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Por 10:52 Sem categoria

CUT-PR E DEMAIS CENTRAIS TOMARAM AS RUAS COM MILHARES DE PESSOAS NO DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO E PARALISAÇÃO

30 de agosto: Trabalhadores nas ruas do Brasil

Simultaneamente em todo o Brasil, milhares de trabalhadores e trabalhadoras saíram às ruas para pedir o arquivamento do Projeto de Lei 4.330, que escancara as terceirizações no Brasil. Em Curitiba, diversos atos ocorreram durante toda sexta-feira (30). Professores, vigilantes, petroleiros e bancários são alguns dos exemplos de categorias que protestaram nas ruas.

No início da manhã a refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, abriu a série de protestos. Trabalhadores fecharam o acesso aos postos de trabalho no fim da madrugada. Na sequência, os professores estaduais realizaram uma grande marcha na região central da capital com destino ao Centro Cívico, em frente ao Palácio Iguaçu.

Confira aqui como foi o ato dos bancários.

A partir das 13h, os trabalhadores se concentraram na Avenida Cândido de Abreu, em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná para levar a pauta da classe trabalhadora. Entre as principais reivindicações, como redução da jornada de trabalho e a reforma agrária, destaque para o Projeto de Lei 4.330 do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO).

“Eu não vou cansar de dizer que vai afetar todo o conjunto da classe trabalhadora deste país. Vão rasgar a CLT, a nossa carteira de trabalho. Também vai afetar o setor público. Quem acha que não vai ser afetado, está redondamente enganado. Todos e todas sofrerão às consequências. Eu venho de uma categoria que é terceirizada e sei, exatamente, o que acontece”, enfatizou a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz.

O diretor da CUT Nacional, Roni Barbosa, ressaltou o fato de que o Congresso Nacional tem uma representatividade forte do patronato e fraca para os trabalhadores e trabalhadoras. “Precisamos rechaçar este projeto que nasceu maculado. Ele foi idealizado pelo deputado e empresário Sandro Mabel, que tem muitos interesses que este projeto seja aprovado. Nós sabemos que a maioria dos deputados federais estão apoiando os empresários neste projeto, pois infelizmente a quantidade de trabalhadores no Congresso Nacional é pequena. Por isso a CUT defende a reforma política, precisamos ampliar a nossa representatividade”, alertou.

“Sabemos o quanto este projeto trará problemas para os trabalhadores. Na construção civil, como vocês podem observar, o empresário monta uma empresa para ele que já não consegue nem cuidar de sua vida e ainda tem que administrar uma empresa. Agora imagine com um Projeto de Lei como este”, projetou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Curitiba, Domingos de Oliveira Davide.

Contudo, os problemas causados pelas terceirizações são ainda maiores. No caso dos petroleiros, os índices de acidentes tem ligação direta com o processo de precarização do trabalho. “Um dos temas que nós petroleiros mais sofremos é a terceirização que significa precarização. Nos anos 90 a Petrobrás tinha 60 mil trabalhadores nos anos 2000 já eram 32.800. Não é por pouco que aconteceu acidente na Bahia de Guanabara, aqui no Rio Iguaçu e na P36 onde 11 trabalhadores morreram. Terceirização é sinônimo de morte”, denunciou o diretor da Federação Única dos Petroleiros, Ancelmo Ruoso.

O Projeto de Lei 4.330 será levado para votação na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) no próximo dia 03 de setembro. Nesta data uma grande mobilização envolvendo as Centrais ocorrerá em Brasília

Educação
Como tradicionalmente acontece há 25 anos, os profissionais da educação do Paraná também foram às ruas no 30 de agosto. Eles lembram a data em que então governador Álvaro Dias reagiu com violência policial contra as manifestações pacíficas organizadas pela APP Sindicato. Desde então, o dia 30 tornou-se referência, um dia de luto e de luta.

“Por isso que há 25 anos lembramos essa história, fazemos questão de marchar em defesa de escola pública para todos e todas. Hoje não tem outra conversa que não seja o Governo do Estado apresentar o pagamento de tudo o que nos deve. O Estado deve aos educadores do Paraná R$ 48 milhões”, enfatizou a presidenta da APP Sindicato, Marlei Fernandes.

De acordo com ela, neste cálculo, estão inclusos um ano de atraso de promoções e progressões, o reajuste do piso, a última parcela da equiparação salarial e mais uma hora-atividade que deve ser implantada até o final do ano. “São conquistas de nossa luta. Mas nós queremos que todas estas conquistas sejam de fato implementadas. Por isso estamos mais uma vez nesta grande luta”, completou Marlei.
 

CUT-PR

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