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Copa do Mundo, Economia, Petrobras e as eleições no Brasil

Escrito por: Marcio Kieller

30/06/2014

Qual é a relação entre a Copa do Mundo no Brasil, a Economia, a Petrobras e as eleições de 2014 que acontece no Brasil?

COPA DO MUNDO, ECONOMIA, PETROBRAS E AS ELEIÇÕES NO BRASIL

Qual é a relação entre a Copa do Mundo no Brasil, a Economia, a Petrobras e as eleições de 2014 que acontece no Brasil?

Todas!A relação política esta implícita em todo o tipo de relação social, a disputa de posição, o marcar espaço político esta presente em todas as esferas de relacionamento, seja político, humano, social ou comercial. Pois a política determina lado, conquista aliados para o lado escolhido e em tese tenta impor a derrota para o outro lado. E não é diferente quando se trata do maior evento esportivo do mundo, A COPA do MUNDO.

Esta é uma constatação que fazemos ao analisarmos como esta o processo de construção do mundial no Brasil e no Paraná, mais propriamente dito na nossa capital, Curitiba. Desde os acontecimentos da jornada de junho quando setores historicamente conservadores da sociedade se expressaram, com todo apoio da mídia que esses mesmos setores dominam. Vimos à construção de uma campanha de ódio, que por não ter como fazer a critica do ponto de vista social e econômico, fomentou um movimento que foi totalmente midiático com o questionamento dos investimentos da copa do Mundo que se conformou num movimento de não “vai ter Copa.”.

E preciso e necessário que façamos reflexões sobre o movimento que foi organizado após a Copa das Confederações em 2013, para que não sejamos ingênuos, e entremos de gaiatos desavisados numa onda anti-governo, pelo viés do “não vai ter copa”.  Simplesmente por que esses movimentos são articulados e tem endereço certo: desestabilizar o governo, na campanha eleitoral. Não se pode fazer isso com leviandade, digo leviandade por que esses mesmos setores que hoje são contra a Copa do Mundo no Brasil, são os mesmos setores que se mobilizaram, investiram para que a Copa do mundo viesse para o Brasil. O país inteiro, inclusive o essas elites que criticam a copa hoje, vibraram, gritaram, comemoraram e festejaram quando o país foi escolhido como sede do mundial.

Agora, tentasse a todo custo desgastar o governo. Desgastar de forma pejorativa e descarada através do incentivo a depredação do patrimônio público e da desqualificação das políticas de governo. Para tentar fragilizá-lo para as eleições vindouras de outubro de 2014. E os alvos relacionais preferidos tem sido a Economia, a Copa do Mundo e tentativa de desgaste da maior empresa estatal brasileira que e a Petrobras e uma das maiores do mundo.

Veja-se o caso da Petrobrás. Buscou de forma desonesta requentar assuntos nos editoriais que são estavam vencidos. Ou seja. Respostas tinham sido dadas, o assunto tinha caído no esquecimento. Mas a falta de proposta políticas que se diferenciem, faz com que esses assuntos que já estão vencidos, voltem de tempos em tempos à pauta. No caso da empresa estatal de petróleo buscasse criar factoides, para requentá-lo com o objetivo claro das gananciosas elites, manchar a imagem da estatal, que sempre quiseram privatizar e o povo não deixou e também desgastar politicamente o governo.

Porém, se esses alvos não derem sentido aos apelos das elites desalojadas do governo, de desgastar a imagem da presidenta Dilma. Veremos as coisas se radicalizarem ainda mais. Pois, com certeza não faltaram desqualificações a chefe do governo brasileiro tipo comunista, ateia, solteira mal amada, sobre sua a orientação sexual, dentre outras tantas questões que buscaram para dar eixo à campanha. Afinal, o foco principal que é a economia, vinculada à geração de emprego e de renda, não pode ser alvo de crítica. Ou seja, não funciona mais! Por que os governos petistas depois de FHC demonstraram que sabem manter políticas de geração de empregos com carteiras assinada, extremamente melhores que os governos que os antecederam.

