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1º de Maio da CUT defende continuidade do atual projeto político brasileiro

Crédito: Dino Santos – CUT

Dino Santos - CUTParticipação: mais de 100 mil trabalhadores no Vale do Anhangabaú

As lideranças sindicais e dos partidos PT, PSB, PC do B, PMDB e PDT, que falaram nesta quarta-feira durante o ato político do 1º de Maio da CUT, CTB, UGT e CSB, destacaram que todos os recentes avanços sociais obtidos nos últimos anos são resultado, em grande parte, da ação do movimento sindical. 

As mobilizações de rua, a organização nos locais de trabalho, as greves e a ação coordenada junto aos três poderes, que no passado foram fundamentais para a luta contra a opressão e o arrocho salarial, têm sido atualmente responsáveis por conquistas como os maiores aumentos salariais das últimas décadas, a política de valorização do salário mínimo, o aumento do emprego com carteira assinada e pelas sucessivas atualizações da tabela do imposto de renda, como a anunciada ontem pela presidenta Dilma.

Ao longo de todo o dia, mais de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras participaram da comemoração, realizada no Vale do Anhangabaú, capital paulista.

Impedir o retrocesso

“Foi um 1º de Maio vitorioso porque reunimos as principais centrais sindicais e não abrimos espaço, em nosso palco, para representantes das elites, dos empresários e de partidos que representam o retrocesso, como aconteceu próximo ao campo de Marte”, avaliou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, ao mesmo tempo em que criticou as celebrações realizadas pela Força Sindical.

Para Vagner, a unidade das centrais e a pauta essencialmente classista defendida nesse 1º de Maio vão impulsionar o movimento sindical na luta para destravar as reivindicações da classe trabalhadora que estão em compasso de espera no Congresso Nacional. 

O próximo capítulo dessa luta vai ocorrer no dia 6, terça-feira, quando as lideranças das centrais vão participar de audiência no plenário da Câmara dos Deputados para defender a aprovação de projetos como a redução da jornada sem redução de salário, o fim do fator previdenciário e a regulamentação da negociação no setor público, entre outros pontos que já foram apresentados durante a 8ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora.

“Vamos cobrar do presidente da Câmara, o deputado Henrique Alves (PMDB-RN), agilidade e cumprimento dos compromissos que o Legislativo tem com o povo e com os trabalhadores”, disse Vagner.

O ato político teve início por volta das 17h, após a apresentação do Hino Nacional pelas mãos do maestro João Carlos Martins, e de uma versão de Ave Maria na voz do tenor Jean William.

Comunicação: O desafio do século

Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP, organizadora das comemorações, avaliou que o tema adotado este ano – “Comunicação: O Desafio do Século” – foi mais do que acertado. 

“Temos hoje em dia um monopólio elitista dos meios de comunicação, que quase sem parar transmite mensagens que desqualificam ou fazem caricatura dos trabalhadores, e que pregam a demonização da política. Grande parte do desencanto com a política é fruto de anos e anos de uma mensagem contra a política e contra o povo”, comentou.

No ato político, Wagner Gomes, representante da CTB, lembrou a origem do Dia do Trabalhador. “O 1º de Maio existe para homenagear os trabalhadores e trabalhadoras assassinados em 1886 em Chicago, quando lutavam contra os patrões por direitos trabalhistas como redução de jornada. E nossa luta continua hoje”.

Representando o PSB, Joilson Cardoso saudou o público lembrando que “esta festa que fazemos aqui, com música e cultura, é também a festa para celebrar a luta de séculos dos trabalhadores”.

Valorizar conquistas

Renato Rebelo, presidente nacional do PCdoB lembrou ao público a importância das eleições deste ano. “Hoje precisamos refletir muito sobre quem defende de fato o direito dos trabalhadores. Apesar da crise econômica no mundo inteiro, Dilma tem mantido a oferta de emprego. Lembrem-se que a oposição diz ser uma ameaça aumentar o salário mínimo. Diante disso, qual caminho vamos tomar em 2014?”, questionou.

O presidente da Contag, Alberto Broch, foi enfático ao afirmar que “queremos unir os trabalhadores urbanos e rurais na luta pela reforma agrária, pois quem produz comida para o povo não são os latifundiários, e sim os agricultores familiares”.

Ministro da Articulação Política do governo Dilma, Ricardo Berzoini, saudou a plateia: “hoje é um dia de luta e reflexão. Viva a classe trabalhadora”. Outro ministro do governo, o do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, exortou o público a refletir a importância dessa data, para além da música e da festa. “Cada trabalhador e trabalhadora é portador de uma intensa e contínua luta, por si mesmo e pela comunidade”.

Presidente da CSB, Antonio Neto lembrou que o 1º de Maio tem a função de também mostrar as conquistas da classe trabalhadora e como chegamos a elas”. 

Falando pela CTB, seu presidente, Adilson Araújo, destacou o tema escolhido para as celebrações deste ano. “Nós lutamos pela democratização da comunicação porque não é mais possível ver a TV mostrando o pobre sempre de maneira negativa”. Canindé Pegado, da UGT, afirmou: “Saibam vocês que muitas das melhores condições de vida que conquistaram tiveram participação dessas entidades sindicais”.

