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Ressaca: pré-sal despeja meio milhão de barris na goela conservadora

No momento em que a Petrobrás alcança meio milhão de barris de petróleo extraídos do pré-sal, ouve-se um silencio sepulcral das goelas conservadoras.

por: Saul Leblon

No momento em que a Petrobrás alcança meio milhão de barris de petróleo extraídos do pré-sal, ouve-se um silencio sepulcral das goelas conservadoras (leia a reportagem de Maurício Thuswohl; nesta pág)

As mesmas que amargam a ressaca  da Copa das Copas.

As mesmas que, há menos de uma semana, trovejavam  contra a cessão de novos  campos à estatal, com mais de 15 bilhões de barris, decidida pela Presidenta  Dilma.

O desconforto é enorme.

A eficiência da empresa em extrair  –aceleradamente– o óleo existente a seis mil metros abaixo da linha do mar,  comprova o acerto da cessão onerosa.

Mas reitera também o regime de partilha que ordena toda a exploração das maiores reservas descobertas no planeta no século XXI – decisão exitosa igualmente  bombardeada pelo conservadorismo e seu dispositivo emissor.

A República dos acionistas,  que pauta o jornalismo  isento, tem alergia a novos investimentos em exploração.

Explica-se: momentaneamente,  eles podem reduzir o caixa dos dividendos.

O fato de a cessão ter  transformado a estatal na detentora da segunda maior reserva de óleo do mundo, é desprezível aos olhos do interesse particularista que avoca sua supremacia em detrimento da nação e do futuro de sua gente.

Graças à decisão de Dilma,  a estatal criada por Getúlio Vargas  –cujo legado FHC prometeu dissolver—  passou a dispor de um estoque de 31 bilhões de barris exploráveis.
Pouco abaixo apenas da Rosnet (russa), com 33 bi/barris, mas que será certamente ultrapassada pela Petrobrás, que levita num oceano de reservas estimadas em 100 bilhões de barris.

Não estamos falando de um detalhe tangencial à luta pelo desenvolvimento brasileiro.

O pré-sal, é forçoso repetir, quando tantos preferem esquecer, mudou o peso geopolítico do Brasil.

É como se o país ganhasse quatro  anos de PIB em petróleo, a preços de hoje  –sob  controle político da sociedade.

Graças ao regime de partilha, essa riqueza será estatalmente direcionada para reverter mazelas seculares incrustradas em seu tecido social.

Não se trata de um futuro remoto, como o demonstra o marco de meio milhão de barris de óleo atingido agora.

O pré-sal já alterou a curva de produção da Petrobras.

A estatal, que levou 60 anos para chegar à extração  de dois milhões de barris/dia, vai dobrar essa marca em apenas sete anos.

Talvez menos.

A ignorância tudo pode, mas quem desdenha dessa mutação em curso sabe muito bem  o que está em jogo.

Dez sistemas de produção do pre-sal entram em operação até 2020.

Hoje, apenas oito anos após as descobertas, os novos reservatórios já produzem 500 mil barris/dia.

Em 2020 serão mais dois milhões de barris/dia.

A curva é geométrica.

Para reter as rendas do refino  na economia brasileira, a capacidade de processamento da Petrobras crescerá proporcionalmente: de pouco mais de dois milhões de barris/dia hoje, alcançará  3,6 milhões de barris/dia em seis ou sete anos.

Para isso estão sendo erguidas quatro refinarias, simultaneamente.

O conjunto requer  US$ 237 bilhões em investimentos até 2017.

É o maior programa de investimento de uma petroleira em curso no mundo.

E será assim por muitos anos –o que explica os surtos recorrentes de urticária da República dos acionistas e de seu jornalismo operoso.

Os desdobramentos desse ciclo não podem ser subestimados.

A infraestrutura é o  carro-chefe do investimento nacional no próximo estirão de crescimento a ser pactuado com toda a sociedade.

