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COOPERHAF já atendeu mais de 40 mil famílias da Região Sul

Ampliar recursos destinados ao subsídio e incluir novas tecnologias nos projetos são prioridades, afirma Liane Vitali, coordenadora da Cooperhaf

Escrito por: Leonardo Severo, de São Lourenço do Oeste-SC

Liane Vitali Kothe, presidente da Cooperhaf

Liane Vitali Kothe, presidente da Cooperhaf

Fruto da luta por moradia digna no campo e com mais de 40 mil famílias já atendidas, a Cooperativa de Habitação dos Agricultores Familiares da Região Sul (Cooperhaf) decidiu nesta sexta-feira, em São Lourenço do Oeste-SC, ampliar a articulação e a mobilização para alavancar os recursos destinados ao subsídio às construções de mais baixa renda.Reeleita em assembleia no IV Congresso da Agricultura Familiar para presidir o Conselho Administrativo da Cooperhaf pelos próximos três anos, Liane Vitali Kothe apontou a necessidade da “inclusão de novas tecnologias aos projetos, com aquecimento solar e aproveitamento da água da chuva, multiplicando o número de jardins, hortas e pomares, essenciais para o desenvolvimento sustentável”.

Liane lembrou que a cooperativa dialoga com o compromisso e a trajetória da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) de combater a desigualdade e a injustiça. “Entendemos que morar bem faz parte da dignidade humana e que obras como estas significam famílias felizes, geração de emprego e renda”. Com esse objetivo, destacou, foram realizados no último período 57 encontros municipais de habitação para os agricultores familiares, que reuniram mais de duas mil pessoas.

Atualmente encontra-se em andamento a construção de 7.025 unidades habitacionais nos três estados do Sul, 39% em Santa Catarina, 34% no Rio Grande do Sul e 27% no Paraná, com crescimento a cada ano: 1.102 em 2010, 1.732 em 2011, 2.895 em 2012, alcançando 1.296 nos três primeiros meses de 2013. “O desafio é fortalecer o trabalho de sensibilização das famílias para um processo organizativo no campo da produção e avançar na construção de habitações rurais e urbanas. Com experiência e ousadia lutamos para que essa seja uma política pública permanente”, declarou.

A dirigente da Cooperhaf lembrou aos cerca de 800 delegados e delegadas presentes à assembleia da mobilização para a implantação do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), de como foram trancadas agências da Caixa Econômica Federal (CEF) e realizadas manifestações para assegurar essa conquista. Foi a pressão e o calor da luta, enfatizou, que garantiu a evolução dos subsídios para a construção de casas novas aos agricultores familiares de menor renda, “o nosso público”, que saltou de R$ 12.000 em 2010 para R$ 28.500 em 2013.

Os principais obstáculos para avanços mais expressivos, declarou Liane, são o próprio mercado imobiliário “que põe o preço, imposto com qualidade ou sem qualidade”, as regras cartoriais, o licenciamento ambiental e as agências estaduais de água e saneamento.

O aprimoramento da experiência do “Caprichando a Morada” – de formação e organização – rendeu à Cooperhaf reconhecimento nacional e internacional, com delegações da cooperativa tendo viajado recentemente ao Uruguai e à Venezuela para socializar seus conhecimentos.

A assembleia também elegeu os conselhos Administrativo e Fiscal, e as coordenações estaduais da Cooperhaf.

Notícia colhida no sítio http://www.cut.org.br/acontece/23046/cooperativa-de-habitacao-dos-agricultores-familiares-da-regiao-sul-ja-atendeu-mais-de-40-mil-familias

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