A mobilização da Campanha Nacional Unificada 2013, com 23 dias de greve na maioria dos Estados, resultou em avanços econômicos junto aos bancos e também os de caráter social.
Um deles é o que garante a não devolução do adiantamento emergencial de salário pelos bancários e bancárias afastados que recebem alta do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo órgão.
Neste caso, o trabalhador não terá que arcar com prejuízo pela falha da perícia do INSS ao não reconhecer o seu adoecimento.
Ainda sobre saúde, nas negociações com a Fenaban deste ano foi definida a constituição de um Grupo de Trabalho, para analisar em nível político e técnico, o que tem causado o aumento do número de adoecimentos na categoria.
Esta é uma antiga reivindicação da Contraf-CUT, baseada na atual forma como está organizado o trabalho nos bancos, caracterizado pelo reduzido quadro de pessoal, ritmo acelerado nas atividades e cobrança excessiva pelo cumprimento de metas.
E por falar em metas, a pressão deste ano também conseguiu reduzir de 60 para 45 dias o prazo para que os bancos dêem respostas em relação às denuncias encaminhadas pelos Sindicatos relacionadas à prática do assédio moral.
Ainda sobre esta questão foi definida a realização de reunião específica com a Fenaban para discutir o aprimoramento do Programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, bem como negociar o aprimoramento deste processo.
Com estes avanços, a categoria deu um importante passo no que diz respeito às cláusulas da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) que tratam da saúde, ampliando as garantias para que o trabalho no banco seja realmente decente.
Por Armando Duarte Jr.