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Mercado de trabalho segue criando vagas e é tema central em 2014

As taxas de desemprego se mantiveram em níveis historicamente baixos. Mas isso se deve em parte à menor busca por trabalhopor Vitor Nuzzi, da RBA publicado 25/12/2013 10:34

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Arquivo Agência Brasil

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Embora a criação de empregos se mantenha alta, investimentos são vistos como fundamentais

São Paulo – O emprego se manteve em 2013, apesar das expectativas contrárias, ou da torcida, de analistas. Houve mesmo quem propusesse um pequeno aumento do desemprego para ajudar no combate à inflação, ou quem escrevesse que, apesar de tantos acontecimentos negativos, as empresas “ainda” não tinham demitido. Posições ideológicas ou desvios semânticos à parte, o mercado de trabalho efetivamente perdeu ritmo, embora continue abrindo vagas. Mas não se pode desconsiderar o fato de que, em boa medida, a redução dos índices de desemprego se deva à menor busca por trabalho, o que reduz a pressão no mercado e ajudar a empurrar as taxas para baixo.

O desemprego caiu. É um fato. Vem caindo sistematicamente, de maneira quase ininterrupta, há dez anos, o que mostra reversão de um processo corrente nos anos 1990 e 2000, de redução de empregos, especialmente os formais. Mas o ritmo de abertura de vagas também se reduziu. É outro fato. Entre fatos e versões, o desempenho do mercado de trabalho em 2014 se apresentará como um tema central do debate eleitoral. Até aqui, prevalece a expectativa de que será um ano sem anormalidades, ou seja, sem grandes variações para baixo ou para cima.

Em novembro, último dado disponível, a população economicamente ativa (PEA) diminuiu 1% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, em relação a igual mês de 2012: são 247 mil pessoas a menos. Isso fez com que, mesmo com 170 mil vagas eliminadas nesse período, o número de desempregados caísse em 77 mil (-6,4%).

Apenas de outubro para novembro foram 139 mil desocupados a menos nas seis regiões. Mas o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, observa: “Essa queda não ocorreu em função do aumento da população ocupada, foi em função do aumento da inatividade.” Ele acredita que o quadro ficará mais claro com a divulgação dos resultados finais de 2013, mas apresenta hipóteses. Pode haver casos em que a pessoa já foi contratada para começar a trabalhar e não precisou mais buscar emprego. “Ou, em função de aumento do rendimento familiar, as pessoas estão tendo menos necessidade de procurar trabalho.”

Os dados da pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, embora tenham metodologia diferente da do IBGE, mostram tendência semelhante. A taxa de desemprego segue em níveis baixos, mas a dinâmica se dá principalmente pela menor busca por emprego. A PEA praticamente não variou em 12 meses, até novembro: 0,2% corresponde a um acréscimo de 34 mil pessoas, em um universo de 19 milhões de ocupados. Mas a informação positiva é de que, mesmo de forma mais tímida, a ocupação cresce continuamente há sete meses. Em relação a novembro de 2012, são 125 mil empregos a mais.

Nos dois casos, as taxas médias anuais deverão ser menores que as de 2012. A média de janeiro a novembro, pelo IBGE, mostra 5,5%, pouco abaixo de igual período do ano passado (5,6%). Em novembro, chegou a 4,6%, menor nível histórico.

“Tem uma menor pressão da PEA, menos jovens e menos mulheres pressionando no mercado de trabalho”, observa o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Ele lembra que ainda há muita criação de empregos com salários menores e menor duração, com alta rotatividade, principalmente nos serviços e no comércio, que são os que mais abrem vagas, já que a indústria ainda enfrenta problemas. “Estamos no limite do que a gente pode chamar de uma certa estabilidade no emprego.”

Para o coordenador de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian, este foi um ano “típico” para o mercado de trabalho, com algum crescimento do desemprego nos primeiros meses e recuperação no segundo semestre. “Tivemos um início de ano horroroso, muito ruim, e depois houve uma recuperação, nada espetacular”, comenta. Mas ele também critica as “previsões exageradamente pessimistas” de alguns comentaristas. E destaca o “crescimento constante” do emprego com carteira assinada, ainda que em ritmo menor. Em 12 meses, até novembro, a região metropolitana de São Paulo abriu 160 mil vagas formais, segundo a pesquisa Dieese/Seade. Nesse período, caiu principalmente o emprego de autônomos e empregados domésticos.