Banir o racismo

Encerraram o ato o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. “É preciso alcançarmos real liberdade e dignidade para vocês”, disse Suplicy. “Quem aqui é contra o racismo levanta a mão”, pediu Padilha. “Vamos banir o racismo de nossa sociedade”.

Após o ato, em entrevista à CUT, Padilha afirmou que “Dilma fez um importante anúncio com a correção da tabela do imposto de renda e a manutenção da política de valorização do salário mínimo. Vamos comemorar o que foi alcançado e lutar para avançarmos ainda mais”. Ao comentar sua fala antirracismo, explicou que “”a juventude negra e da periferia sofrem nos ônibus, metrô, CPTM e, ainda, com o tratamento da polícia”.


Fonte: Isaias Dalle, Luiz Carvalho e Vanessa Ramos – CUT

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CUT cobra redução da jornada para 40h e fim do fator previdenciário

  
Crédito: Roberto Parizotti – CUT
Roberto Parizotti - CUTPresidente CUT, Vagner Freitas, durante ato de 1º de Maio em São Paulo

Os trabalhadores cobraram e a presidenta Dilma Rousseff atendeu parte da pauta que a CUT e as demais centrais sindicais levaram à 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, no dia 9 de abril.

Durante pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite desta quarta-feira (30), Dilma anunciou a correção da tabela do imposto de renda (IR), que será de 4,5%, e a manutenção da política de valorização do salário mínimo.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que participou da celebração do 1º de Maio da CUT-SP, no Vale do Anhangabaú, o anúncio foi “excepcional” e apontou a importância das medidas para o bolso dos trabalhadores.

“Quem paga imposto no Brasil é o trabalhador e a correção da tabela do IR impede que o “Leão” fique com os aumentos reais que conquistamos nas campanhas salariais e com o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados”, afirmou.

Sobre a manutenção da política de valorização do mínimo, Vagner ressaltou que a postura da presidenta representa também um enfrentamento a uma corrente conservadora que defende o aumento do salário como estopim para a elevação da inflação.

“Há uma guerra hoje no Brasil encampada por políticos atrasados e candidatos financiados pelos bancos e pelos empresários em defesa dessa conquista da classe trabalhadora. E a Dilma disse que no governo dela a elevação do mínimo, como defendemos, continua”, ressaltou.

O dirigente alerta, porém, que a pressão das centrais continuará em defesa de outros dois pontos considerados prioritários pelos trabalhadores: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e o fim do fator previdenciário.

Ambos os pontos foram discutidos na terça-feria (29) com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN). Ficou definido que uma audiência na Comissão Geral do Trabalho da Casa discutir as reivindicações trabalhistas.

“A redução da jornada vai gerar mais empregos e permitir melhor a qualificação, porque vai sobrar mais tempo para o trabalhador estudar. Enquanto o fim do fator é essencial para corrigir uma injustiça, a queda da renda do trabalhador que se aposenta justamente no período em que mais precisa e após ter contribuído por anos coma construção do país.”

Questionado sobre a postura do governo na negociação no governo, Vagner disse que o Executivo entende que o momento não é propício e rebateu a alegação de quem defende a necessidade da medida como mecanismo para não quebrar a Previdência.

“O governo diz que a mudança agora não seria uma boa sinalização para o mercado, mas não concordamos. Essa é uma herança maldita do período FHC e por isso vamos fazer mobilização para mudar, porque quem quebra a Previdência não é o fim do fator e sim fazer desoneração sem contrapartida das empresas de não demitir. A rotatividade acaba por aumentar o custo do seguro-desemprego e isso sim impacta na Previdência”, defendeu.

Cultura e luta 

Com o tema “Comunicação: o desafio do século”, a celebração do 1º de Maio da CUT-SP na região central da capital paulista, terá teatro e shows até as 20h deste sábado.

Para o presidente da Central paulista, Adi dos Santos Lima, o casamento entre a cultura e a reflexão sobre as pautas trabalhistas é perfeito e permite a aproximação com a sociedade para discutir temas que muitas vezes não são tratados pelos grandes meios de comunicação.

“Ano após ano, com o 1º de Maio damos um recado aos empresários de que nossas reivindicações estão fortalecidas. Essa é uma oportunidade única para conversar com a população e fazer com que nossa pauta tenha maior impacto no diálogo com os patrões”, avaliou.

Democratizar a comunicação

Também presente na celebração, o secretário-geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, afirmou que um dos grandes desafios da classe trabalhadora é a democratização dos meios de comunicação. Para ele, a mídia representa apenas os interesses de grupos minoritários controlados por seis famílias. 

“A classe trabalhadora e os movimentos sindical e social contribuíram com a história de nosso país, mas não são apresentados nos rádios, nas televisões e nos jornais. Fazemos lutas para melhorar as condições de trabalho e, no entanto, ainda estamos somos invisibilizados”, disse Nobre.

Em Portugal, falou o dirigente, as centrais sindicais têm dois períodos ao longo do ano para falar em cadeia nacional e mostrar aquilo que o movimento sindical pensa. “Por que isso não é possível no Brasil?”, questiona.

