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Bancários ampliam greve para forçar os bancos a retomarem negociações

Crédito: Seeb Curitiba

Seeb CuritibaAgência do Itaú, em Curitiba, no 14º dia. Greve no país cresceu 81,5%

O Comando Nacional dos Bancários se reúne em São Paulo nesta quinta-feira, 15º dia da greve, para avaliar a segunda semana de paralisação e tomar medidas visando ampliar o movimento e assim forçar os bancos a apresentarem uma nova proposta que contemple aumento real, valorização do piso, PLR melhor, proteção do emprego, condições de trabalho mais dignas, segurança e igualdade de oportunidades. Como acontece desde o início do movimento no dia 19 de setembro, a greve cresceu nesta quarta 2, fechando 11.156 agências e centros administrativos em todos os estados da federação.

“Vamos fazer uma nova avaliação da greve, que já é a maior realizada pela categoria bancária pelo menos nos últimos 20 anos, e discutir formas de fortalecer e ampliar ainda mais as paralisações. Como o Comando estará em São Paulo, é mais uma oportunidade para a Fenaban retomar o processo de negociações e apresentar uma nova proposta aos bancários”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

A única proposta feita pelos bancos até agora foi no dia 5 de setembro, há quase um mês. Rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país no dia 12, a proposta de 6,1% apenas repõe a inflação do período pelo INPC e ignora as demais reivindicações econômicas e sociais.

A greve foi deflagrada no dia 19, quando os bancários fecharam 6.145 agências e centros administrativos em todo o país. O movimento vem se ampliando dia após dia, atingindo 11.156 dependências nesta quarta-feira 2, o 14º dia de paralisação – um crescimento de 81,5% nesse período.

“Sabemos que os banqueiros só entendem essa linguagem. Por isso vamos reforçar ainda mais o movimento para quebrar a intransigência da Fenaban e arrancar uma proposta decente com conquistas econômicas e sociais para a categoria, bem como garantir avanços nas negociações das pautas de reivindicações específicas com os bancos públicos”, salienta Carlos Cordeiro.

O Comando Nacional representa um total de 143 sindicatos e 10 federações de todo país, totalizando mais de 95% dos bancários de todo Brasil. Além das entidades integrantes, participam como convidados os coordenadores das comissões de empresas dos trabalhadores dos bancos públicos federais.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT

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Greve atinge departamentos de setores cruciais da Caixa em São Paulo

Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloMobilização breca áreas responsáveis pelos negócios e administração 

Dois departamentos nevrálgicos da Caixa Econômica Federal localizados na zona sul de São Paulo tiveram suas atividades interrompidas nesta quarta-feira (2), 14º dia de greve. Os empregados da Superintendência Regional Santo Amaro e da Giret (Gerência de Filial e Retaguarda) cruzaram os braços, o que causou efeito em dezenas de agências.

A Superintendência Regional Santo Amaro tem importância estratégica por coordenar 42 agências da região sul de São Paulo e de cidades do entorno, como Embu, Taboão da Serra e Itapecerica. As metas, temidas por grande parte dos bancários, são cobradas por esse departamento.

Já a Giret conta com 46 empregados e é responsável pelo acompanhamento das operações realizadas nessas agências como, por exemplo, compensação de cheques e liberação de crédito. O departamento também tem a função de verificar se as transações estão em conformidade com os normativos do banco.

Cansada e desanimada 

Na Superintendência Regional, onde também funciona uma agência, trabalham cerca de 100 empregados. Uma bancária, que não quis se identificar, queixa-se das metas e da falta de funcionários. “A gente tem que lidar com muito estresse, tanto do público quanto por causa da cobrança por metas”, diz.

Ela aponta a falta de funcionários como uma das causas. “A gente acaba ficando muito cansada e desanimada”, completa. As insatisfações da bancária são embasadas por números. Dados do balanço do banco mostram que, de 2012 para 2013, a carteira de crédito por empregado aumentou de R$ 3.339.315 para R$ 4.509.976, crescimento de 32,7%.

Ano passado, a Caixa tinha 234 contas correntes por empregado. Este ano o número subiu para 255, aumento de 9,2%. Em contrapartida, o número de empregados por agências caiu de 36,93 para 31,04, diminuição de 15,9%.

Para o diretor executivo do Sindicato, Kardec de Jesus, a paralisação nos dois prédios administrativos serviu para mostrar a disposição de luta. “Foi importante para que a gente pudesse demonstrar para a direção da Caixa que estamos empenhados em fazer esse tipo de movimentação onde houver necessidade”, afirmou.

Precarização do trabalho 

O desrespeito que os funcionários terceirizados são obrigados a suportar na sua rotina de trabalho teve uma constatação no prédio da superintendência regional. A sala de descanso dos empregados da empresa de limpeza contratada pela Caixa está localizada ao lado do depósito de lixo, o que deixa o recinto com odor bastante desagradável.

O gerente da Gilog – área responsável pelo patrimônio do banco – esteve no local nesta quarta-feira e prometeu tomar providências.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

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