fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 10:28 Sem categoria

Conecef aprova pauta específica e exige melhores condições de trabalho

Crédito: Augusto Coelho – Fenae Augusto Coelho - FenaeAprovadas reivindicações para Campanha 2013 e negociações permanentes
Após três dias de debates, o 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) foi encerrado neste domingo, dia 19, no Hotel Holiday Inn, em São Paulo, com a aprovação da pauta das reivindicações específicas que será defendida durante a Campanha Nacional 2013 e as negociações permanentes com a empresa.
Cinco grandes eixos foram apontados: condições de trabalho – 6 horas já para todos, mais contratações, melhorias na logística e fim do assédio moral; isonomia – ATS e licença prêmio para todos, fim da discriminação do REG/Replan não saldado, ticket na aposentadoria; valorização do piso; Saúde Caixa e recuperação do poder de compra dos salários.
O Congresso deste ano teve como lema “Sou da Caixa, faço um Brasil melhor – Sobra trabalho, faltam estrutura e reconhecimento” e contou com a participação de 337 delegados, sendo 217 homens e 120 mulheres. A precariedade das condições de trabalho na Caixa foi o principal tema em discussão.
A crescente elevação do volume de trabalho face à forte carência de pessoal, a prática rotineira de horas extras sem registro correto e pagamento correspondente e a cobrança por metas desmedidas figuraram entre os fatores críticos apontados nos debates.
Já na plenária de abertura do Congresso, na sexta-feira, dia 17, a melhoria das condições de trabalho foi apontada pelo presidente da Fenae, Pedro Eugênio Leite, como questão prioritária na campanha salarial deste ano.
Essa demanda foi reforçada por Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, entidade que organizou o evento com o apoio da Fenae. O dirigente sindical, que também coordena o Comando Nacional dos Bancários, pontuou ainda como desafio para os empregados da Caixa discutir o papel da empresa como banco público, o que implica em combater a precarização e a terceirização trazidas pelos correspondentes bancários e imobiliários.
A conjuntura nacional também foi debatida durante o Conecef. Em palestra proferida, na plenária inicial, Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou a luta por avanços na distribuição da renda como questão central para o movimento dos trabalhadores brasileiros.
Reuniões em grupo no segundo dia
No segundo dia do Congresso, os delegados e as delegadas fizeram os debates em grupos sobre os temas Saúde do Trabalhador, condições de trabalho e Saúde Caixa (1); Funcef/aposentados (2); Segurança bancária , carreira e condições de funcionamento das agências (3); e Papel social da Caixa, contratação, isonomia, Sipon e jornada de trabalho (4). O temo organização do movimento foi abordado em todos os grupos

