estudo na parcela feminina e de 9,3 anos na masculina.

Taxa de escolarização de crianças aumentou e diminuiu entre jovens de 15 a 17 anos

De 2009 para 2011, a taxa de escolarização (percentual de estudantes de um grupo etário em relação ao total do grupo) das crianças entre 6 e 14 anos de idade aumentou em 0,6 ponto percentual, chegando a 98,2%. Já para os jovens entre 15 e 17 anos, o percentual caiu de 85,2% para 83,7% no mesmo período.

Rede pública atendia maior parte dos estudantes de nível fundamental e médio

Dos 53,8 milhões de estudantes estimados em 2011, 42,2 milhões (78,4%) eram atendidos pela rede pública. Até o ensino médio, a rede pública de ensino foi responsável pelo atendimento da maioria dos estudantes. No ensino superior (6,6 milhões de pessoas), a rede privada atendeu 73,2%. No Sudeste, a rede particular atendia 2,2 milhões de estudantes de nível superior, o que correspondia a 78,7% do total de estudantes desse nível.

Domicílios

Imóveis próprios representavam 74,8% dos domicílios, a maior parte deles quitados

Em 2011, o numero estimado de domicílios particulares permanentes foi de 61,3 milhões, 4,7% a mais que em 2009. Desse total, 45,8 milhões (74,8%) eram domicílios próprios. A média de moradores por domicílio caiu de 3,3 em 2009 para 3,2 em 2011. O número de domicílios unipessoais aumentou de 7,0 para 7,8 milhões no período.

Microcomputador, internet e celular no domicílio aumentaram

De 2009 para 2011, os bens duráveis com maior crescimento foram o microcomputador com acesso à internet (39,8%), microcomputador (29,7%) e telefone celular (26,6%). O único bem com redução foi o rádio (-0,6%).

Na população de 10 anos ou mais de idade, 69,1% tinham celular de uso pessoal. No Centro-Oeste, esse percentual chegou a 78,7%. O maior percentual de pessoas com celular estava no grupo etário de 25 a 29 anos (83,1%) e o menor no grupo de 10 a 14 anos (41,9%).

Em 2011, 77,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade declararam ter usado a internet no período de referência de três meses anteriores à data da entrevista, um aumento de 14,7% em relação a 2009. De 2009 para 2011, todas as regiões tiveram crescimento nesse percentual, sendo o maior (17,2%) no Centro-Oeste. Com exceção dos grupos acima de 40 anos de idade, todos tiveram percentuais acima de 50%, tendo o grupo de 15 a 17 anos alcançado 74,1% e o de 18 ou 19 anos, 71,8%. Apenas 18,4% das pessoas de 50 anos ou mais de idade usaram a internet no período pesquisado.

Esgoto sanitário cresceu 63,8% na região Norte

A rede coletora de esgotamento sanitário passou de 59,0%, em 2009, para 62,6%, em 2011, alcançando mais 3,8 milhões de domicílios. O destaque foi o aumento de 63,8% na região Norte (de 547 para 896 mil unidades).

Comunicação Social
21 de setembro de 2012

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2222&id_pagina=1

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