A diretoria do Sindicato dos Bancários de Londrina voltou às ruas nesta quinta-feira (23/04) para denunciar à população os nomes dos deputados federais do Paraná que votaram favoravelmente pela aprovação do PL (Projeto de Lei) 4330, que regulamenta a terceirização no país, inclusive nas atividades-fim das empresas.
A atividade está sendo realizada no Calçadão e os diretores e diretoras da entidade estão distribuindo material informativo com explicações a respeito dos riscos que este Projeto representa para a Classe Trabalhadora, caso se torne Lei.
Na sessão de ontem (22/04), a Câmara dos Deputados aprovou por 230 votos favoráveis e 203 contra, a emenda que autoriza as empresas a terceirizarem as atividades-fim. Foi aprovada ainda a redução do prazo de 24 para 12 meses para que o ex-funcionário de uma empresa deve cumprir para que possa prestar serviços por meio de uma terceirizada, a chamada “quarentena”.
Luta agora é no Senado
Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato, afirma que a luta ainda não acabou. “Não vamos deixar passar esse ataque a direitos fundamentais da Classe Trabalhadora que estão sendo jogados no lixo através do PL 4330. Agora a tramitação dessa matéria vai ser no Senado, onde precisaremos de muita pressão para que seja rejeitado”, aponta.
Wanderley lembra que depois de passar pela discussão entre os senadores, o PL da terceirização poderá voltar à Câmara dos Deputados, caso tenha alterações em seu texto, sendo submetido a novas votações.
“Temos muito a fazer pela frente para impedir que esse golpe nos direitos e fim do emprego formal seja instituído no Brasil. Para isso contamos com apoio da categoria bancária, que poderá ser uma das mais prejudicadas pela terceirização nas atividades-fim dos bancos”, convoca o presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, acrescentando que na forma como está o PL 4330 permitirá a substituição de caixas e até de gerentes por prestadores de serviços.
“Estão em risco os empregos de mais de 450 mil bancários e bancárias e dos cerca de 37 milhões de brasileiros que hoje possuem carteira assinada”, salienta Wanderley Crivellari.
Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR
Fonte: SEEB Londrina