Mais de 60% do total de R$ 1 trilhão em projetos serão investidos na cadeia de óleo e gás.

Objetivamente: nenhuma agenda política relevante pode negligenciar aquela que  é a principal fronteira crível de um salto do país em cadeias tecnológicas que viabilizem a sua inserção soberana no mercado mundial.

Mas foi  exatamente esse sugestivo lapso que o candidato ‘mudancista’, Aécio Neves, cujo coordenador de campanha será o não menos ‘mudancista’ presidente dos demos, Agripino Maia, cometeu em dezembro de 2013, quando lançou sua agenda eleitoral, já como presidenciável do PSDB.

Como observou Carta Maior naquela oportunidade, em oito mil e 17 palavras encadeadas em um jorro espumoso do qual se extrai ralo sumo, o candidato tucano  não mencionou uma única vez o trunfo que mudou o perfil geopolítico do país.

Repita-se, Aécio Neves lançou uma agenda eleitoral sem a expressão pré-sal.
O tucanato espojou-se no caso Pasadena; convocou fanfarras para alardear ‘o desgoverno’ dentro da estatal, mas não reservou um grão de areia de espaço em sua agenda eleitoral para tratar da grande alavanca estratégica representada pelas novas reservas brasileiras.

A omissão  fala mais do que consegue esconder.

O diagnóstico conservador sobre o país  –e a purga curativa preconizada a partir dele– é incompatível com a existência desse  incômodo cinturão de riqueza, a encorajar a construção de uma democracia social , ainda que tardia, por essas bandas.

Ao abstrair  o pré-sal  –exceto em confidências de Serra à Chevron, em 2010, quando prometeu reverter a partilha que  incomoda as petroleiras internacionais–  a agenda do PSDB   mais se assemelha a uma viagem de férias à Brazilândia do imaginário conservador, do que à análise do país realmente existente –com seus gargalos e trunfos.

Só se concebe desdenhar dessa janela histórica  se a concepção de país embutida em seu projeto negligenciar deliberadamente certas  urgências.

Por exemplo, a luta pela reindustrialização brasileira, da qual as encomendas do pré-sal podem figurar como importante alavanca, graças aos índices de nacionalização consagrados no regime de partilha.

Ou o salto da escola pública –que só terá 10% do PIB, como decidiu o Plano Nacional da Educação, porque poderá contar  com o fluxo da renda do pré-sal.

Ou ainda a saúde pública, igualmente beneficiada na divisão do fundo petroleiro, que assim poderá ressarcir o corte de R$ 40 bilhões/ano  imposto à fila do SUS pela extinção da CPMF, em 2010 –obra grandiosa da aliança  ‘mudancista’ demotucana.

Reconheça-se, não é fácil pavimentar o percurso oposto ao apregoado diuturnamente pelos pregoeiros do Brasil aos cacos.

A formação do discernimento social brasileiro  está condicionada por implacável  máquina de supressão da autoestima , que não apenas  dificulta a busca de soluções para a crise, como nega à sociedade competência para faze-lo de forma coordenada e democrática.

Melhor entregar aos mercados, aos mercados, aos mercados, aos mercados…

Eles, sim, sabem o que fazer disso aqui.

Recusa-se  aos locais a competência até mesmo para organizar uma Copa do mundo, que dirá gerir as maiores reservas de óleo do planeta, ou construir , uma nação, não qualquer nação, mas uma cujo emblema seja a convergência da riqueza, a contrapelo da lógica documentada por Tomas Piketty.

Com a maturação antecipada da curva do pré-sal  –como indica o marco dos 500 mil barris em extração–  as chances de êxito nessa empreitada aumentam geometricamente nos próximos anos.

Não é uma certeza, é uma possibilidade histórica. Mas o lastro é cada vez menos negligenciável.

Os efeitos virtuosos desse salto no conjunto da economia, porém, exigem uma costura de determinação política para se efetivarem.

