No dia 25 de outubro, os delegados sindicais do Banco do Brasil estiveram reunidos no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários para debater algumas questões após o encerramento da Campanha Nacional dos Bancários 2012. Entre os temas em discussão, o que teve maior destaque foi a pressão que o banco vem exercendo para que os funcionários que fizeram greve compensem integralmente as horas não trabalhadas.

Leia aqui a matéria publicada na Contraf-CUT.

Na última semana, o BB editou um Boletim Pessoal, assinado por Carlos Eduardo Leal Neri e Carlos Alberto Araújo Netto, com uma evidente ameaça aos funcionários que fizeram greve, dizendo que a recusa em repor integralmente as horas não trabalhadas será analisada “sob o aspecto disciplinar”. Para tentar intimidar os trabalhadores, o banco também criou um documento de “convocação” para a reposição das horas, e os administradores de várias unidades estão obrigando os funcionários a darem ciência.

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região esclarece que não há nenhuma possibilidade de penalização dos funcionários que tiverem saldo remanescente de horas não compensadas após dia 15 de dezembro, tendo em vista que a CCT 2012/2013 prevê a anistia destas horas após essa data. “Orientamos aos administradores que suspendam imediatamente a convocação por escrito para a reposição, considerada uma evidente ação de assédio moral contra os funcionários. Também orientamos os funcionários que não assinem documentos em suas dependências e que sigam a reposição das horas respeitando suas reais disponibilidades”, alerta André Machado, dirigente do Sindicato.

Em caso de ameaças, o Sindicato solicita que os bancários entrem em contato emergencialmente para fazer a denúncia, para que a entidade possa tomar a providências necessárias.
Por: Renata Ortega
SEEB Curitiba