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Bancos brasileiros: lucrativos, rentáveis e sólidos

Para economista, setor financeiro tem plenas condições de aumentar a margem de participação dos trabalhadores nesse resultado

São Paulo – O sistema financeiro no Brasil é um dos mais lucrativos, rentáveis e sólidos do mundo. Quem afirma é o doutor em economia e professor da Unicamp André Biancarelli. Para ele, a mudança de cenário dos últimos anos, quando se chegou à taxa básica de juros de apenas um dígito, não afetou o desempenho dos bancos.

“A taxa de retorno dos bancos no Brasil é altíssima, e manteve-se assim tanto no cenário de Selic alta, quanto de taxa básica de juros baixa. O setor financeiro continua um dos negócios mais rentáveis no país e sua lucratividade e solidez são maiores que a dos bancos da Europa ou Estados Unidos”, diz o economista, acrescentando: “com certeza dá para aumentar a margem de participação dos trabalhadores nesse resultado”.

Os balanços dos seis maiores bancos no Brasil confirmam a afirmação de Biancarelli. No primeiro semestre, Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC lucraram, juntos, R$ 29,6 bilhões, 18,21% a mais do que no mesmo período de 2012, quando seus resultados alcançaram R$ 25 bi.

Além disso, são campeões em lucratividade na bolsa de valores. Levantamento da consultoria Economatica, que levou em conta 316 empresas brasileiras de capital aberto, apontou que o setor, com 24 instituições, teve lucro de R$ 17,13 bilhões no segundo trimestre de 2013, aumento de 46,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado, quando alcançou R$ 11,69 bi. É um crescimento extraordinário quando comparado com o resultado geral: o lucro acumulado das 316 empresas foi de R$ 28,86 bi, aumento de 18,4%.

As instituições financeiras tendem a ganhar ainda mais em sua principal operação financeira: o crédito. Isso porque a taxa de juros bancários vem aumentando. Subiu 0,6 ponto percentual em julho na comparação com junho, segundo o último relatório do Banco Central, ficando em 19,1% ao ano. É a maior média desde setembro de 2012. Houve ainda expansão da carteira de crédito dos seis maiores em 18,65% no primeiro semestre de 2013 (R$ 2,24 bilhões) em relação a de 2012 (R$ 1,89 bi).

O aumento da receita com tarifas também foi significativo. Passou de R$ 41,5 bilhões em junho de 2012, para R$ 46,7 bilhões em junho deste ano, crescimento de 12,51%.

Houve ainda aumento na relação receita de prestação de serviço e despesa de pessoal. A do Bradesco, por exemplo, chegou a 150,3% (era 137,9%). No Santander essa relação passou de 134% para 156,5% e no Itaú de 147,6% para 154,9%. Isso significa que só com o que ganham em tarifas que cobram dos clientes, esses bancos cobrem sua folha de pessoal e ainda sobra.

Andrea Ponte Souza – 5/9/2013

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5661

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Juros bancários têm maior alta desde setembro

Taxa média ficou em 19,1% em julho, crescimento de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior. Spread também subiu

São Paulo – Os bancos aumentaram os custos dos empréstimos em julho passado. Segundo relatório do Banco Central, a taxa média de juros das operações de crédito (tanto as de recursos livres quanto direcionados) ficou em 19,1% ao ano, alta de 0,6 ponto percentual em relação a junho. É a maior média desde setembro de 2012.

O levantamento do BC mostra também que o spread bancário – diferença entre os que as instituições financeiras gastam ao captar recursos e quanto cobram para emprestar – subiu 0,5 p.p. no mês, alcançando 11,4 p.p. em julho. Por outro lado, o custo de captação de recursos subiu apenas 0,1 p.p.

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, isso mostra a desproporção com que os bancos aumentam seus ganhos. “Com um leve aumento no custo da captação, os bancos já subiram cinco vezes mais o que cobram dos clientes. Os spreads no Brasil já são um dos mais altos do mundo e as instituições financeiras têm lucro e rentabilidade altíssimos no país.”

Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência, um dos fatores que influencia o spread, caiu para 3,3%, o menor nível da série histórica iniciada em março de 2011. “Nada justifica o aumento dos juros e do spread. Os bancos mais uma vez dificultam o crédito quando deveriam expandi-lo para contribuir com o aquecimento da economia”, diz Juvandia.

O crescimento dos juros bancários também é reflexo dos recentes aumentos da taxa Selic que desde maio acumula aumento de 1,75 p.p., passando de 7,25% para os atuais 9%.

> Selic sobe a 9% ao ano e Brasil perde

Crédito – O BC mostra que o estoque total das operações de crédito do sistema financeiro (recursos livres e direcionados) cresceu 0,6% no mês e 16,1% em doze meses, atingindo patamar de R$ 2.546 trilhões em julho. Com isso, a relação crédito/PIB ficou em 55,1%, ante 55,2% em junho e 51,1% em igual período de 2012.

A presidenta do Sindicato lembra que esse percentual ainda é insuficiente e que é muito maior em países de economia desenvolvida como na Suécia, onde alcança 140%, nos EUA (202%) e na China (130%). “Há margem para o aumento do crédito no Brasil, mas ao invés de apostar nisso, os bancos optam por aumentar os juros e lucrar cada vez mais na relação com o cliente”, critica.

Redação – 29/8/2013

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5599

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