Algo que a agenda eleitoral de quem assumidamente se propõe a ser uma réplica  do governo FHC, omite, renega e descarta.

A ver.

Editorial colhido no sítio http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Ressaca-pre-sal-despeja-meio-milhao-de-barris-na-goela-conservadora-/31288

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Produção no pré-sal bate novo recorde e ultrapassa a barreira de 500 mil barris de petróleo por dia

Rio de Janeiro, 1 de julho de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A. – A Petrobras informa que a produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras na chamada província do pré-sal nas bacias de Santos e de Campos superou a marca dos 500 mil barris por dia (bpd) – atingindo 520 mil bpd no dia 24 de junho – o que configura novo recorde de produção diária. Desse volume, 78% (406 mil bpd) correspondem à parcela da Petrobras e o restante, à contribuição das empresas parceiras da companhia nas diversas áreas de produção da camada pré-sal.

A produção de 520 mil barris por dia foi alcançada apenas oito anos após a primeira descoberta de petróleo na camada pré-sal ocorrida em 2006. Para chegar a esse marco histórico, a Petrobras contou com a contribuição de somente 25 poços produtores. A magnitude do resultado obtido pode ser melhor percebida através da comparação com o próprio histórico de produção da companhia:

– A Petrobras foi fundada em 1953 e foram necessários 31 anos para se alcançar a marca de 500 mil barris diários, o que ocorreu no final do ano de 1984, com a contribuição de 4.108 poços produtores.

 – No pós-sal da Bacia de Campos, onde a primeira descoberta ocorreu em 1974, foram necessários 21 anos para se produzir 500 mil barris diários de petróleo. Este nível de produção, alcançado em 1995, contou com a contribuição de 411 poços produtores.

O excelente desempenho do pré-sal brasileiro é, também, realçado pela comparação com outras importantes províncias produtoras no mundo. Na porção americana do Golfo do México, por exemplo, foram necessários 20 anos, a partir da primeira descoberta, para se produzir 500 mil barris diários. No Mar do Norte, o patamar foi atingido em dez anos.

Pré-sal já responde por 22% da produção da Petrobras no Brasil

A produção média do pré-sal respondeu por 22% do total da produção operada no mês de maio pela Petrobras no Brasil. De 2010 a 2014, a média de produção diária dos reservatórios do pré-sal cresceu dez vezes, avançando de 41 mil barris (média em 2010) para 520 mil barris por dia. Dos 25 poços em operação nessa província, dez estão localizados na Bacia de Santos, que responde por 53% da produção do pré-sal (274 mil barris por dia). Os demais 15 poços estão localizados na Bacia de Campos e respondem pelos 47% restantes (246 mil barris por dia).

A produção acumulada na província do pré-sal já ultrapassou 360 milhões de barris de óleo equivalente. Hoje operam nessa província nove plataformas, quatro delas produzindo exclusivamente da camada pré-sal. São elas: o FPSO Cidade de Angra dos Reis (que produz desde outubro de 2010 no campo de Lula, na Bacia de Santos), o FPSO Cidade de Anchieta (que opera desde setembro de 2012 no campo de Baleia Azul, na Bacia de Campos), além do FPSO Cidade de São Paulo (que começou a operar em janeiro de 2013 no campo de Sapinhoá, na Bacia de Santos) e do FPSO Cidade de Paraty (que produz desde junho de 2013 na área de Lula Nordeste, também na Bacia de Santos).

Outras quatro plataformas já estavam instaladas há alguns anos na Bacia de Campos para a produção de petróleo do pós-sal. Por apresentarem capacidade disponível, essas plataformas viabilizaram a rápida interligação de alguns poços perfurados em horizontes mais profundos, ou seja, na camada pré-sal. São elas: P-48, no campo de Barracuda-Caratinga; P-53 e FPSO Cidade de Niterói, ambas no campo de Marlim Leste, e FPSO Capixaba, no campo de Baleia Franca. Além dessas unidades, outra plataforma que contribuiu para o recorde é a P-58, que entrou em produção em março deste ano, no pré-sal do complexo denominado Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos.

