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Dengue recua, mas prevenção deve ser mantida

A redução ocorreu em todas as regiões neste mês de abril. Apesar da queda, o Ministério da Saúde alerta que o combate à dengue deve ter ações permanentes durante o ano inteiro

Nas três primeiras semanas de abril, os casos de dengue começaram a diminuir em todas as regiões do país em comparação com o mesmo período do mês de março.  Neste ano, o  pico da transmissão da dengue ocorreu na primeira semana de março, quando foram registrados 84.122 casos da doença. A partir deste período, houve uma redução progressiva da doença, com o registro de 35.351 casos na segunda semana de abril, o que representa uma redução de 58%. Essa tendência é observada em todas as regiões que tiveram transmissão intensa da dengue durante o ano. No Centro-Oeste, que tem a sazonalidade antecipada, o pico da transmissão ocorreu antes, na última semana de  janeiro. Os dados constam no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, atualizado até o dia 20 de abril.

“Neste ano tivemos uma intensa transmissão da dengue, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste. Em todo o país, foi registrado um aumento aumento de 189% em relação ao ano passado”, explica o Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.  Ele ressalta que  as causas deste aumento são diversas, desde a circulação de um novo subtipo do vírus – o DENV 4 – como a paralisação das ações de combate ao mosquito depois das eleições, em alguns municípios. “Estas condições favoreceram uma forte transmissão da dengue desde o final de 2012”, observou.

Apesar da tendência de queda em todo o país, o Ministério da Saúde alerta que o combate à dengue deve ter ações permanentes em todos os municípios. “Não podemos relaxar no combate ao mosquito. A prevenção precisa ser mantida durante todo o ano” , recomendou o secretário.  Segundo ele, é importante que a população continue verificando o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso  que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.

Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo. É fundamental não tomar remédio por conta própria – pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico – devendo ainda estar alerta para sinais de agravamento, como vômitos e dores abdominais.

UF Março Abril % Variação
SE 10 SE11 SE 12 Total SE 14 SE 15 SE 16 Total
Norte 3.209 3.098 2.880 9.187 2.057 1.576 978 4.611 -50
RO 619 617 633 1.869 350 341 306 997 -47
AC 241 253 292 786 198 93 3 294 -63
AM 1.074 1.003 931 3.008 542 228 14 784 -74
RR 36 47 46 129 46 38 8 92 -29
PA 505 427 269 1.201 213 144 44 401 -67
AP 40 39 28 107 1 1 -99
TO 694 712 681 2.087 707 732 603 2.042 -2
Nordeste 5.678 4.987 3.827 14.492 2.847 2.347 784 5.978 -59
MA 141 89 73 303 85 72 35 192 -37
PI 142 135 175 452 159 115 48 322 -29
CE 784 693 612 2.089 910 876 383 2.169 4
RN 191 121 61 373 10 10 -97
PB 225 276 261 762 299 452 751 -1
PE 149 176 181 506 161 190 115 466 -8
AL 172 177 224 573 195 142 337 -41
SE 22 12 24 58 43 50 13 106 83
BA 3.852 3.308 2.216 9.376 985 450 190 1.625 -83
Sudeste 51.513 52.753 39.604 143.870 24.060 17.082 7.630 48.772 -66
MG 22.794 27.253 27.612 77.659 16.422 11.181 4.471 32.074 -59
ES 4.294 4.600 4.040 12.934 3.741 3.479 2.660 9.880 -24
RJ 8.439 6.219 4.084 18.742 3.879 2.404 487 6.770 -64
SP 15.986 14.681 3.868 34.535 18 18 12 48 -100
Sul 5.900 6.695 6.952 19.547 6.845 5.841 2.150 14.836 -24
PR 5.825 6.617 6.870 19.312 6.729 5.746 2.083 14.558 -25
SC 23 21 30 74 15 5 20 -73
RS 52 57 52 161 101 90 67 258 60
Centro­Oeste 17.822 16.332 15.006 49.160 10.834 8.505 2.500 21.839 -56
MS 5.794 5.068 4.503 15.365 3.242 2.700 2.132 8.074 -47
MT 1.833 1.747 1.344 4.924 678 552 253 1.483 -70
GO 9.776 8.975 8.539 27.290 6.193 4.598 10.791 -60
DF 419 542 620 1.581 721 655 115 1.491 -6
Total 84.122 83.865 68.269 236.256 46.643 35.351 14.042 96.036 -59

