Aneel comemora sucesso em leilão de linhas de transmissão de energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) considerou um sucesso o leilão para concessão das linhas de energia que ligarão a Usina Hidrelétrica de Belo Monte à Região Sudeste, realizado hoje (7) na BM&FBovespa, na capital paulista. “Esse leilão representa um sinal de otimismo no momento atual. O deságio obtido representará uma vantagem maior para os consumidores”, disse o diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega.
O consórcio IE Belo Monte, formado pelas empresas Furnas Centrais Elétricas S.A., State Grid Brazil Holding S.A. e Eletronorte, foi o vencedor da concessão do serviço de transmissão de energia nos estados do Pará, de Minas Gerais, do Tocantins e de Goiás. A proposta de Receita Anual Permitida (RAP) do grupo foi R$ 434.647.038, com deságio de 38%. O deságio é a diferença entre o valor máximo fixado pelo edital e o da proposta feita pela empresa.
O governo havia fixado em R$ 701 milhões o valor da RAP para o lote único (A e B). A receita será recebida pelo prazo de 30 anos. As instalações devem começar a operar entre 44 e 46 meses, a partir da assinatura dos contratos. Os investimentos previstos chegam a R$ 5 bilhões para a obra, considerada a mais importante do setor. Nesse montante estão incluídas a compra e a instalação de 28 transformadores, de 450 toneladas cada.
Mais dois consórcios participaram do leilão: Abengoa Construção Brasil Ltda, que ofereceu RAP de R$ 620.423.600 (11,49% de deságio) e BMTE – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A e Alupar Investimento S.A., com proposta de R$ 666.482.160 (4,93% de deságio).
Segundo Pepitone, esta será a segunda maior linha de transmissão do país, com 2,1 mil quilômetros de extensão e capacidade para transmitir 4 mil megawatts (MW) de energia, ligando as subestações de Xingu, no Pará, e Estreito, em Minas Gerais, passando pelos estados do Pará – onde está sendo construída a Usina Hidrelétrica Belo Monte –, do Tocantins, de Goiás e de Minas Gerais.
“São 25 mil quilômetros de cabo e uma faixa terrestre de servidão de 18 mil hectares. O total de torres será de 4.500 e 64 mil toneladas de aço, três vezes mais do que a quantidade de aço que foi empregada na construção do estádio de Brasília para a Copa”, explicou o diretor da Aneel.
Em Brasília, o resultado do leilão foi comemorado pela presidenta Dilma Rousseff. A presidenta lembrou, em sua conta no Twitter, que o deságio de 38% foi o responsável pela vitória do consórcio. Dilma disse que, como o percentual foi esse, haverá um desconto maior, porque o valor a ser pago pelos serviços prestados será menor. “Como houve deságio de 38%, haverá um desconto maior na conta de luz”.
Após os tweets, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, disse que não há uma política definida de descontos na conta de luz para o vencedor do leilão. Segundo ele, a presidenta sinalizou que, como houve deságio de 38%, o custo da energia vai ficar mais barato e pode baratear a conta de luz para o consumidor.
Aneel divulga lista de empresas que disputarão Hidrelétrica Três Irmãos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou hoje (3) a relação de empresas que atenderam aos requisitos para participar do leilão de outorga da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, previsto para o dia 28 de março. Atualmente, a unidade é operada pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Ela não terá a concessão renovada pelo fato da empresa não ter aderido às regras de redução das tarifas determinada pelo governo federal.
Localizada no Rio Tietê – entre os municípios de Andradina e Pereira Barreto, a pouco menos de 30 quilômetros do Rio Paraná – a usina tem capacidade instalada de 807,5 megawatts.
O despacho publicado hoje no Diário Oficial da União traz a lista de empresas que comprovaram capacidade técnica e experiência em operação e manutenção de hidrelétricas. O despacho também informa que, para fazerem visitas técnicas às instalações da usina, as empresas terão de encaminhar solicitação à Aneel, pelo endereço eletrônico master.cel@aneel.gov.br, entre os dias 3 e 7 de fevereiro.
