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Não podemos ter preconceito com médicos estrangeiros, diz Lula

Em Brasília, ex-presidente ressaltou urgência de médicos nas periferias das grandes cidades e ainda defendeu conversa com médicos e sindicatos
por Redação RBA publicado 24/07/2013 10:51, última modificação 24/07/2013 12:04
Valter Campanato/ABr
LulaLula defende o Programa Mais Médicos,do governo federal, que visa a levar profissionais para regiões pobres do país

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (23), durante o Festival da Mulher Afro Latinoamericana e Caribenha, no Museu Nacional, em Brasília, que a falta de médicos no país afeta principalmente as periferias das grandes cidades, e que as populações residentes nessas localidades não podem esperar a formação de novos médicos. Lula ressaltou também que o país não deve ter “preconceitos” com médicos estrangeiros.

“Nós sabemos que é preciso melhorar muito a saúde no Brasil, todo mundo aqui sabe. Quem vai nos melhores hospitais não sofre com a falta de médicos, mas quem mora na periferia de Brasília ou de São Paulo sabe que falta, então, em vez de ficar discutindo, temos de encontrar uma solução, e uma das soluções é, enquanto a gente não tem os nossos totalmente, a gente importar.”

Lula também afirmou que é necessário encontrar uma solução para os problemas da saúde pública por meio de diálogos com entidades médicas e sindicatos. “Teremos de encontrar solução conversando com os médicos, com os sindicatos, com todo mundo. Porque o que está em jogo é a constatação de que algumas especialidades estão faltando nesse país. Queremos fazer com que a gente preencha esse vácuo.”

Assista aqui a reportagem da TVT sobre o discurso de Lula, para tanto, acesse o endereço eletrônico http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=t3kAg-Ix5do

Notícia colhida no sítio http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2013/07/nao-podemos-ter-preconceito-com-medicos-estrangeiros-diz-lula-9626.html

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Lula: ‘Elite tem mais preconceito contra Dilma do que contra mim’

Em conferência em Brasília nesta terça-feira (23), ex-presidente enaltece a “política” como única solução possível para a democracia, defende a agenda proposta pela presidenta Dilma e acusa a elite de exacerbar contra ela o preconceito histórico contra a mulher trabalhadora.

Rosa Lux

Brasília – Desde que as manifestações de junho recolocaram as políticas públicas para a juventude no centro da agenda do país, cada político tem se virado como pode para tentar traduzir a voz das ruas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, foi à TV Globo defender a liberalização da maconha. O também ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tem optado por debater política cara a cara com os jovens, como ocorreu nesta terça (23), durante o Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino-americana e Caribenha, em Brasília (DF).

Ovacionado por uma plateia de cerca de 2 mil jovens, Lula defendeu a política como o único caminho possível para a democracia. “Eu nasci fazendo manifestações. Não me peçam para condená-las. Mas eu me preocupo quando essas manifestações começam a negar a política, porque a negação da política é a ditadura. Fora da política não há solução”, afirmou o ex-presidente, reforçando o conselho dado na semana passada aos estudantes da Universidade Federal do ABC, em Santo André (SP).

Convidado para debater as desigualdades de gênero e de raça, Lula falou sobre as conquistas das mulheres negras, latino-americanas e africanas nos últimos dez anos. Ressaltou o significado de se ter, hoje, três presidentas latino-americanas e duas africanas, além da presidenta da União Africana. Ele também associou o propósito do festival – que debate a realidade das mulheres latino-americanas, africanas e caribenhas – à política externa que iniciou no seu mandato, protagonizando a criação de organismos multilaterais com países pobres e emergentes.

Falou com especial carinho do incremento das relações bilaterais com países africanos. “Não foi por acaso que estive 33 vezes à África como presidente e outras 12 após o fim do meu mandato. (…) O Brasil tem uma dívida imensurável com aquele continente”, justificou. E, com orgulho, sobre a criação da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos). “Pela primeira vez em 500 anos de história, todos os países da América Latina e Caribe se reuniram sem a presença dos Estados Unidos e do Canadá. A gente já tem idade para andar sozinho, para se reunir sem essa gente que agora fica ouvindo o que falamos no celular”, brincou.

Em relação ao Brasil, destacou a elevação da renda dos mais pobres em 66% nos últimos dez anos. “Alteramos a lógica que considerava os pobres um problema estatístico. Eles se transformaram na solução”. Destacou que, segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), a renda média da população negra cresceu 45% no período, enquanto a da branca cresceu 21%. Como principais conquistas dessa população, elencou a edição da Lei Maria da Penha, o reconhecimento das terras quilombolas e o Estatuto da Igualdade Racial.

Preconceito
O ex-presidente, em contrapartida, foi bastante enfático ao afirmar que “ainda há um longo percurso pela frente”, quando o assunto é desigualdade de raça ou de gênero. Como exemplo, citou o que classifica como “forma desrespeitosa com que a elite vem tratando a presidenta Dilma”. “Eles estão com um preconceito com a Dilma maior do que tinham contra mim. Será por que ela é mulher? Será que eles têm esse mesmo preconceito com a mãe deles, com a mulher deles?”, provocou, arrancando mais aplausos da plateia de maioria feminina e negra.

Lula reafirmou que o governo Dilma é a continuidade do seu projeto popular e democrático, e defendeu a agenda proposta pela presidenta após o início das manifestações: reforma política, plebiscito e, com muita ênfase, a contratação de médicos estrangeiros. “Todo mundo sabe que é preciso melhorar a saúde no Brasil. E que, para diminuir os impostos dos ricos, a oposição tirou os R$ 350 bilhões que iriam para a saúde nos últimos dez anos, via CPMF. Mas o plano de saúde dos ricos é descontado no imposto de renda. Então, quem paga é o Brasil. E se nós pagamos a saúde dos ricos, temos que pelo menos melhorar a dos pobres”, provocou.

