Desde que o HSBC comprou o Bamerindus, em 1997, a direção do banco tem tomado decisões, aparentemente, sem saber aonde querem chegar. Erros sucessivos fizeram o banco inglês abandonar nichos importantes de mercado, atestando sua falta de competência para concorrer com outros bancos, como o Itaú e o Bradesco.
“Neste momento, é fácil verificar que a incompetência impera, principalmente no que depender do presidente do HSBC no Brasil, André Brandão, e dos diretores João Rached e Marino Rodilha”, destaca Deonísio Schimidt, diretor da Fetec-CUT-PR. “Pois, ao que tudo indica, após um período de lucros baixíssimos seguido do recente prejuízo, teremos mais um semestre de resultados fracos no Brasil”, completa.
Trabalhador paga o preço – Nesta quinta-feira, 06 de novembro, os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região foram surpreendido com um processo de demissão em massa nos Centros Administrativos do HSBC na capital paranaense, assim como vem acontecendo no restante do Brasil.
“Mais uma vez e como já é de costume, o banco empurra a conta do prejuízo de seus erros para os trabalhadores”, crítica Deonísio Schimidt. “Porque a direção do banco não faz o caminho inverso, demitindo os responsáveis pelos erros sucessivos e deixando alguém com responsabilidade e competência assumir o comando da empresa?”, questiona.
Novo modelo de gestão, velhas práticas – Nas agências, a situação também é caótica. O Sindicato tem recebido várias reclamações de funcionários das Agências de Negócios, informado queda na produtividade, resultado da rejeição dos clientes ao novo modelo e da falta de suporte por parte do HSBC, que tem realizado um verdadeiro desmonte nas estruturas de atendimento e geração de negócios.
“As direções do Sindicato e da Fetec-CUT-PR repudiam, veementemente, este processo e reiteram que irão às últimas consequências para reverter as demissões que estão acontecendo”, conclui Cristiane Zacarias, coordenadora nacional da COE/HSBC.
Por: Renata Ortega
SEEB Curitiba