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Bancos públicos continuam ampliando participação nas operações de crédito

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A participação de bancos públicos no saldo das operações de crédito do sistema financeiro continuou a crescer em outubro, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (29).

Segundo o BC, em setembro essa participação era 46,1% e em outubro ficou em 46,7%. No caso das instituições privadas nacionais, a parcela caiu de 37,2%, em setembro, para 36,7%, em outubro. Os bancos privados estrangeiros reduziram levemente a participação de 16,7% para 16,6%.

Em 12 meses encerrados em outubro, a expansão do saldo das operações de crédito dos bancos públicos foi 28,4%, enquanto das instituições privadas nacionais foi 6,3% e das estrangeiras, 11,6%.

Na avaliação de Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, a maior concentração dos empréstimos em bancos públicos não gera risco, uma vez que essas instituições concentram operações com baixa inadimplência, como financiamento habitacional e crédito consignado em folha de pagamento. “São modalidades de crédito que favorecem o crescimento e que têm inadimplência baixa”, disse.

Em outubro, o estoque total de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,269 trilhões, com alta de 1,4% no mês e 16,6%, em 12 meses. Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) – o saldo das operações de crédito ficou em 51,9%, em outubro, ante 51,5% de setembro.

Edição: Davi Oliveira

Notícia colhida no sítio http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-29/bancos-publicos-continuam-ampliando-participacao-nas-operacoes-de-credito

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BC divulga Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do SFN à Imprensa

NOTA PARA A IMPRENSA – 29.11.2012

Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro

I – Evolução dos agregados monetários

A média dos saldos diários da base monetária situou-se em R$206 bilhões em outubro, após incrementos de 0,2% no mês e 11,1% em doze meses. A evolução mensal do agregado refletiu a elevação de 0,6% no papel-moeda emitido e a redução de 1,3% nas reservas bancárias.

Entre os fatores condicionantes da emissão monetária no mês, destacou-se a expansão de R$16,1 bilhões referente a depósitos de instituições financeiras, que resultou, principalmente, da redução da exigibilidade adicional sobre recursos à vista, de 6% para zero. Em sentido contrário, as operações do Tesouro Nacional foram contracionistas em R$6,1 bilhões e as operações com títulos públicos federais, que incluem a atuação do Banco Central no ajuste da liquidez do mercado monetário, em R$6,6 bilhões, com vendas líquidas de R$5,6 bilhões no mercado secundário e colocações líquidas de R$1 bilhão no mercado primário.

Os meios de pagamento restritos (M1) registraram saldo médio diário de R$275,8 bilhões em outubro, refletindo crescimentos de 0,5% no mês e 7,8% em doze meses. Nessas bases comparativas, o papel-moeda em poder do público avançou 0,8% e 14,2% e os depósitos à vista, 0,2% e 2,7%.

Os meios de pagamento no conceito M2, que corresponde ao M1 mais depósitos de poupança e títulos privados, aumentaram 0,1% em outubro, totalizando R$1,7 trilhão. Nesse período, a poupança registrou captação líquida de R$3,2 bilhões, elevando seu saldo para R$478,6 bilhões, 1% acima do observado em setembro. O saldo de títulos privados recuou 0,3%, somando R$950,5 bilhões, refletindo saídas líquidas de R$10,5 bilhões em depósitos a prazo.

O conceito M3, que compreende o M2, as quotas de fundos de renda fixa e os títulos públicos que lastreiam as operações compromissadas entre o público e o setor financeiro, cresceu 1,2% no mês, totalizando R$3,5 trilhões, ao refletir o crescimento de 2% no saldo das quotas de fundos de renda fixa, que atingiu R$1,6 trilhão. O M4, conceito que compreende o M3 e os títulos públicos de detentores não financeiros, avançou 1,4% no mês e 18% em doze meses, alcançando R$4 trilhões, após incremento mensal de 2,8% no saldo dos títulos federais.

II – Operações de crédito do sistema financeiro

O estoque total do crédito do sistema financeiro, computados os recursos livres e direcionados, situou-se em R$2.269 bilhões em outubro, com elevações de 1,4% no mês e 16,6% em doze meses, comparativamente a 1,2% e 15,9% em setembro, nas mesmas bases de comparação. Os empréstimos com recursos direcionados seguiram apresentando crescimento mais expressivo, com ênfase para a expansão dos créditos rurais e habitacionais. No segmento com recursos livres, a evolução permanece sendo determinada pela demanda das famílias, em cenário de retomada do nível de atividade no último trimestre, declínio das taxas de juros e estabilidade nos índices de inadimplência.

A relação empréstimos totais/PIB aumentou de 51,5% em setembro para 51,9% em outubro. A participação relativa dos bancos públicos no total do estoque de crédito alcançou 46,7%, ante 46,1% em setembro, enquanto as parcelas referentes às instituições privadas nacionais e estrangeiras reduziram-se, respectivamente, de 37,2% para 36,7%, e de 16,7% para 16,6%.