Ele também criticou a proposta de reforma ministerial apresentada pelo principal partido aliado do PT no governo, o PMDB, que propõe o corte de 14 das 39 pastas. “Fiquem espertos porque ninguém vai querer acabar com o Ministério da Fazenda, com o Ministério da Defesa. Vão tentar mexer é no Ministério da Igualdade Racial, no das Mulheres, no dos Direitos Humanos”, advertiu.

Críticas à imprensa
O ex-presidente não prescindiu do seu velho hábito de criticar a imprensa convencional, embora não tenha se pronunciado especificamente sobre uma das mais recorrentes pautas da ruas: a democratização da mídia. Contou histórias de quando lançava projetos estratégicos para o país e, no dia seguinte, era ridicularizado pelos jornais. E observou que a mesma postura é usada contra a Dilma. “Eu vi o papa beijar a nossa Dilma nas duas bochechas e não vi isso em jornal nenhum. A gente não tem que ficar com raiva porque Deus estava vendo”.

Também partiu para o constrangimento. Ressaltou que, de 1999 a 2009, o tempo médio de educação da mulher negra saltou de 5,6 para 7,8 anos, enquanto o da branca ainda era de 9,7 anos. “Quantas mulheres negras nós temos aqui fazendo esta cobertura? Espero que, daqui a alguns anos, o Prouni [o Programa Universidade para Todos, que financia bolsas de estudo para os mais pobres] possa mudar isso”, arrematou, dirigindo os olhos da plateia pra a tribuna de imprensa, majoritariamente branca.

Festival Latinidades
Na 6ª edição, o Festival Latinidades 2013 promove capacitação, afro-empreendedorismo, economia criativa e comunicação, no sentido de discutir e propor políticas públicas para mulheres negras, por meio de painéis, debates e mesas redondas. E oferece, ainda, ampla programação artística com shows, oficinas, exposições e lançamentos literários. Tal como o restante do evento, a conferência do ex-presidente Lula foi gratuita e aberta a qualquer interessado.

Notícia colhida no sítio http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22404

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Documentário discute feminismo e discriminação racial

Por que o Dia da Mulher Negra, criado em 1992 e celebrado nesta quinta-feira (25), ainda é tão desconhecido?

por Xandra Stefanel, especial para RBA publicado 24/07/2013 10:41
Divulgação
TrilhaA cantora Izalú faz a trilha sonora do documentário e fará um pocket show no lançamento, nesta quinta (25)

“Imagine uma menina negra chegar para você e falar: ‘Tia, eu não me considero negra’. ” A frase é uma das refelexões que faz o documentário Feminismo Negro Contado em Primeira Pessoa, que será lançado nesta quinta-feira (25), Dia da Mulher Afro-Latina-Americana. “A data 25 de julho é recente, de 1992, e por conta disso e da problemática do racismo e do machismo, pouco que se conhece sobre ela. Tanto é que de todas mulheres que entrevistei quase nenhuma conhecia a data. O filme vem com o propósito de divulgar o que há por trás desse dia”, afirma o diretor Avelino Regicida. Em pouco mais de uma hora, o filme apresenta entrevistas com 12 mulheres negras de São Paulo.

Uma das entrevistadas, a historiadora e professora Gisele dos Anjos Santos, de Ferraz de Vasconcelos, apresenta uma pesquisa sobre a mulher negra dentro da Revolução Cubana. “Não importa a esfera onde esteja ou a situação social, o machismo não é discutido em quase nenhuma área, nem mesmo nos movimentos raciais”, completa Regicida, que promoveu em 2010 e 2011 o evento Feminina Resistência, no distrito de Brasilândia, zona norte de São Paulo.

“Este seria um evento anual e no ano seguinte, em 2012, ele não aconteceu porque as mulheres convidadas não quiseram participar. Era sobre o 25 de julho, sobre mulheres negras e elas não viram ‘necessidade’ de participar. Como as próprias pessoas ‘celebradas’ nessa data tão emblemática não se interessavam por ela? O 8 de março é uma data festiva com muitas manifestações, mas o 25 de julho, não. Foi aí que surgiu a ideia do documentário: já que o evento não acontece, vamos fazer algo que divulgue o 25 de julho”, diz o documentarista, que é militante dos movimentos negro e punk.

O filme será apresentado no Centro Cultural da Juventude, seguido pelo pocket show da cantora Yzalú, que fez a trilha sonora do longa-metragem. No repertório do show, uma mistura de samba de raiz, rap paulistano e o suingado MPB de Salvador.

Segundo Regicida, depois do lançamento, Feminismo Contado em Primeira Pessoa deve ser exibido em debates, associações, espaços culturais que trabalham com questões de raça e gênero e, até o final do ano, ele será disponibilizado na internet.

Sobre a data

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992 durante o Primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latinas Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. Sua implementação tem o objetivo de promover debates e políticas que combatam a opressão de gênero e racial que milhares de mulheres vivem todos os dias.

Lançamento
O que: Documentário Feminismo Negro Contado em Primeira Pessoa
Quando: 25 de julho, às 20h
Onde: Anfiteatro do Centro Cultural da Juventude – Av. Deputado Emílio Carlos, 3641, Bairro do Limão, São Paulo
Quanto: Grátis
Informações no site
ou no tel. (11) 3984-2466

Notícia colhida no sítio http://www.redebrasilatual.com.br/entretenimento/2013/07/documentario-discute-feminismo-e-discriminacao-racial-6584.html

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