Por Kattiúscia Alves, da Agência Saúde/MS
(61) 3315-3580/6266/6258/2577

Notícia colhida no sítio http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/10535/162/dengue-recua-mas-prevencao-deve-ser-mantida.html

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Estudo revela comportamento da dengue no Paraná

A Secretaria da Saúde apresentou nesta terça-feira (30) um estudo preliminar sobre o comportamento da dengue no Paraná entre os meses de novembro/2012 e abril/2013, considerados mais críticos em relação à doença. Segundo o estudo apresentado na reunião mensal do comitê gestor intersetorial para o controle da dengue, 70% do total de casos foram registrados nos meses de fevereiro e março de 2013.

Para o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, isso mostra que a mudança das administrações municipais, aliada ao clima propício para o desenvolvimento do mosquito transmissor, contribuiu para que diversos municípios entrassem em situação de epidemia neste ano.

“Este foi um ano atípico. Com as eleições, muitos municípios desestruturaram a retaguarda de combate à dengue e, inclusive demitiram as equipes que eram responsáveis pelo trabalho preventivo da doença. Com isso, os novos prefeitos iniciavam suas gestões já em condições pré-epidêmicas”, afirmou o superintendente.

Neste ano, 98 municípios atingiram incidência superior a 300 casos por 100 mil habitantes, o que os colocou em situação de epidemia de dengue. Outra diferença no comportamento da doença foi o período quando o número de casos começou a aumentar. Em 2013 isto ocorreu já no início de janeiro, pelo menos três semanas antes ao comparado com os dois anos anteriores.

Para Sezifredo, o dado revela a importância de todos manterem a preocupação com a dengue durante todo o ano. “O período mais crítico da doença é durante o verão, mas observamos que isso vem se antecipando cada vez mais. Para o mosquito não importa a estação do ano, basta um dia quente para ele começar a se desenvolver”, explicou.

NÚMEROS – Durante a reunião desta terça (30) também foram divulgados os números atualizados da dengue no Estado. Neste mês, muitos casos de semanas anteriores estão sendo confirmados, pois não havia tempo hábil para os municípios investigarem e confirmarem laboratorialmente as notificações.

Desde agosto de 2012 até agora já são 31.916 casos da doença, sendo que 142 evoluíram para a forma grave – dengue hemorrágica ou dengue com complicações.

Destes casos graves, 77 são de Foz do Iguaçu, contudo não houve nenhuma morte pela doença no município. Nesta semana, a cidade de Foz também atingiu incidência epidêmica, com a confirmação de 895 casos. Somente em 2013, o Paraná contabiliza 13 mortes por dengue.

SITUAÇÃO – O novo boletim da dengue mostra ainda que mais sete municípios saíram de situação de epidemia, pois tiveram uma queda significativa no número de casos nos últimos meses. Até agora já são 22 cidades que conseguiram conter a epidemia.

Um dos fatores que influenciaram nesta queda é o repasse de cerca de R$ 6,2 milhões para reforçar o combate à dengue em 86 municípios que concentravam o maior número de casos da doença. Os recursos são do VigiaSUS, programa do Governo do Estado que prevê investir neste ano R$ 47 milhões para fortalecer as ações de vigilância em saúde nos 399 municípios paranaenses. Este é o maior valor da história já destinado à área.

Apesar da tendência de queda nos casos de dengue, além de Foz, outros 19 municípios atingiram incidência epidêmica nesta semana. 15 dessas cidades têm menos de 20 mil habitantes e por isso alcançam incidência epidêmica mesmo com poucos casos. Esta é a situação de Santa Inês, na região Norte, que entrou em epidemia com apenas 12 casos confirmados.

Notícia colhida no sítio http://www.sesa.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=2964&tit=Estudo-revela-comportamento-da-dengue-no-Parana

 

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