Pela mesma pesquisa, os empregados com carteira assinada em São Paulo somavam 3,165 milhões dez anos atrás. Agora, são 5,312 milhões, um crescimento de 68%. Os sem carteira foram de 1,074 milhão para 889 mil, queda de 17%. E essa mesma base comparação não deixa dúvida quanto à melhoria do mercado de trabalho: o total de dezembro passou de 1,976 milhão para 1,024 milhão, redução de 48%, enquanto o número de ocupados aumentou 24%, para 9,874 milhões (1,9 milhão a mais). Segundo o IBGE, hoje os empregados com carteira são maioria (50,6%) entre os ocupados.Os números oficiais do mercado formal, fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), também demonstram mais vitalidade nos dez últimos anos. De 1992 a 1999, o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) só foi positivo em 1993 e 1994. De 1995 a 2002, o país só criou 800 mil vagas com carteira assinada. De 2003 a 2010, 11 milhões.

No atual governo, o mercado perdeu ímpeto, mas mesmo assim ainda tem aproximadamente 5 milhões de novas vagas formais. Em 2013, os dados disponíveis até novembro indicam um saldo aproximado de 1 milhão no fechamento do ano. Foram criados 1,5 milhão de janeiro a novembro, mas dezembro é sazonalmente um mês de corte de vagas. Até agora, todos os setores aumentaram o número de vagas com carteira: de 1,5 milhão, em números arredondados, foram 650 mil nos serviços, 300 mil no comércio, 180 mil na construção civil e 290 mil na indústria de transformação.

“Os sinais positivos têm aumentado”, diz Loloian, que acredita em uma “travessia menos complicada” em 2014, com perspectiva de recuperação da economia norte-americana. Na contramão de boa parte dos analistas, ele acredita que pode até haver crescimento no Brasil maior do que neste ano. “A retomada dos investimentos tem sido um bom sinal.” Mas ainda há carências na infraestrutura, além do “gargalo” chamado juros, que dificulta o crédito para o consumo. “Ainda consumimos muito pouco porque temos um juro exorbitante.”

E o consumo tem sido o eixo do crescimento nos últimos anos. “A dinâmica de desenvolvimento está relacionada ao mercado interno”, observa o presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann. “Dentro dessa perspectiva, temos o consumo puxado pelos salários, em especial na base da dinâmica social, o que depende do salário mínimo e de programas sociais.” Pode haver obstáculos, diz Pochmann, se não houver ampliação dos investimentos.

“Dois terços da nossa atividade são sustentados pelo mercado interno. Para que o investimento ocorra, é fundamental que se preserve o mercado interno”, acrescenta Clemente, do Dieese. Para ele, o investimento é necessário para agregar valor e, consequentemente, postos de trabalho mais qualificados. “Os serviços também poderão ser mais sofisticados. Essa é a dinâmica.”

Notía colhida no sítio http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2013/12/menos-dinamico-mercado-de-trabalho-segue-criando-vagas-681.html

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A evolução recente do emprego no Brasil e no Paraná

Geração de empregos apresenta o melhor resultado dos últimos três anos

Foram gerados 47.486 novos postos de trabalho em novembro

Brasília, 20/12/2013 – O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, divulgou na tarde dessa sexta-feira (20) os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativo ao mês de novembro. Foram gerados 47.486 empregos formais, o melhor resultado dos últimos três anos, representando um crescimento de 0,12% em relação ao estoque do mês anterior. No período de janeiro de 2011 a novembro de 2013, foram gerados 4,9 milhões de novos empregos, uma elevação de 11,20%, com base na Rais e no Caged.

Os números mostram a manutenção do dinamismo do mercado de trabalho formal, verificado nos últimos meses comparativamente ao mesmo mês do ano anterior (novembro de 2012: +46.095 postos e novembro de 2011: +42.735 postos). O d
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