.
Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e vice-presidente da Fenae, a ênfase dada pelo congresso à difícil realidade do trabalho nas agências, resultando em deliberações que fortalecem a pressão sobre a empresa por soluções tempestivas e adequadas, mostra que o principal objetivo do 29º Conecef foi alcançado com louvor.
“Saímos desse Congresso com uma pauta de reivindicações sintonizada com as expectativas dos trabalhadores, com aperfeiçoamentos na nossa estratégia de organização e de mobilização e com a nossa unidade fortalecida”, ressaltou Jair.
Confira as principais resoluções do 29º Conecef:
Saúde do trabalhador, condições de trabalho e Saúde Caixa
-Combate ao assédio moral -Medição e adequação obrigatória dos índices de ruído, luminosidade e temperatura no ambiente de trabalho, pelo menos a cada seis meses; -Realização do PCMSO e PRO no município de moradia do empregado; – Cobertura pelo Saúde Caixa de fisioterapia, RPG, acupuntura e psicoterapia, sem limite de sessões e sem exigência de autorização da auditoria ou da Gipes; -Eliminação da carência de 15 dias entre um atendimento e outro quando se tratar de pronto-socorro, entre outras. – Pagamento de Adicional de Periculosidade aos empregados que trabalhem em locais considerados áreas de risco de assaltos e seqüestros;
Funcef e Aposentados
– Fim do voto de minerva nas instancias da Funcef; -Reconhecimento, por parte da Caixa, do CTVA como verba salarial para fins de aporte à Funcef, aos que permaneceram no REG/Replan não saldado, bem como aos que saldaram; – Apoio aos projetos de lei complementar 140/2007, de autoria do deputado federal Eudes Xavier, 588/2010 e 161/2012 e 236/2012, de autoria do deputado federal Ricardo Berzoini, que alteram disposições das leis complementares 108 e 109/2001; – Manutenção do Fundo para Revisão de Benefícios, art. 115 do regulamento do REG/Replan saldado e art. 91 do Novo Plano, como instrumento permanente da política de aumentos reais para os benefícios; – Fim da discriminação e direito do pessoal do REG/Replan migrar para o PCS 2008 e PFG 2010; -Recuperação e utilização do superávit para melhorar os benefícios REG/Replan a exemplo do saldamento.
Segurança Bancária, carreira e condições de funcionamento das agências e Representação dos Trabalhadores
– Revogacão imediata das restricões impostas como pré-requisitos para a candidatura de empregados/as ao cargo de representante eleito pelos empregados/as no Conselho de Administração da Caixa, permitindo que qualquer empregado possa concorrer, independentemente de ter ou não ocupado função gratificada; – Elevação do valor da indenização por assalto/sinistro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Dieese; – Retomada da implantação do modelo “Agência Segura”; – Abertura de agências somente com o total cumprimento do plano de segurança homologado pela Polícia Federal; – Criação da função gratificada de assistente no atendimento social; – Valorização da função de avaliador de penhor com revisão do piso de mercado; – Realização de atendimento expresso obrigatoriamente por empregado com função de caixa; -Abertura de novas unidades somente com a estrutura física, de segurança e ergonomia necessárias ao atendimento adequado à população. – Aperfeiçoamento do modelo do PFG, incluindo progressão horizontal em cada cargo/função, por tempo de exercício;
Papel social da Caixa, contratação, isonomia, Sipon e jornada de trabalho
– Jornada de seis horas para todos – Fim das horas-extras sistemáticas; -Extinção do registro de horas negativas do Sipon e do bloqueio de acesso motivado por falta de homologação do gestor ou decorrente de hora-extra não acordada; – Isonomia: extensão do ATS e licença prêmio para todos os empregados admitidos a partir de 1998; – Revisão da Estrutura Salarial Unificada (ESU) e do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira administrativa, com valorização salarial; -Fim da responsabilizacão do empregado no caso de irregularidades no registro do Sipon.
Fonte: Contraf-CUT com Fenae