Adicionalmente, um sistema itinerante começou a operar no dia 21 de junho em Iara, através do FPSO Dynamic Producer, executando um teste de longa duração com o objetivo de investigar os reservatórios do pré-sal nesta área.

Produtividade do pré-sal supera a média mundial

Os poços já instalados no pré-sal têm apresentado produtividade muito acima da média mundial. A produtividade média por poço em operação comercial no Polo Pré-sal da Bacia de Santos tem sido da ordem de 25 mil barris de petróleo por dia, maior que a registrada no Mar do Norte (15 mil barris de petróleo por poço/dia) e no Golfo do México (10 mil barris de petróleo por poço/dia).

Alguns poços do pré-sal da Bacia de Santos apresentam produtividade acima de 30 mil barris diários, como o LL-11, no projeto piloto de Lula Nordeste, com vazão média de 31 mil barris por dia, bem como o SPS-77 e o SPH-04, no piloto de Sapinhoá, com produção média de 34 mil barris diários cada um.

Outro bom exemplo disso é o FPSO Cidade de Angra dos Reis, que opera no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, onde apenas quatro poços produzem o suficiente para praticamente ocupar a capacidade operacional total da plataforma, de 100 mil barris por dia (bpd). Essa plataforma foi originalmente projetada para produzir com seis poços, cada um com uma contribuição média de 16 mil barris por dia. Mas, com a alta produtividade dos poços, que vêm apresentando cerca de 24 mil bpd, em média, muito acima da previsão inicial, foram interligados apenas quatro poços à plataforma, o que representou uma enorme economia de investimentos.

Petrobras reduz em 55% o tempo de perfuração de poços no pré-sal

A Petrobras tem perfurado poços no pré-sal em tempo cada vez menor, sem abrir mão das melhores práticas mundiais de segurança operacional. Para se ter ideia da importância dessa atividade, basta dizer que cerca de 50% dos investimentos no pré-sal são voltados para a construção e avaliação de poços. Com a experiência adquirida e a introdução de novas tecnologias e melhores práticas, o tempo médio de perfuração de poços no pré-sal nos campos de Lula e Sapinhoá passou de 126 dias, em 2010, para 60 dias em 2013, o que corresponde a uma redução de 55%. Nestas áreas, já se conseguiu durações próximas a 30 dias entre o primeiro e último metro perfurado (“dry hole”, conforme classificação internacional).

Com essa redução, a companhia está conseguindo considerável economia de recursos, devido à diminuição dos dias em operação de sondas. Como o custo médio de perfuração de um poço é de aproximadamente US$ 1 milhão por dia, a Petrobras está economizando, em média, US$ 66 milhões na atividade de perfuração por poço no pré-sal. Um avanço significativo, considerando a magnitude que essa economia representa para o caixa da Petrobras.

Esse bom desempenho é fruto de um esforço permanente da Petrobras para otimizar a atividade de perfuração de poços que é considerada crítica por envolver pesados investimentos. Com o objetivo de melhorar ainda mais os resultados, a Petrobras criou, em 2013, o Programa de Redução de Custos de Poços (PRC-Poço), um dos pilares do Plano de Negócios e Gestão (PNG) da companhia para o período de 2014 a 2018.
Nos próximos cinco anos, serão investidos cerca de US$ 70 bilhões na construção de poços exploratórios e de desenvolvimento da produção no Brasil, montante que corresponde a 32% dos investimentos globais da companhia previstos em seu PNG e a 46% dos investimentos programados para a área de Exploração e Produção no Brasil.

