Como representante eleito pelos empregados ao Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal, venho aqui manifestar todo o meu apoio à luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho. Novamente estamos juntos em mais uma Campanha Nacional em que a categoria bancária decidiu democraticamente utilizar um dos seus legítimos instrumentos de luta para ampliar as suas conquistas.
A Campanha Salarial é um dos principais momentos de luta da categoria bancária em que unimos as nossas forças para defender os nossos direitos. É o resultado final de todo um processo democrático que começa com os encontros regionais, os congressos estaduais e nacional, e as conferências estaduais e nacional, envolvendo bancários e bancárias de todo o país.
Em assembleias realizadas em todo o país, os trabalhadores rejeitaram a nova proposta apresentada pelos banqueiros no último dia 27, de reajuste de 7,35% (aumento real ainda inferior a 1%), que foi considerada insuficiente e recusada pelos representantes dos trabalhadores e decidiram entrar em greve. A decisão é totalmente justificável, já que o lucro dos cinco dos maiores bancos do Sistema Financeiro Nacional cresceu 16,5% no primeiro semestre deste ano, deixando claro que os bancos têm plenas condições de atender as reivindicações da categoria.
Precisamos avançar mais em relação a outros temas, como a ampliação das contratações, investimentos na carreira, combate à terceirização e precarização do trabalho, segurança, saúde, igualdade de oportunidades, além dos vários itens da pauta específica de negociações.
Estamos juntos com os empregados na luta por mais contratações para diminuir a sobrecarga de trabalho nas unidades de trabalho, pela valorização do Plano de Cargos e Salários (PCS), isonomia, mais saúde e condições de trabalho, além de respeito à jornada de seis horas. É preciso discutir o modelo que determina as metas sempre abusivas a serem cumpridas pelos empregados, o que tem feito crescer os adoecimentos dos trabalhadores.
Temos que garantir a PLR Social, direito conquistado com muita luta pelos trabalhadores durante a Campanha 2010 e que prevê percentual de 4% do lucro líquido para ser distribuído linearmente entre todos os empregados. Essa conquista mais que justa veio para compensar o empenho dos trabalhadores para atender dignamente a sociedade brasileira através dos programas sociais do governo.
Finalmente, quero reafirmar aqui o meu compromisso em defesa dos interesses dos bancários e bancárias da Caixa Econômica Federal e espero que juntos possamos sair vitoriosos em mais esta Campanha Nacional. Este é um momento que somente unidos poderemos somar forças e assim chegarmos a um bom termo que atenda as nossas reivindicações.”
Fernando Neiva, tepresentante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal
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