fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 08:18 Sem categoria

Trabalhadores metalúrgicos de todo o país debaterão contrato coletivo nacional

CNM-CUT realiza a 1ª Conferência Nacional da Negociação Coletiva nos dias 6 e 7 de novembro

Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

A renda média dos trabalhadores na Hyundai, em Anápolis (GO), é de mil reais por mês. Já a fábrica da GM em Gravataí, na Grande Porto Alegre (RS), paga em média cerca de R$ 2,5 mil mensais, incluindo a PLR.

No ABC, onde as montadoras estão instaladas há mais tempo e os metalúrgicos tem uma experiência de luta muito maior, a companheirada conquistou salários médios de R$ 5,2 mil, também sem contar a PLR, nas quatro montadoras instaladas na região.

Em todas essas fábricas, esses trabalhadores exercem as mesmas funções. Por isso é injustificável tamanha diferença nos vencimentos.

Para acabar com essa defasagem entre os metalúrgicos em todo o País, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) realizará terça-feira, dia 6, e quarta, dia 7, em sua sede em São Bernardo, a 1ª Conferência Nacional da Negociação Coletiva.

Cerca de 180 sindicalistas de todos os sindicatos metalúrgicos do País filiados à CNM-CUT e das confederações cutistas dos ramos industriais (químicos, vestuário, alimentação e construção civil) e de outras centrais sindicais, se reunirão para construir uma pauta nacional articulada, cobrando das empresas e do governo a diminuição da desigualdade salarial nas regiões brasileiras.

“Será a primeira vez que uma pauta de negociação será construída por todos os presidentes de sindicatos filiados à confederação”, afirmou Paulo Cayres, o Paulão, presidente da CNM-CUT.

Segundo o dirigente, a ideia da Conferência é levar os ganhos das regiões onde a média salarial é maior para os lugares onde os companheiros recebem menos.

“A descentralização das empresas é importante para gerar empregos pelo País, mas não podemos permitir que isso crie uma subdivisão de empregos”, disse Paulão. “Os trabalhadores de um lugar não são inferiores aos outros”, completou.

Outros exemplos

Durante a conferência serão apresentadas as convenções coletivas que já existem no País, para se conheça a realidade de cada sindicato e região.

“Mais de duas mil convenções foram analisadas antes do evento a procura de pontos em comum, a fim de construir uma convenção nacional”, revelou o dirigente.

Serão mostrados exemplos da negociação do contrato coletivo nacional construída por outras categorias, como os bancários e petroleiros.

Ao final do evento será elaborado um documento conjunto, que será entregue ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

“Hoje nós vemos a economia do País crescer no mundo, mas ainda existe muita desigualdade econômica e social, por isso esse encontro é tão importante”, avalia Paulão.

“Após a Convenção, o papel de cada companheiro e companheira será tornar realidade esse contrato coletivo nacional”, finalizou o presidente da CNM-CUT.

Notícia colhida no sítio http://www.cut.org.br/acontece/22695/metalurgicos-de-todo-o-pais-debaterao-contrato-coletivo-nacional

======================================

Trabalhadores bancários têm contrato nacional desde 1992

Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários, uma conquista histórica, completa 20 anos

A vitoriosa Campanha Nacional de 2012, que pelo nono ano consecutivo conquistou aumento real de salário, melhorias na PLR e em outras cláusulas econômicas e sociais, celebra uma data histórica: os 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos Bancários.

Assinada pela primeira vez em 1992, a CCT garante aos bancários os mesmos salários e os mesmos direitos em todo o território nacional e em todos os bancos, públicos e privados.

“Essa é uma conquista histórica e única no Brasil, uma construção de muitas e muitas gerações de bancários. Fruto da ousadia, da coragem da categoria para a luta, da sua capacidade de organização e da busca permanente da unidade nacional, a Convenção Coletiva é hoje um paradigma para as demais categorias de trabalhadores do país”, comemora Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

“Assinar a convenção coletiva em 1992, embora naquele momento só para bancos privados e estaduais, foi de extrema importância para nossa luta e sobretudo para nossa unidade. Se antigamente havia os acordos coletivos por Estado, no momento em que conseguimos unificar a categoria numa única convenção, isso abriu um novo caminho para as conquistas futuras que tivemos nos últimos períodos”, conta Carlos Cordeiro.

Com essa unidade nacional e capacidade de mobilização, por exemplo, nos últimos nove anos os bancários conquistaram com paralisações massivas 16,22% de aumento salarial acima da inflação, além de ganho real de 35,57% no piso e melhorias sucessivas na PLR.

“Além das conquistas econômicas, obtivemos com unidade e luta importantes avanços nas cláusulas sobre saúde, condições de trabalho, combate ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades”, acrescenta o presidente da Contraf-CUT.

Leia aqui caderno especial da Contraf-CUT, em pdf, sobre os 20 anos da Convenção Coletiva dos bancários.

E veja abaixo as principais conquistas dos bancários nos últimos 20 anos:

1992 – Assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho, válida para todo o país.

1994 – Conquista do Vale-alimentação.

1995 – Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados.

1997 – Complementação salarial para afastados por doença ou acidentes e conquista da verba de requalificação profissional na demissão. Criada a comissão permanente de saúde.

1998 – Implementação do Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/DORT.

2000 – Inclusão na CCT da cláusula sobre Igualdade de Oportunidades.

2003 – Primeira campanha salarial unificada. Com greve, bancários dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados.

2004 – Conquista, com greve, de aumento real de 1,7% no salário e de 5,7% sobre o piso.

2005 – Após greve vitoriosa, o BB assina pela primeira vez a CCT da categoria. Bancários conquistam 0,9% de ganho real no salário. Empregados da Caixa conquistam equiparação do valor da cesta-alimentação da Fenaban.

2006 – Conquista do valor adicional de PLR e de 0,6% de aumento real.
– Pela primeira vez, a Caixa assina a Convenção Coletiva de Trabalho.
– Implantação de grupo de trabalho para debater assédio moral.

2007 – Conquista da 13ª cesta-alimentação e de 1,1% de ganho real.

2009 – Licença-maternidade de 180 dias.
– Aumento real de 1,5%.
– Mudança no modelo de cálculo e melhorias da PLR adicional.
– Inclusão dos parceiros de mesmo sexo nos Planos de Saúde.
– Avanços na igualdade de oportunidades. 1
– 15 mil contratações no BB e na Caixa.
– Programa de reabilitação profissional.
– Criação de mecanismos de combate ao assédio moral.

2010 – Inclusão na CCT, pela primeira vez, de cláusula com mecanismo de combate ao assédio moral. Ganho real de 3,1% no salário e de 11,6% no piso.

2011 – Aumento real de 1,5% no salário e de 4,3% no piso.
– Fim de divulgação de rankings individuais de produtividade.
– Avanços no combate ao assédio moral e no PCMSO.
– Aviso prévio proporcional.
– Cinco mil novas contratações na Caixa.
– Proibição do transporte de numerário por bancários.
– Avanço na igualdade de oportunidades.
– Vitória política sobre a “ameaça da inflação” com o aumento real de salário.

2012 – Ganho real de 2% no salário e de 2,95% no piso, no auxílio-refeição, na cesta-alimentação e na 13ª cesta-alimentação.
– Cláusula garantindo os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica.
– Implementação de projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos.
– Realizar novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades.

Fonte: Contraf-CUT

Notícia colhida no sítio http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=32280

Close