Sucesso geológico no pré-sal foi de 100% em 2013

A Petrobras alcançou um índice de sucesso geológico de 100% no pré-sal em 2013. Os 14 poços perfurados nas bacias de Santos e Campos nesse ano, todos operados pela companhia, identificaram a presença de petróleo. Considerando todos os poços marítimos perfurados pela empresa, tanto no pré-sal quanto no pós-sal, o índice de sucesso exploratório chegou a 77%.

Apenas entre janeiro de 2013 e março de 2014 a Petrobras realizou 49 novas descobertas, das quais 15 no pré-sal. Os bons resultados apresentados pela Petrobras na exploração do pré-sal devem-se ao domínio do conhecimento e à excelência tecnológica da empresa na exploração em águas ultraprofundas.

O aproveitamento da experiência da Bacia de Campos, adaptando soluções às condições do pré-sal da Bacia de Santos, junto com o contínuo e massivo investimento na aquisição de dados exploratórios, possibilitam a melhor caracterização dos reservatórios e a redução de incertezas dos projetos de produção.

As descobertas no pré-sal estão entre as mais importantes, em todo o mundo, na última década. Além de apresentarem volumes potenciais muito significativos, as áreas descobertas indicaram a presença de óleo de excelente qualidade e alto valor comercial.

Novas unidades darão contribuição significativa à curva de produção da Petrobras

A contribuição do pré-sal será decisiva para a Petrobras alcançar as metas estabelecidas por seu Plano de Negócios e Gestão para o período de 2014 a 2018. Se hoje o pré-sal responde por aproximadamente 22% do total da produção de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia, em 2018 responderá por 52% do total produzido, que deverá chegar a 3,2 milhões de barris por dia. Serão 19 novas unidades de produção instaladas no pré-sal da Bacia de Santos até o final de 2018.

Ainda em 2014, duas novas plataformas entrarão em operação no pré-sal da Bacia de Santos: os FPSOs Cidade de Mangaratiba, em Iracema Sul, e Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte. Cada uma dessas plataformas terá capacidade de produzir até 150 mil bpd.

Para o quarto trimestre de 2015, a Petrobras planeja colocar em produção o FPSO Cidade de Itaguaí, que irá operar na área de Iracema Norte, na Bacia de Santos, com capacidade de até 150 mil barris por dia. Para 2016, estão programados o FPSO Cidade de Maricá, em Lula Alto, e o FPSO Cidade de Saquarema, em Lula Central, cada um com capacidade de até 150 mil bpd, e o FPSO Cidade de Caraguatatuba, em Lapa.

Além disso, entrarão em operação oito FPSOs do tipo “replicante” (conjunto de plataformas que utilizam o mesmo projeto de engenharia), sendo que o primeiro tem o primeiro óleo previsto para 2016 na área de Lula Sul. O primeiro dos quatro FPSOs programados para operar nas áreas da Cessão Onerosa também está previsto para 2016 na área de Búzios. Para completar os 19 sistemas programados para a Bacia de Santos, será instalado, em 2018, um sistema de produção em Carcará. Com a contribuição desses projetos, a expectativa da Petrobras é que produção de petróleo exclusivamente nas áreas do pré-sal, em 2017, ultrapasse a barreira de 1 milhão de barris por dia.

Saiba mais sobre o pré-sal

O pré-sal é uma sequência de rochas sedimentares formadas há mais de 100 milhões de anos no espaço geográfico criado pela separação do antigo continente Gondwana. Mais especificamente, pela separação dos atuais continentes Americano e Africano, que começou há cerca de 150 milhões de anos. Entre os dois continentes formaram-se, inicialmente, grandes depressões, que deram origem a grandes lagos. Ali foram depositadas, ao longo de milhões de anos, as rochas geradoras de petróleo do pré-sal. Como todos os rios dos continentes que se separavam corriam para as regiões mais baixas, grandes volumes de matéria orgânica foram ali se depositando.