O Ano de 2014 no Brasil é um ano “sui generis”, pois, além da tentativa infrutífera de desgastar a economia que apesar de percalços vai bem. Com o quase pleno emprego, com geração de políticas públicas  de inclusão e geração de renda e com acesso as políticas mais essências de dignidade humana, que vão desde a valorização do salário mínimo a uma economia com crescimento do PIB, mesmo que tímido, mas em crescimento, com geração de empregos com carteiras assinadas contínua, nos levando a condição de país que está muito próximo de atingir o pleno emprego. Mesmo com esse cenário econômico positivo internamente, apesar das dificuldades enfrentadas por outras grandes nações.

Mas o grande fato é que o Brasil tem as políticas públicas e sociais que tiraram aproximadamente uma dezena de milhão de famílias da linha de pobreza – e isso considerando famílias que são compostas por quatro pessoas – e as incluíram no consumo de produtos de primeira necessidade, com acesso a saúde, educação e moradia, saneamento básico, energia elétrica, ou seja, fez com que as condições básicas dessas famílias tenham avançado, e muito.

Além de ter democratizado o acesso a Universidade com a criação de 18 novos Campi de Universidades federais construídos, Instituiu um piso nacional da educação igual em todo país para os professores do ensino fundamental e médio, apesar de muitos prefeitos e governadores ainda insistirem em não cumprir. Mesmo assim os grandes donos da mídia através dos seus editorais das grandes emissoras de televisão e suas propriedades transversais – que são rádios, sites de notícias, jornais impressos e revistas – tentam nos convencer que não esta tudo bem. Sem sucesso. Sim sem sucesso, pois os índices de aceitação do governo continuam em alta.

Tudo isso aliado a uma politica dos governos pós-fhc da conquista de atração de megaeventos para o País. Como a Copa das Confederações, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Por mais que se critique já realizamos e fomos campões da Copa das Confederações. E se conseguiu essa conquista, respeitando o direito democrático de se protestar, como bem vimos nas manifestações de junho do ano passado. Onde os donos da mídia de forma sorrateira através dos grandes veículos de comunicação, como já dissemos concentrados nas mãos de menos de uma dezena de famílias de bilionários proprietários, tentam a todo custo manobrar as manifestações, que tinham foco e objetivos muito claros na questão da acessibilidade urbana.

Mas tentaram a todo custo. A todo alto custo, inclusive pela primeira vez vista no Brasil interrompendo o “sagrado” horário nobre das novelas para dar suas versões manobradas dos acontecimentos. Muitas vezes sem clara orientação aos seus editoriais, que emitiram diversas opiniões, por vezes controversas. Mas com o sentido claro, único e exclusivo de desestabilizar o governo.

Mas, relativo às manifestações de junho do ano passado não contavam os poderosos donos da mídia e seus orientados e conservadores editorias, que o governo fosse rápido à resposta e apontasse no rumo de convocar uma Constituinte Livre e Soberana. Quando a presidenta Dilma, respondeu as manifestações democráticas das ruas, com uma resposta democrática. Os velhos senhores da mídia alvoroçaram-se e disseram que Constituinte Soberana e Exclusiva, não era a vontade do Povo. Ou seja, deixaram aflorar aquilo que escondem por baixo da fantasia de pele de cordeiro que os lobos mídia têm para enganar o povo. Bradaram alto em tom dizendo que não era isso que o povo queria.

Os protestos para esses velhos senhores da comunicação e seus financiadores tinha um único e exclusivo objetivo tentar desestabilizar o governo. Formar um grande banco de imagens, vídeos que possam ser usados no horário eleitoral, para tentar desgastar mesmo que tardiamente a imagem do governo no processo eleitoral que se avizinha.