=================================================================

29º Conecef aprova parte das reivindicações. Votação segue neste domingo

  Crédito: Augusto Coelho – Fenae Augusto Coelho - FenaeDelegados e delegadas votam pauta específica no congresso
O 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) iniciou neste sábado 18 o processo de definição da pauta de reivindicações específicas a ser encaminhada à empresa. Foram aprovados itens discutidos em três dos quatro grupos: Saúde do trabalhador, condições de trabalho e Saúde Caixa (1); Segurança bancária, carreira e condições de funcionamento das agências (3); e Papel social da Caixa, contratação, isonomia, Sipon e jornada de trabalho (4). O relatório do grupo 2, que trata de Funcef e aposentados, será submetido à apreciação da plenária do Congresso na manhã deste domingo. As propostas relacionadas ao tema organização do movimento, discutidas em todos os grupos,  também serão votadas em plenário.
Saúde e condições de trabalho
Entre as reivindicações aprovadas constam medição e adequação obrigatória dos índices de ruído, luminosidade e temperatura no ambiente de trabalho, pelo menos a cada seis meses; realização do PCMSO e PRO no município de moradia do empregado; cobertura pelo Saúde Caixa de fisioterapia, RPG, acupuntura e psicoterapia, sem limite de sessões e sem exigência de autorização da auditoria ou da Gipes; e eliminação da carência de 15 dias entre um atendimento e outro quando se tratar de pronto-socorro, entre outras.
Segurança bancária
Sobre segurança bancária, carreira e condições de funcionamento das agências, os delegados aprovaram para a pauta de reivindicações itens como elevação do valor da indenização por assalto/sinistro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Dieese; retomada da implantação do modelo “Agência Segura”;  criação da função gratificada de assistente no atendimento social;  valorização da função de avaliador de penhor com revisão do piso de mercado;  realização de atendimento expresso obrigatoriamente por empregado com função de caixa; e abertura de novas unidades somente com a estrutura física, de segurança e ergonomia necessárias o atendimento adequado à população.
Papel social da Caixa
Já os debates sobre papel social da Caixa, contratação, isonomia, Sipon e jornada de trabalho resultaram em reivindicações como fim do Areg, que permite a alteração de registros do Sipon, e revisão da Estrutura Salarial Unificada (SEU) e do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira administrativa, com valorização salarial.
Na avaliação de Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), a agilidade no cumprimento do calendário do Conecef demonstra maior grau de convicção dos delegados quanto ao que almejam os bancários em seus locais de trabalho. “Isso significa amadurecimento e qualificação das discussões”, ressaltou.
O 29º Conecef conta com a participação de 337 delegados, sendo 217 homens e 120 mulheres.
(Evando Peixoto, da Fenae)
Fonte: Contraf-CUT com Fenae======================================================================

============================================

29º Conecef começa em São Paulo com chamado à mobilização e à unidade

  Crédito: Augusto Coelho Augusto CoelhoPresidente da Contraf-CUT fala na mesa de abertura do congresso
A melhoria das condições de trabalho e a unidade na mobilização dos empregados da Caixa Econômica Federal deram a tônica dos pronunciamentos na abertura do 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizada nesta sexta-feira, 17 de maio, no Hotel Holiday Inn, em São Paulo. O encontro, que vai até domingo (19), definirá as reivindicações específicas que serão apresentadas à direção do banco na Campanha Nacional 2013 e nas negociações permanentes.
“Não existe unidade sem mobilização e não existe mobilização sem unidade”, definiu Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, entidade que está organizando o Conecef, com apoio da Fenae. Ele lembrou os desafios dos empregados da Caixa no próximo período, entre eles melhorar as condições de trabalho e discutir o papel da Caixa como banco público, o que implica combater a precarização e a terceirização trazidas pelos correspondentes bancários e imobiliários.
“Temos dois debates gravíssimos a fazer: impedir a aprovação do projeto de lei do deputado Sandro Mabel que tramita no Congresso Nacional, que se aprovado permitirá aos bancos terceirizar até as atividades-fim, e a parceria dos bancos com as empresas telefônicas”, advertiu Cordeiro, lembrando que a Caixa está fazendo parceria com a TIM.
O presidente da Contraf-CUT defendeu a necessidade de os trabalhadores lutarem pelo emprego decente. “O Brasil tem gerado emprego, mas ainda de modo precário”, disse, acrescentando que os bancos estão atrás da eficiência cortando custos e precarizando o trabalho.
Para Cordeiro, a Caixa não pode se transformar em uma instituição que visa apenas o lucro. “Os bancos públicos devem contribuir com a distribuição de renda, não adianta conquistarmos crescimento com renda concentrada.”
Mais emprego e melhores condições de trabalho
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, é importante debater durante o Conecef o que os empregados da Caixa estão vivendo no seu dia a dia, e a busca por melhores condições de trabalho e valorização dos trabalhadores.
O presidente da Fenae, Pedro Eugenio Leite, disse que a entidade se orgulha de estar presente desde o primeiro congresso realizado pelos empregados da Caixa, ressaltando a parceria que vem mantendo com a Contraf-CUT com vistas à organização dos trabalhadores.
Pedro Eugenio lembrou que a Caixa é o banco que hoje mais contrata empregados. No entanto, as contratações não têm acompanhado o processo de expansão da rede do banco, gerando sobrecarga de trabalho e ampliação da jornada. “A melhoria das condições de trabalho deve ser a questão central da campanha salarial de 2013”, enfatizou.
Para o representante da Fenacef, Olívio Gomes, a realização do Conecef marca o início da campanha salarial. “É a continuação da luta permanente com a Caixa”, ressaltou.
O diretor de Benefícios da Funcef, José Carlos Alonso, ressaltou que o movimento dos empregados tem conseguido conquistas importantes em mais de duas décadas de lutas, mas ainda há problemas a serem superados e que refletem na fundação. Ele citou o processo de incorporação do REB ao Novo Plano, que continua parado, apesar da pressão feita pelos trabalhadores para que a cisão ocorra, além do contencioso jurídico. “Precisamos sair daqui com resoluções para que se avance na luta e conquistas da categoria”.
O 29º Conecef continua neste sábado 18 com reuniões em quatro grupos, que debaterão os temas saúde do trabalhador e condições de trabalho, Funcef/aposentados, segurança bancária e papel social da Caixa. Um quinto tema, organização do movimento, será discutido por todos os grupos.
(Andréa Viegas, da Fenae, e Alessandra Mota, da Contraf-CUT).
Fonte: Contraf-CUT com Fenae