Nobre citou a importância da TVT, construída pelo movimento sindical cutista. “É o mais extraordinário projeto que classe trabalhadora produziu na sua história de comunicação. A televisão atinge de forma mais rápida a maior parte da população. Por isso, o movimento sindical precisa abraçar este iniciativa que tem se consolidado e fazer dela em 10 ou 15 anos a maior emissora de TV no Brasil. Temos muita esperança que isso vai acontecer”.


Fonte: Luiz Carvalho e Vanessa Ramos – CUT

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Em pronunciamento, Dilma anuncia correção da tabela do Imposto de Renda

  
Crédito: Agência Brasil
Agência BrasilEm pronunciamento nesta quarta-feira (30) em rede nacional de rádio e TV, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que vai corrigir a tabela do Imposto de Renda e atualizar os valores pagos aos beneficiários do Programa Brasil sem Miséria. Segundo ela, a correção trará um “importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador”, favorecendo quem vive da renda do trabalho. O discurso é para marcar o Dia do Trabalho, celebrado amanhã (1º).

“Acabo de assinar uma medida provisória corrigindo a tabela do Imposto de Renda, como estamos fazendo nos últimos anos, para favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho. Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador”, disse.

No último dia 10 de março, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a correção da tabela para os isentos do pagamento de imposto de renda, segundo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

A OAB alegou que há defasagem acumulada de 61,24% no cálculo durante o período de 1996 a 2013, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Se a correção for feita como pedido pela OAB, estarão isentos contribuintes que ganham até R$ 2.758, e não R$ 1.787 como é hoje.

“Assinei também um decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família recebidos por 36 milhões de brasileiros beneficiários do Programa Brasil sem Miséria”, declarou Dilma, programa que, segundo a presidenta, vai garantir que esses cidadãos continuem acima da linha da extrema pobreza, definida pela Organização das Nações Unidas. O programa garante às famílias renda mínima de R$ 70 por pessoa. No início deste ano, o valor médio do pagamento aos beneficiários do Bolsa Família era R$ 150,60.

Sobre o aumento do salário mínimo, corrigido pela inflação, é um “instrumento efetivo para a diminuição da desigualdade” entre os trabalhadores, a presidenta assumiu o compromisso de “continuar a política de valorização do salário mínimo”. 

Dilma rebateu críticas sobre o crescimento do mínimo. “Para eles, um salário mínimo melhor não significa mais bem-estar para o trabalhador e sua família, dizem que a valorização do salário mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores”.

Durante o pronunciamento, a presidenta defendeu as políticas econômicas, como o “crescimento com estabilidade” e o “controle rigoroso da inflação”. Sobre este assunto, Dilma afirmou que “aumentos localizados de preço” causam “incômodo às famílias, mas são temporários e, na maioria das vezes, motivados por fatores climáticos”.

Em relação ao setor energético, Dilma disse que a tarifa de energia teve “a maior redução da história”. “A seca baixou o nível dos reservatórios e tivemos de acionar as termoelétricas, o que aumentou muito as despesas. Imaginem se nós não tivéssemos baixado as tarifas de energia em 2013”. Segundo ela, os investimentos feitos em geração e transmissão de energia permitem hoje ao Brasil “superar as dificuldades momentâneas, mantendo a política de tarifas baixas”.

Petrobrás

Durante pronunciamento, a presidenta reconheceu que as últimas denúncias envolvendo a Petrobras causam indignação e revolta à sociedade e ao governo, mas que os brasileiros não podem permitir que esses problemas, ainda que graves, sejam usados para tentar destruir a imagem da “nossa maior e mais bem-sucedida empresa”. 

Segundo a presidenta, o que pode envergonhar um país é não combater a corrupção, reiterando que o que for necessário será “apurado com máximo rigor”.

“A Petrobras jamais vai se confundir com atos de corrupção ou ação indevida de qualquer pessoa. O que tiver de ser apurado deve e vai ser apurado com o máximo rigor, mas não podemos permitir, como brasileiros que amam e defendem seu país, que se utilize de problemas, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem da nossa maior empresa”, disse. 

“Não transigirei, de nenhuma maneira, em combater qualquer tipo de malfeito ou atos de corrupção, sejam eles cometidos por quem quer que seja. Mas igualmente não vou ouvir calada a campanha negativa dos que, para tirar proveito político, não hesitam em ferir a imagem dessa empresa que o trabalhador brasileiro construiu com tanta luta, suor e lágrimas”, disse no pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.

Dilma também voltou a defender a reforma política, e pediu apoio da população. De acordo com ela, sem participação popular não haverá a reforma política “que o Brasil exige”, e que modifique as práticas políticas atuais.

“Por isso, além da ajuda do Congresso e do Judiciário, preciso do apoio de cada um de vocês, trabalhador e trabalhadora. Temos o principal: coragem e vontade política”, declarou Dilma, depois de fazer um balanço dos pactos lançados pelo governo em diversas áreas, após as manifestações de junho que levaram milhões de pessoas às ruas em diversas cidades brasileiras.


Fonte: Agência Brasil

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