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Central de Atendimento do BB define pauta para debate na mesa temática com o banco

Na última segunda-feira, 24 de março, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região realizou o Encontro da Central de Atendimento do BB de São José dos Pinhais (CABB), preparatório para a mesa temática com o Banco do Brasil, que será realizada na próxima quarta-feira, 02 de abril, em Brasília.

 

O encontro contou com a participação de atendentes, gerentes de grupo e analistas que representaram toda a base da CABB de São José dos Pinhais. Os temas apresentados foram condições de trabalho, encarreiramento, avaliação de desempenho e demais demandas,  apontando soluções e fechando a pauta que será debatida com a direção do BB. Participaram do encontro o representante do Paraná na Comissão de Empresa, André Machado, e o diretor do Sindicato responsável pelo roteiro na CABB Alessandro G. Garcia (Vovô).

 

“Os encontros dos funcionários das CABBs ocorridos nos últimos anos são a prova de que somente com organização conseguimos conquistar. A Central é o local onde mais tivemos avanços. Temos que aproveitar a mesa temática para tirarmos compromissos do banco de avanço nas pautas”, afirma Alessandro Garcia (Vovô).

 

Confira abaixo a pauta que será levada para a reunião com o banco:

1. Condições de Trabalho nas CABBs:

– Preenchimento emergencial do quadro de funcionários das CABBs.
– Cumprimento de jornada máxima de 6 horas, com a integração do intervalo de 20 minutos.
– Limite de ligações Ativo até as 20 hrs.
– Melhorar a capacitação dos funcionários, preparando-os para novas funções, até mesmo em outros departamentos do BB, assegurando maior participação nos cursos presenciais.
– Adequar o número de funcionários ao volume de atendimentos realizados nas Centrais, evitando gerar sobrecarga ao trabalhador, dentro de parâmetros que permitam o cumprimento da NR-17. Para isso, o sindicato quer apresentação dos critérios adotados pelo banco para determinar a dotação.

5.2. O contingente de operadores deve ser dimensionado às demandas da produção no sentido de não gerar sobrecarga habitual ao trabalhador. 

– Emissão da CAT para os trabalhadores da CABB’s quando for comprovada a existência de doença oriunda das atividades exercidas pelos Atendentes. Para avaliar o nexo técnico epidemiológico, estabelecer mesa composta por médicos indicados pelo sindicato e pelo banco.
– Fracionamento de férias.
– VCP de 12 meses para funcionários que saírem da CABB por remoção.
– Nos dias 24/12 e 31/12 o trabalho nas Centrais ocorrerá até as 12 hs, com número reduzido de funcionários.
– Permitir que todos os funcionários sejam público-alvo nas provas de CPA 10 e 20.
– Adequação das limitações existentes na operação, em relação a celulares, livros, fotos. Permitindo que o ambiente de trabalho não seja um local desconfortável para os funcionários.
– Ergonomia: garantir avaliação das condições de temperatura, mobiliário e equipamentos com atuação do SESMT.
– PCMSO: avaliar a adequação do PCMSO às condições específicas das Centrais de Atendimento com grupo bipartite entre sindicato e banco.

2. Condições de Trabalho para Gerentes de Grupo e Relacionamento:

– Jornada de 6 horas para os Gerentes de Grupos e de Relacionamento, sem redução de salário, como define a NR 17.

5.3. O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/telemarketing é de, no máximo, 06 (seis) horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração.
1.1.1.1. Este Anexo aplica-se, inclusive, a setores de empresas e postos de trabalho dedicados a esta atividade, além daquelas empresas especificamente voltadas para essa atividade-fim.
1.1.2. Entende-se como trabalho de teleatendimento/telemarketing aquele cuja comunicação com interlocutores clientes e usuários é realizada à distância por intermédio da voz e/ou mensagens eletrônicas, com a utilização simultânea de equipamentos de audição/escuta e fala telefônica e sistemas informatizados ou manuais de processamento de dados.

– Limitação do número de Atendentes por módulo, no máximo de 15 Atendentes por Gerentes de Grupo.
– Implantação do “Módulo Avançado” para os Gerentes de Grupo e de Relacionamento, como existente na Rede.
– Aumento no quadro de dotação da gerência média nas CABBs, pois o trabalho do GEGRU não é somente cobrar, mas ajudar no aprimoramento do atendente, uma espécie de orientador BB nos locais de trabalho.

3. Condições de Trabalho para Atendentes e Analistas:

– Volta das substituições na CABB para os cargos de Gerente de Grupo e Gerente de Setor, nos casos de cursos, férias, licença, etc, acabando com o desvio de função.
– Pagamento das diferenças salariais e reflexos aos trabalhadores que exerciam o cargo de escriturário e atuaram como Atendentes, entre 2004 e 2014.
– Simplificação e aprimoramento dos sistemas de atendimento. Acesso nas P.A.S (posto de trabalho) aos diversos sistemas do banco, não acessados hoje levando ao atendente se deslocar para consultas em alguns portais do banco, unificando e simplificando o sistema para o trabalho.
– Pausa mínima entre os atendimentos.

4. Processo de Avaliação de desempenho:

– Exigir a participação dos trabalhadores na confecção dos acordos de equipe e nos critérios de monitoria.
– Denunciar as alterações no processo produtivo que vem degradando as condições de trabalho e adoecendo o funcionalismo (aumento nos níveis de aderência, redução do tempo de espera da 1 chamada; redução dos índice de abandono de ligações).
– Cumprimento dos itens 5.4.5 e 5.7 do anexo II da NR 17, definindo pausas após ligações desgastantes e para atender as necessidades fisiológicas sem que haja punição, anotação ou repercussão nas avaliações de aderência, monitoramento, competência e desempenho, ou quaisquer outros tipos de avaliações.

5.4.5. Devem ser garantidas pausas no trabalho imediatamente após operação onde haja ocorrido ameaças, abuso verbal, agressões ou que tenha sido especialmente desgastante, que permitam ao operador recuperar-se e socializar conflitos e dificuldades com colegas, supervisores ou profissionais de saúde ocupacional especialmente capacitados para tal acolhimento.
5.7. Com o fim de permitir a satisfação das necessidades fisiológicas, as empresas devem permitir que os operadores saiam de seus postos de trabalho a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e remunerações.

– Discutir os critérios de aderência e reduzir o indicador exigido atualmente.
– Utilização exclusivamente do TAO para definir pontuação para concorrência, extinguindo as avaliações de monitoramento e a aderência e conformidade.

Por: Paula Padilha
SEEB Curitiba

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