O movimento sindical foi hostilizado pelo “Black Bocks” que são na verdade filhos da classe média alta que estão a serviço da desestabilização do governo. Ou não vimos em horário nobre um filho de um grande representante da elite empresarial e política, ser um dos detidos, quando tentava depredar a prefeitura de São Paulo? Isso sem falar em alguns dos ditos “Black Bocks” que foram pegos em ações depredatórias do patrimônio público e privado onde foram identificados e são de sobrenomes de famílias tradicionais da política como foi o caso de Manifestantes de São Paulo. Tentam a todo custo desqualificar as verdadeiras manifestações democráticas. Como por exemplo, na tentativa de isolar e tirar das manifestações que tem reivindicações históricas que precisam ser atendidas que é o movimento sindical e social.

Através de atitudes de cunho que beiram o fascismo, pois não permitem que se estabeleça o contraditório e com ações violentas buscam somente uma desestabilização política.

Observando que através do viés da economia e da desqualificação da copa e do governo não se atingiria o intento de desgastar a imagem do governo para a disputa das eleições de 2014. Agora, os donos da mídia orientam seus editoriais em outro sentido, em cobrir as pequenas e poucas representativas ações criminosas dos Black bocks. Assim foi no durante o jogo de abertura da Copa do Mundo.

Enquanto o canal aberto a Globo cobria a chegada da seleção ao Estádio, por que a emissora ganha muito com a copa, mesmo insistindo em politizá-la para poder fornecer aos seus verdadeiros candidatos material para a campanha. O seu canal fechado o Globonews, cobria uma pequena manifestação, com não mais de 150 pessoas na frente do Sindicato dos metroviários de São Paulo, com um espaço midiático que geralmente não dá para protestos dessa natureza.

O movimento social e sindical, não se utiliza desse artifício para protestar. Protesta de cara limpa e sem medo. Como fizeram a CUT e as centrais sindicais em abril na grande marcha que reuniu mais de 30 mil pessoas pelas ruas de São Paulo. Isso por que faz seus protestos no campo da política e da representatividade. Não com alguns contratados liderados pelos filhos da elite para promover arruaças e depredação de bancos e instrumentos de serviço público.

A Copa do mundo já esta dando uma lição de congraçamento e de educação do povo brasileiro na sua recepção aos que vem assistir a copa do mundo aqui no Brasil. Pesquisas já colocam o alto grau de satisfação dos brasileiros e dos estrangeiros com a copa, que esta sendo a melhor Copa dos últimos tempos, dentro e fora do campo!

O País literalmente empurrou a seleção no seu primeiro jogo. E o pronunciamento da presidente Dilma, apontou que muito se precisa fazer no país no campo da infraestrutura, mas que não adianta nada se avançar no campo estrutural se não se avançar no campo social. E o legado da copa é uma amostra dos investimentos que foram adiantados no campo da infraestrutura.

Portanto, só são contra o Brasil e a Copa aqueles que estão sem carteira assinada, aqueles que são contra que todos tenham acesso à educação e a cultura, aqueles que foram tirados do governo pelo povo nas três últimas eleições presidências que escolheu outra forma de se governar o país. Que é a partir da inclusão do povo, da geração de emprego e renda, do acesso à escola e a  universidade, do acesso democrático a cultura e a educação, do cuidado com a saúde com o programa, Mais médicos!

Somente essa a histórica elite política agroindustrial e empresarial que foi desalojada do poder, que foi obrigada a dar espaço para outras classes sociais é que são contra que todos possam também ter os privilégios da inclusão social, da distribuição de renda de da geração de empregos que é o que de fato faz com que o Brasil cresça. Somente esses que fazem o discurso do não vai ter copa, que já se ultrapassou, pois não só esta tendo copa, como esta sendo a melhor Copa do Mundo dos últimos tempos, dentro e fora do Campo. Somente esses é que são na verdade os que estão na torcida adversária ao povo brasileiro, pois querem um país onde poucos possam desfrutar das riquezas e do desenvolvimento. Esses estão contra a Copa, esses é que estão na verdade contra o Brasil.

 

Marcio Kieller

Trabalhador bancário, Vice-Presidente da CUT/PR e mestre em sociologia política pela UFPR

Artigo colhido no sítio http://www.cutpr.org.br/ponto-de-vista/artigos/170/copa-do-mundo-economia-petrobras-e-as-eleicoes-no-brasil

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