===================================================================

Especialista aponta no 29º Conecef o descaso com a saúde do trabalhador

  Crédito: Augusto Coelho Augusto CoelhoCristiane faz palestra no grupo que discutiu saúde e condições de trabalho
Saúde do trabalhador e condições de trabalho foi tema da palestra de Cristiane Queiroz, mestre em engenharia e gestão de segurança pela Escola Politécnica da USP e pesquisadora da Fundacentro, do Ministério do Trabalho e Emprego, que participou do painel Saúde Caixa, realizado neste sábado (18), durante o 29º Conecef, em São Paulo.
Acúmulo de tarefas, a intensificação da produtividade motivada por novas tecnologias, sobrecarga na jornada de trabalho, doenças e a visão da medicina do trabalho foram os principais pontos abordados pela especialista.
Cristiane alertou que os atuais problemas sofridos pelos trabalhadores têm ligação com a cultura da escala produtiva implantada em 1883, desafio a ser superado pelo setor financeiro.
A palestrante apontou que no início do século 20 a teoria de Taylorismo (1903-1911) já previa controle da produtividade individual por meio de incentivos salariais. “Acreditava-se que a baixa produtividade era tendência de desinteresse do trabalhador e atribuía os acidentes à negligência do trabalhador. As empresas não cultivavam o conceito de que cada trabalhador tem suas peculiaridades no modo de produção”, enfatiza.
A pesquisadora mostrou que, com a Revolução Industrial, a organização e divisão de trabalho que burgueses, comerciantes, financistas e industriais aplicavam por meio da produção em larga escala intensificavam o processo de sobrecarga de trabalho. “Os novos processos industriais que se propagaram até a Segunda Guerra Mundial geraram riscos a partir disto e o regime de terceirização começa a ser adotado”, relata.
A especialista ressalta que os médicos não admitiam que, de acordo com a função exercida e as condições precárias de trabalho, determinadas doenças se manifestavam. “Hoje, com a medicina ocupacional existe o conceito de construção com alinhamento de interesses”, destaca.
Ao final, ela apontou um avanço importante para proteger a saúde no trabalho, que é a portaria nº 1.823/2012, editada pelo Ministério da Saúde, que institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
(Alessandra Mota, da Contraf-CUT)

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

 

Close