À medida em que os continentes se distanciavam, os materiais orgânicos então acumulados nesse novo espaço foram sendo cobertos pelas águas do Oceano Atlântico, que então se formava. Dava-se início, ali, à formação de uma camada de sal que atualmente chega a até 2 mil metros de espessura. Essa camada de sal depositou-se sobre a matéria orgânica acumulada, retendo-a por milhões de anos, até que processos termoquímicos a transformasse em hidrocarbonetos (petróleo e gás natural).

No atual contexto exploratório brasileiro, a possibilidade de ocorrência do conjunto de rochas com potencial para gerar e acumular petróleo na camada pré-sal encontra-se na chamada província pré-sal, uma área com aproximadamente 800 km de extensão por 200 km de largura, no litoral entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo. As reservas dessa província ficam a 300 km da região Sudeste, que concentra 55% do Produto Interno Bruto (soma de toda a produção de bens e serviços do país). A área total da província do pré-sal (149 mil km2) corresponde a quase três vezes e meia o estado do Rio de Janeiro.

Notícia colhida no sítio http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/comunicados-e-fatos-relevantes/producao-no-pre-sal-bate-novo-recorde-e-ultrapassa-a-barreira-de-500-mil-barris-de-petroleo-por-dia.htm

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Produção de petróleo da Petrobras no Brasil aumentou 2,2% em maio

Rio de Janeiro, 01 de julho de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A – Petrobras informa a produção de petróleo da Petrobras no Brasil, em maio, atingiu a média de 1 milhão 975 mil barris/dia (bpd) superando em 2,2% a produção de abril, que foi de 1 milhão 933 mil bpd. Incluída a parcela operada pela Petrobras para seus parceiros no Brasil, o volume atingiu a marca de 2 milhões e 92 mil bpd, 2,9% acima do volume produzido no mês anterior, que foi de 2 milhões e 34 mil bpd.

A produção de petróleo e gás natural da empresa no Brasil, no mesmo mês, foi de 2 milhões 387 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), indicando um  aumento de 2,2% em relação a abril (2 milhões 335 mil boed). Incluída a parcela operada pela Petrobras para as empresas parceiras no Brasil o volume atingiu a marca de 2 milhões e 558 mil boed, 2,9% acima da produção alcançada em abril, que foi de 2 milhões 487 mil boed.

Contribuíram para o aumento da produção a entrada em operação de novos poços nas plataformas P-58 (Parque das Baleias), P-63 (Papa-Terra), P-55 (Roncador) e o início da produção da plataforma P-62 (Roncador), todos na Bacia de Campos. A essa última plataforma serão interligados, nos próximos meses, um total de 22 poços, sendo 14 produtores de petróleo e gás e oito injetores de água. Do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo, na sigla em inglês), essa unidade tem capacidade para processar, diariamente, até 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Recordes no pré-sal

No pré-sal das bacias de Santos e Campos, o aumento da produção, em maio, foi de 8,8%, atingindo um volume de 447 mil bpd, configurando mais um recorde mensal. No dia 31 de maio a produção do pré-sal bateu novo recorde diário, chegando a 482 mil bpd. Esses volumes incluem a parte operada pela Petrobras para seus parceiros.

Os recordes no pré-sal são consequência do crescimento da produção da plataforma P-58 e ao excelente desempenho dos demais poços produtores daquele horizonte, com destaque para os campos de Lula e Sapinhoá, onde vazões acima de 30 mil bpd por poço vêm sendo obtidas com frequência.

No dia 9 de maio foi concluída a instalação da última das quatro boias de sustentação de risers (BSR), tecnologia pioneira de sustentação de tubulações por meio de boias submersas. A essas boias estão sendo interligados os poços que produzem para os FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Paraty.

Paradas de produção para manutenção das plataformas

Seguindo o planejamento plurianual, em maio foram executadas paradas programadas para manutenção em algumas plataformas, sendo a mais relevante a P-51. A unidade, que opera no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, ficou paralisada entre os dias 28 de abril e 12 de maio para manutenção e inspeção de equipamentos. Com isso, a unidade deixou de produzir 24 mil bpd na média do mês de maio.

O Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef), iniciado em 2012, tem demonstrado excelentes resultados: os sistemas de produção da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC) fecharam o mês de maio com o recorde de eficiência operacional dos últimos 47 meses, atingindo o patamar de 81,2%. Atualmente, seis Unidades de Manutenção e Segurança (UMSs) executam atividades de apoio às plataformas da UO-BC, com o objetivo de dar suporte a ações de melhoria na eficiência operacional.

No dia 5 de maio a Petrobras estendeu esse programa para a Unidade de Operações do Espírito Santo (UO-ES) com o objetivo de garantir que a unidade mantenha elevado nível de eficiência ao longo dos próximos anos, assim como ocorre na UO-Rio.
Deve-se destacar, também, a eficiência das novas plataformas que iniciaram operação no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, cuja eficiência em maio atingiu 96,2%.

Novas plataformas entrarão em operação em 2014

Novos sistemas de produção vão entrar em operação ao longo de 2014 para garantir o crescimento sustentado da produção, conforme o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras 2014-2018, que prevê aumento de 7,5%, até o final de 2014, com margem de tolerância de um ponto percentual para mais ou para menos.
No segundo semestre entrará em operação a plataforma P-61, no campo de Papa-Terra (no pós-sal da Bacia de Campos), que será interligada à plataforma semissubmersível SS-88, unidade de apoio do tipo Tender Assisted Drilling (TAD), cujos trabalho de instalação offshore encontram-se em andamento. Também serão instalados, até o final do ano, os FPSOs Cidade de Mangaratiba, no campo Lula/Iracema, e Cidade de Ilhabela, no campo de Sapinhoá, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.

Em 14 de maio foi iniciada a operação do PLSV Seven Waves, incorporado à frota da Petrobras em 28 de abril, aumentando a frota para 14 navios em operação, com previsão de chegada de mais cinco até o final de 2014.

Produção de gás natural

Em maio, a produção de 65,4 milhões de metros cúbicos por dia de gás superou a produção do mês anterior, de 64 milhões m³/d, em 2,2%. A produção total operada pela Petrobras, incluindo a parcela operada para parceiros, alcançou 73 milhões 960 mil m³/d, 2,9% acima do volume de abril.

Produção no exterior em maio corresponde a 8,4% do total da Petrobras

No exterior foram produzidos, em média, no mês de maio, 218,4 mil boed, representando 8,4% da produção da companhia, que totalizou 2 milhões 605 mil boed nesse mesmo período.
A extração total de petróleo e gás natural no exterior, em maio, de 218,4 mil boed, teve uma redução de 3,1% em relação aos 225,4 mil boed produzidos no mês anterior, devido, principalmente, à conclusão da transferência de ativos terrestres na Colômbia, desinvestimento divulgado em 2013. Isso fez com que a produção de petróleo em maio, de 121 mil bpd, ficasse 6,1% abaixo dos 128,9 mil bpd produzidos no mês anterior.
A produção de gás natural no exterior foi de 16 milhões 547 mil m³/d, 0,9 % acima do volume produzido no mês de abril, que foi de 16 milhões 395 mil m³/d, devido ao aumento da venda de gás boliviano para o mercado brasileiro.

Produção informada à ANP

A produção total informada à ANP foi de 9.785.640,85 m³ de óleo e 2.410.421,38 mil m³ de gás em maio de 2014. Esta produção corresponde à produção total das concessões em que a Petrobras atua como operadora. Não estão incluídos os volumes do Xisto, LGN e produção de parceiros onde a Petrobras não é operadora.

Notícia colhida no sítio http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/comunicados-e-fatos-relevantes/producao-de-petroleo-da-petrobras-no-brasil-aumentou-2-2-em-maio.htm

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