O crédito com recursos livres totalizou R$1.439 bilhões, após elevações de 1,1% no mês e 14,2% em doze meses, correspondendo a 63,4% do total de operações do sistema financeiro. O saldo referente a pessoas físicas cresceu 1% no mês, ao atingir R$711 bilhões, destacando-se o aumento das concessões de crédito pessoal, notadamente empréstimos consignados. No segmento corporativo, o estoque atingiu R$728 bilhões, com aumento mensal de 1,2%, resultante do crescimento de 1,3% nas operações com recursos domésticos e da retração de 0,3% nas referenciadas em moeda estrangeira.

O crédito direcionado alcançou R$830 bilhões em outubro, expandindo-se 1,9% no mês e 20,9% em doze meses. A variação mensal refletiu as elevações de 2,9% no crédito rural, de 2,7% no segmento habitacional e de 1,3% nos financiamentos com recursos do BNDES.

II.1 – Distribuição setorial do crédito

Os empréstimos ao setor privado, computadas as operações com recursos livres e direcionados, atingiram R$2.162 bilhões em outubro, com expansões de 1,4% no mês e 15,4% em doze meses. Os financiamentos à indústria cresceram 1,3% no mês, somando R$452 bilhões, com destaque para as atividades relacionadas a extração mineral e energia. Os créditos destinados a outros serviços, com ênfase para os relacionados a energia, transportes e telecomunicações, elevaram-se 1,4%, totalizando R$382 bilhões, enquanto as operações destinadas ao setor comercial cresceram 0,7%, alcançando R$219 bilhões, ressaltando-se operações para os setores de automóveis e supermercados.

O crédito habitacional, com recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), cresceu 2,7% no mês e 38,8% em doze meses, atingindo R$263 bilhões. O crédito ao setor rural, traduzindo maior demanda por custeio e investimento, registrou saldo de R$160 bilhões, após incremento de 2,5% no mês.

O crédito ao setor público atingiu saldo de R$107 bilhões em outubro, após acréscimo de 0,9% no mês, com a ampliação dos financiamentos voltados à infraestrutura urbana. Esse resultado refletiu expansões de 0,6% nos financiamentos ao governo federal, saldo de R$62 bilhões, e de 1,2% nos créditos para os governos estaduais e municipais, que somaram R$45 bilhões.

II.2 – Operações com recursos livres – Crédito referencial para taxas de juros

Nas operações com pessoas físicas, destacou-se a expansão mensal de 1,2% no crédito pessoal, que somou R$278 bilhões em outubro, impulsionado pelas concessões de empréstimos consignados, que aumentaram 26,4% na amostra de instituições pesquisadas pelo Banco Central. No total das operações a pessoas físicas do crédito referencial, as concessões médias diárias cresceram 1,6%, assinalando-se expansões de 11,4% nos financiamentos de veículos e de 8,9% no crédito pessoal.

Entre as modalidades destinadas a pessoas jurídicas, verificou-se aceleração dos empréstimos para capital de giro, cujo saldo atingiu R$357 bilhões, após crescimentos de 2,2% no mês e 19,4% em doze meses. As concessões médias diárias do crédito às empresas registraram redução de 2,6%.

A taxa média de juros das modalidades que compõem o crédito referencial atingiu novamente o menor nível desde o início da série histórica (junho de 2000), situando-se em 29,3% a.a., após reduções de 0,6 p.p. no mês e 10,2 p.p. em doze meses. As taxas das operações a pessoas físicas e jurídicas registraram reduções respectivas de 0,4 p.p. e 0,5 p.p., alcançando mínimas históricas de 35,4% a.a. e 22,1% a.a.

A inadimplência no âmbito do crédito referencial, consideradas as operações com atrasos superiores a noventa dias, manteve a tendência de estabilidade observada nos meses anteriores, permanecendo em 5,9%. O indicador apresentou alta de 0,1 p.p. nas operações com pessoas jurídicas, atingindo 4,1%, e manteve-se estável em 7,9% nos créditos a pessoas físicas. Os percentuais de atrasos de 15 a 90 dias cederam 0,1 p.p. tanto nos empréstimos às famílias quanto às empresas, situando-se em 6,2% e 2,2%, respectivamente.

Estatísticas complementares às divulgadas nesta nota podem ser obtidas na página do Banco Central, na internet:

* Economia e Finanças – Séries Temporais http://www.bcb.gov.br/?SERIESTEMP);

* Sistema Financeiro Nacional – Informações sobre operações bancárias – Taxas de operações de crédito – Dados Consolidados (mensal) (http://www.bcb.gov.br/?TXCREDMES).

Notícia colhida no sítio http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOM

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