A lista das empresas autorizadas a participar do certame está disponível no link do Diário Oficial. São elas:
1 AES Tietê S.A.
2 Campos Novos Energia S.A.
3 Cemig Geração e Transmissão S.A.
4 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE
5 Companhia Energética Chapecó
6 Companhia Energética de São Paulo – CESP
7 Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica – CEEE-GT
8 Companhia Hidroelétrica do São Francisco – CHESF
9 Consórcio AHE Funil
10 Consórcio Capim Branco Energia
11 Consórcio Itá
12 Consórcio Machadinho
13 Copel Geração e Transmissão S.A.
14 Corumbá Concessões S.A.
15 DUKE Energy International, Geração Paranapanema S.A.
16 Energética Barra Grande S.A.
17 Furnas Centrais Elétricas S.A.
18 Tractebel Energia S.A.
19 Votorantim Cimentos N/NE S.A.
Aneel diz que baixo deságio em leilão é resultado de “mudança na realidade do país”
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo- O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana, atribuiu a baixa participação de inscritos no leilão ocorrido hoje (13), na sede da BM&Bovespa, de linhas de transmissão e de subestações, à “uma mudança da realidade no país”, e justificou que essa condição levou a se obter um deságio menor do que o habitual.
“Os custos mudaram a sua realidade, bem como os riscos, e as empresas aprenderam que não é tão fácil fazer a obra. Tudo demora, e a licença ambiental, que antes levava 12 meses, agora passou para 24 meses”, apontou o executivo.
Os três lotes arrematados, dos quatro oferecidos no leilão, apresentaram um deságio médio de 5,64% e valor total de R$ 34,8 milhões relativo à Receita Anual Permitida de Referência (RAP), que é o valor a ser ressarcido ao empreendedor após o início da entrada em operação dos serviços. A diferença entre o valor estabelecido como teto na disputa e o que os interessados se propuseram a receber atingiu R$ 2,079 milhões.
Sete concorrentes estavam inscritos, mas apenas dois apresentaram propostas para os três lotes negociados. O lote que não teve nenhum interessado foi o que prevê a instalação de uma subestação em Rondônia, no Norte no país com RAP de R$ 1,9 milhão. Segundo a Aneel, a concessão deve voltar ser licitada, no ano que vem.
O consórcio Transmissão de Energia Brasil foi o único a apresentar proposta para o empreendimento que prevê a extensão das linhas de transmissão e subestações nos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. Houve deságio 6% e um RAP de R$ 16,04 milhões.
As obras estarão distribuídas na seguinte forma: 113 quilômetros (km) de linhas entre Imperatriz e Porto Franco com capacidade para 230 quilovolts (kV); 74 km entre Coelho Neto e Chapadinha 2, com capacidade para 230 kV; 129 km de Miranda 2 até Chapadinha 2, com capacidade para 230 kV; e uma subestação em Chapadinha.
Esse empreendimento, com prazo de 36 meses, tem o objetivo de reforçar a capacidade de fornecimento de energia nas regiões sul e nordeste do Maranhão, nordeste do Tocantins, noroeste do Piauí, além do atendimento de carga na região de Chapadinha.
Esse grupo empresarial também foi o único a disputar o Lote D, referente aos investimentos em linhas de transmissão e subestações no Ceará. Para um RAP fixado em R$ 8,2 milhões o concorrente ofereceu R$ 7,78 milhões com deságio de 6,1%. As obras servirão para a distribuição da energia de geração eólica vinda de nove cidades.
Já o Lote A teve como único interessado a Transmissora Aliança de Energia Elétrica com deságio de 4,76% e RAP de R$ 10,99 milhões. Pelas regras do leilão, o empreendedor terá prazo de 36 meses para a conclusão das obras de extensão da linha de 85 km, entre os municípios mineiros de Itabirito e Vespasiano, totalizando 500 kV. Neste caso, o objetivo é ampliar a capacidade de fornecimento da energia para a região metropolitana de Belo Horizonte.
Edição: Davi Oliveira
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Três dos quatro lotes de linha de transmissão e subestações da Aneel são arrematados em leilão
Notícia colhida no sítio http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-12-13/aneel-diz-que-baixo-desagio-em-leilao-e-resultado-de-“mudanca-na-realidade-do-pais”